O equilibrista despista
Mas seu destino é cair,
Esse levitar fraudulento,
Esse fio esticado,
Essa rede rota...
O equilibrista acredita que engana,
Mas ele deseja cair
Homens não levitam,
Não voam...
Os homens caem
Uma queda eterna
Que hipnotiza
Nessa vida por um fio.
Ele não inveja os anjos
Não finge as borboletas
Ele deseja a queda
O escuro da queda
O denso silencio antes do grito
Sob todas as luzes
É o escuro que ele deseja
O aconchego das sombras
Numa noite maior que tudo.
|