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DESABAFO DE UM SONHADOR
Emanoel Arcanjo de Oliveira

Eu não vou me acostumar
Nasci para ser livre
Quero cantar, deitar e rolar
E se possível voar
Sou provido do mesmo ar
Que respiram as aves, os cães
E todos os seres viventes
E por que eu tenho
Que cumprir tanta ordem
Vou reclamar com a sorte
Por que eu nasci racional?
Pra viver na rédea ou no controle remoto
Vou começar uma corrida
Vou subir bem rápido
Em um monte bem alto
Vou cochichar lá em cima
Dê-me permissão agora
Para rasgar a minha voz
E despertar os dormentes e os escravos
Que precisamos ser livres
Fazer desse lindo pasto
Um terreno fértil e florido
Onde lei nenhuma proíba a felicidade
E nós também possamos sorrir
“Acorda! Volta uns dois passos atrás,
Limpa a sujeira fedida,
Joga as armas no canto
Não vai haver mais guerra
O campo vai ser dividido
De igual para todos
Se fugir o sono
É por que não terá mais noite
A lua vai brilhar toda cheia
Em plena tarde de sol
E o sol continuará governando
Ele é rei como dizia os índios
Falei, gritei, me chamaram de louco
Chorei de raiva, queria um mundo assim:
Domingo de sol
Segunda de certezas
Terça de belas poesias
Quarta bailando na pista
Quinta sorrindo com o resultado
Sexta levantando a bandeira
Sábado todinho só para agradecer
Domingo viagem de navio e seg...
Há deixa para lá não vai adiantar
Não vou me acostumar
Eles não escutam, pois taparam os tímpanos
Não querem a melodia suave
Acostumaram com essa ruído maldito
Que é a voz dos dinossauros
Mas não perco a esperança
Vou cantando meio rouco e desafinado
Tô na escola. Tem um passarinho
Que toda a manhã vem me ensinar
É um bem ti vi
“Diz que vem”
Já sei a carruagem da sorte já saiu
Ela vai chegar e eu...
Vou por enquanto seguir a voz dos pássaros
Aula de música grátis
Se minha voz incomodar
Entro paro a banheiro
E vou ensaiar
E voar? Não sou provido de asas, mas...
Tô aqui voando na minha loucura imaginária
Ainda vou ser professor de música
De todos os ritmos e melodias
Se duvidar espere pra ver no que vai dar
Uma coisa é minha meta, fugir
Da monotonia desse mundo perverso
E fazer a festa acontecer
Chamando toda gente cansada
Para ensaiar o passo
E quando os gigantes se verem sozinhos
Vão tomar chá de sumiço
Ou vão se juntar a nós
Nesse dia tudo será perfeito
Não terá lugar para razão
Quem estará no trono
É a voz do coração



Biografia:
Emanoel Arcanjo de Oliveira, Professor de Língua Portuguesa desde 2012 na cidade de Valente-Ba. Nasceu em 05 de fevereiro de 1978 na referida cidade. Cursou Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no período entre 2011 a 2015 na UNEB-Campus XIV em Conceição do Coité-Ba. Desde o início do curso, já era fascinado pela escrita literária e sempre escrevia textos aleatórios, buscando oportunidade de amadurecer a qualidade dos textos para ser divulgar. Hoje, no dia 29 de Novembro de 2019, nove dias após a comemoração da Consciência Negra, vem estrear as suas publicações literárias, iniciando pelo tema o qual mais se sente livre e inspirado para criar.
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Publicações de número 1 até 3 de um total de 3.


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