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Adrian entra em casa e vai para a cozinha se serve de 1 copo farto de água e segue para seu quarto, Sandra sai do quarto e segue para a cozinha vê a garrafa ali na pia seguindo para o quarto do filho.
- Mãe.
- Era você na cozinha?
- Sim, me desculpe.
- Nada.
Adrian percebe que Sandra esta um tanto relapsa, solta em seus pensamentos.
- Aconteceu algo mãe?
- Me faz um favor filho.
- Sim mãe.
- Vai até a casa de sua irmã e os chame para jantar aqui.
- Hoje?
- Sim meu filho, quero todos á mesa.
- Aconteceu algo?
- Eu e o Moi temos algo para falar com vocês.
- Mãe, não me diga que aconteceu......
- Vai por favor Adrian.
- Sim mãe.
- Só mais uma coisa, dispense por hoje o Enzo, quero falar só com vocês.
- Tudo bem.
Na sala a tv desligada, Adrian mexe no celular até que a porta é aberta, Pri, Kauã e Kauê entram, Sandra os recebe sem muitas formalidades.
Moi olha para eles um tanto sem graça, o clima ali é um tanto tenso.
- Então mãe chegamos e ai?
- Acho melhor irmos jantar.
- Não mãe.
- Adrian.
- Seja o que for é melhor que nos fale.
- Filho.
- Por favor mãe.
Sandra entende os sentimentos ali.
- Tudo bem. Todos sentados, Sandra ao lado de Moi olha para eles.
- Quando a Priscila teve a noticia da sua gravidez, bem, algo também aconteceu comigo.
- O quê mãe? Pri pergunta para ela, Sandra com lágrimas nos olhos.
- Eu e o Márcio, bem, nós tínhamos uma vida de casal, vocês entendem?
- Não me diga que..........
- Sim filha, eu fiquei grávida.
- Mãe.
- E o bebê?
Adrian pergunta para a mãe.
- Ele nasceu?
- Como mãe, eu sempre estive a seu lado, não vi sinal de sua gravidez.
- Bem Pri, quando eu tive vocês, foi do mesmo jeito, eu engordei e a barriga cresceu não tanto quanto as demais gestações de outras mulheres, entende.
- Como assim?
- Os médicos que cuidaram de vocês, me disseram que a gravidez se formava mais para trás, aquele tipo que a gente diz ás costas, só aparecendo aos poucos dias perto do parto.
- Mãe.
- Você Pri, tinha acabado de ter seus filhos, meus lindos netos, eu a deixei por quase 3 semanas e fui para a fazenda onde uma amiga trabalha.
- Eu lembro, a senhora decidiu de uma hora para outra.
- Sim, eu fui ter bebê.
Adrian se emociona com aquilo e diz.
- Mais eu lembro que a Pri me disse, a mãe não parou de trabalhar.
- Do mesmo jeito de quando eu tive vocês.
Moi derrama lágrimas cabisbaixo, Kauã e Kauê sentam com um de um lado do homem o afagando e lhe confortando.
- Mãe, por quê não nos disse?
- Como filha, ficamos sem chão, você sem emprego, Adrian foi para fora do país, nos mudamos, tudo em extrema dificuldade.
- Mais mãe.
- Aconteceu filha, agora não posso mudar daquela época, só que a vida esta me dando um puxão de orelhas.
- O quê?
- Adrian, esteve aqui uma mulher que disse estar com meu filho.
- Filho, o nosso irmão?
- Sim eu o deixei em uma caçamba de entulhos e corri sem olhar para trás.
- Mãe....
- Aquela mulher, não sei como, ela estava próxima do local e viu tudo, assim que me afastei ela recolheu a criança, meu filho, seu irmão.
- Nosso irmão. Todos ali em extrema emoção com alegrias.
Sandra sai do sofá e caminha para a cozinha, todos ali perplexos, logo um a um se levantam e correm até ela.
- Mãe, vó.
Ela recebe um forte abraço em grupo, e ali recebe toda a energia que tanto necessitara para o que esta por vir, um encontro com seu filho que fora abandonado.
- Me perdoem por favor, eu não fiz por mau, eu não sou má.
Pri a abraça e limpa as lágrimas da mãe com seus dedos enquanto afaga a face de sua mãe.
- Mãe, pare de pensar coisas assim, todos sabemos o que passou, afinal passamos todos por aquilo, juntos, mãe te amamos.
- E ele, e ele minha filha, será que vai entender tudo que eu tenho para lhe contar?
- Com certeza que sim.
Rosa sai do quarto de Vítor, ali na cama o rapaz olha para tudo ali ao seu redor, coloca a mão ao peito e pega de uma escrivaninha alguns portas retratos.
- Minha mãe, a outra mãe, eu vou conhece-la.
Em outro quarto, Rosa desaba num choro, segura com força o lençol de seda em cor púrpura enquanto olha para o espelho preso á parede que segue do teto ao chão.
- Por que, por que, eu tinha outros planos, agora tudo que penso é na dor daquela mulher,, ela é tão vítima quanto eu.
A porta recebe uma leve batida, Érico entra ali e Rosa olha rapidamente outra pessoa ao corredor.
- Mãe.
- O que foi filho?
- A Mônica esta aqui.
- Ah sim, vou ve-la, deixe-a na sala já irei falar com ela.
- A senhora esta bem?
- Sim filho, eu estou muito bem. Érico sai, ela levanta dali e vai á penteadeira, faz sua make e escova seus cabelos bem de leve, saindo dali.
Mônica ali na sala, recebe uma certa atenção de Érico que é o primeiro a ver a vinda de sua mãe.
- Olá.
- Oi Mônica, espero que tenha novidades?
- Na verdade nem tantas, mais trouxe os livros e .....
- Isso eu consigo com o Iracildo, acho que esta perdendo a mão no jogo Mônica.
- Senhora.
- Por favor meu filho, vá buscar a pasta no meu quarto.
- Sim mãe. Assim que ele sai, Mônica tira do bolso um celular e entrega para Rosa.
- E isso?
- Fiz alguns vídeos do local e talvez possa ter algo que a senhora ache de importância.
- Agora eu terei de ficar investigando seu aparelho, me poupe Mônica, acho que devo lhe mandar para o Oriente.
- Não, por favor, sabe que não posso pisar naquele.....
- Naquele lugar maravilhoso, de onde sai o seu pão e sua existência, não?
12022019..............................
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