No silêncio dos infiéis, a resposta dada em papéis
Eles só queriam um pouco de atenção, mas lhes deram apenas alguns réis
O grito interrompido por lágrimas amargas, de quem só esperava ser ouvido pela multidão
O sonho de um País melhor foi acordado ao som da corrupção
A grande barganha chegava através de um cartão bolsas escolas e famílias, àqueles cidadãos que eram comprados por algum tostão
Hoje vejo meu País varonil, de codinome Brasil
Envolto numa colcha de retalhos, retalhados e entalhados na vergonha daqueles a quem nós demos o poder da decisão
Circos patéticos de votações arranjadas, momento histórico para um nação que estava sendo manchada
A dona de casa ouve da cozinha a chamada do plantão, era mais um escândalo mostrado na televisão
Caras pintadas e cantos de ordem já não fazem o mesmos efeitos nessa propinocracia financiada pelos doleiros
E agora o que fazer? A quem recorrer? Esperar que se levante alguém que faça o Brasil voltar a crescer!
A desordem a custo do Progresso, fizeram os homens de terno se perderem no Congresso
O que fizeram com o meu País? Tudo bem eu já entendi, e aliás foi tudo feito debaixo do meu nariz
Que Deus tenha misericórdia da nossa nação
Que Ele levante um povo heróico que não se cale em meio à multidão
E com um brado retumbante nessa terra mais garrida, se faça ouvir o grito que cure essa enorme ferida
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