Poesia 02
Bonjour, Mademoiselle,
De fato, nunca senti
Teu toque, tua pele.
Sei que nunca irá permitir
Que eu volte à sua vida,
Que te faça sorrir.
Nossa ligação foi destruída?
Jamais imaginei me envolver de verdade,
Nunca pensei ter essa capacidade
De, com outra pessoa, me sentir tão à vontade.
A culpa me consome com ferocidade.
Juro, o que fiz não foi por maldade.
Conversar comigo é cansativo,
Isso é altamente punitivo.
Vivo uma esquizofrênica ilusão
(De)*Que não preciso de perdão,
(De) Que a vida fosse, sem complicação,
Tornar real a nossa paixão.
Sei que não foi simplesmente tesão.
Nunca vou entender, não tem explicação.
Escuta o meu plano.
Eu compraria um piano,
Ficaríamos a noite conversando,
Enquanto você ficaria tocando.
Você deixaria meu bumbum vermelho,
Veríamos nosso reflexo nu no espelho.
O que faríamos ao nos encontrar?
Impossível de imaginar...
Seríamos como um casal de coelhos
Acasalando ao luar.
Por vezes, me pego em delírios
Imaginando chupando seus mamilos,
Penetrando seu corpo, lentamente,
Até gozarmos juntos, intensamente.
Eu queria te proteger.
Nos meus braços, te aquecer.
No negro dos teus olhos, me perder.
Ao teu lado, envelhecer.
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