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A IMPORTÂNCIA DOS CONTROS DE FADA NA LITERATURA INFANTIL
Eliziane Terezinha Polo

A IMPORTÂNCIA DOS CONTROS DE FADA NA LITERATURA INFANTIL

Eliziane Terezinha Polo

Ao discutirmos acerca de Literatura Infantil e, mais especificamente dos contos de fada, é fundamental que ressaltemos a importância de se trabalhar e abordar a imaginação da criança como fator determinante para o desenvolvimento intelectual da criança. Ao ouvir ou ler as histórias é como se a criança entrasse um mundo encantador, cheio de mistérios, curiosidades, diversão e surpresas.
Para ABRAMOVICH (2004) ao tratar sobre o Conto de fadas: “Relacionando de uma maneira harmoniosa a realidade e a fantasia, construindo sua identidade e buscando o caminho para superar as dificuldades inerentes ao crescimento, a criança enfrenta seus temores e se sente confiante para enfrentar sua vida adulta. Por isso, a grande importância dada por psicólogos, professores, ao conto de fadas, ao maravilhoso na composição de uma personalidade sadia. Assim, fundamentando a importância dos Contos de Fada como colaborador para o desenvolvimento integral da criança com ser humano, pois é por meio da simbologia criada através das histórias que a criança representa e exprime seus pensamentos, desde muito nova.  Portanto, os contos de fada infantis auxiliam na aquisição do conhecimento e levam a mesma a conviver de forma harmoniosa consigo mesma, trabalhando e problematizando seus conflitos e superando-os na medida em que cresce e evolui cognitivamente e estrutura sua personalidade.
Segundo SOSA (1982) a imaginação é a “faculdade soberana” e a forma mais elevada do desenvolvimento intelectual, pois é como etapa criadora dentro do problema geral da imaginação, uma vez que não se sabe bem em que idade, nem em que forma e circunstâncias ela aparece na criança. Na literatura infantil, diferentemente de outros componentes curriculares, há um espaço privilegiado para que possamos incitar o estímulo da criança como elemento gerador das hipóteses mágicas e encantadoras.
De acordo com BETTELHEIM (1980 p.19), em seu livro A psicanálise dos contos de fadas, diz:
                                                                “Só partindo para o mundo é que o herói dos contos de fada (a criança) pode se encontrar; e fazendo-o, encontrará também o outro com quem será capaz de viver feliz para sempre; isto é, sem nunca mais ter de experimentar a ansiedade de separação. O conto de fadas é orientado para o futuro e guia a criança – em termos que ela pode entender tanto na sua mente inconsciente quanto consciente – a ao abandonar seus desejos de dependência infantil e conseguir uma existência mais satisfatoriamente independente”.

Ou seja, a fantasia assume o papel de facilitador da compreensão das crianças, pois essa se aproxima de maneira mais eficaz de como veem o mundo, já que ainda são incapazes de compreender respostas realistas.
Para a psicanálise, os significados simbólicos dos contos maravilhosos estão interligados aos eternos dilemas que o ser humano enfrenta ao longo de sua vida. Assim, a criança é conduzida a se identificar com o herói bom e belo por realizar nele a própria personificação de seus problemas infantis: seu inconsciente desejo de bondade e beleza e, principalmente, sua necessidade de segurança e proteção. Pode assim superar o medo que a inibe e enfrentar os perigos e ameaças que sente à sua volta, podendo alcançar de maneira gradativa o equilíbrio.
Portanto, acredita-se que as histórias dos Contos de Fada sejam um suporte pedagógico na aprendizagem das séries iniciais das crianças, pois desempenham um papel importante e significativo no desenvolvimento infantil. Nessa perspectiva, o conto de histórias por meio dos Contos de Fada pode ser visto como um mediador e facilitador no processo de construção do “eu”, assim os contos despertam a fantasia e a imaginação sendo possível com que a ela tenha seu processo de autovalorização, tomando consciência por meio da fantasia e situações inconscientes.


REFERÊNCIAS:
ABRAMOVICH, F. O estranho mundo que se mostra às crianças. São Paulo: Summus, 2004.

BETTELHEIM, B. Psicanálise dos contos de fadas. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008.

SOSA, Jesualdo. A literatura infantil. Literatura Infantil: autoritarismo e emancipação. São Paulo: Ática, 1982.

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/contos-de-fadas acessado em 07/10/2021

http://facos.edu.br/publicacoes/revistas/ensiqlopedia/outubro_2010/pdf/a_importancia_dos_contos_de_fadas_no_desenvolvimento_da_imaginacao.pdf acessado em 07/10/2021


Biografia:
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