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Manifesto contra a virtualização da humanidade
João Carvalho

Resumo:
Trata da perda da relação humana física em detrimento ao apego às relações virtuais e aos aparelhos eletrônicos.

Quantos olhos encararam hoje? Quantas palavras ouviram e quantas disseram? Quantos bom dia foram desejados e quantos boa noite ainda serão? Façam suas contas. Façam uma retrospectiva do seu dia. Esqueçam as fotos de perfis e propagandas de maquiagem, quantos olhares encararam? Esqueçam a televisão, o rádio e os áudios no whatsapp, quantos palavras foram ouvidas e ditas? Esqueçam os grupos da família, do trabalho ou da turma do colégio, quantos bom dia foram desejados?

Substituímos nossas relações exclusivamente humanas, o olho no olho, a impossibilidade de apagar o que foi dito, de mascarar como nós somos e o quão difícil ou radiante está aquele dia. Criamos uma figura perfeita, que todos os dias tem e terá o cabelo impecável, olhos marcantes e passando a mensagem permanente do que “somos” ou o que deveriam pensar sobre nós. Elegemos um objeto para fazer a ponte entre nós e o outro, o smartphone. Mas quão forte e prazerosa ela pode ser?

A instantaneidade, a possibilidade de falar com várias pessoas amadas, ou não, ao mesmo tempo é incrível. Mas a quem estamos dando atenção ao pegarmos nossos celulares? A mãe que pergunta como foi o dia? Ao amigo com quem planeja viajar no carnaval? A moça que encontrou no Tinder, e pretende leva-la ao cinema para assistir a qualquer filme numa sala praticamente vazia?

Isso é a evolução, dizem os entusiastas, as aplicações são enormes, podemos matar a saudade daqueles que estão distantes, ou de quem nem sequer lembrávamos, até ver uma sugestão de amizade no facebook. De fato, é louvável as possibilidades, mas o celular ou computador não podem ser os únicos meios de comunicação entre nós. Devemos usar nosso olhar, nossa fala, o nosso corpo, não podemos perder a nossa humanidade.

Por isso, amanhã olhe nos olhos das pessoas por quem passa ou com quem conversa, esquece um pouco esse facebook e instagram. Ouça as pessoas e dê atenção a elas, converse usando seu melhor sorriso, dá uma folga para esses dedos que tanto digitam. Dê bom dia a quem o cerca, com o fervor das fotos do grupo de família e com a verdade de um olhar sincero. Mantenha viva sua humanidade, ela que nos diferencia dos aparelhos que tanto idolatramos.


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