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ESTRADA DE AÇO 1 CAP 1
DE PAULO FOG E IONE AZ
ricardo fogz

Resumo:
BOM

MAIS UMA VEZ MEU MUITO OBRIGADO A TODOS VOCÊS QUE PRESTIGIAM NOSSO TRABALHO.
        ESTA OBRA TRATA-SE DE UMA NOVEL LIVRE, PORÉM PODERÁ HAVER ALGUNS CAPITULOS QUE TERÃO UMA CERTA RESTRIÇÃO.
       JA DEIXANDO, TRATA-SE DE UMA OBRA FICTICIA, PORTANTO NOMES E LUGARES SÃO ORIUNDOS DO IMAGINÁRIO DOS AUTORES NADA TENDO RELAÇÃO COM A REALIDADE
      POR MAIS QUE A NOSSA REALIDADE CADA DIA MAIS SE PAREÇA AOS CONTOS E OS CONTOS A VIDA.
        BOA LEITURA A TODOS.









                    ESTRADA DE AÇO







        A VIDA PODE SER CONCEBÍVEL ATÉ CERTO MOMENTO, O MOMENTO DE NASCER E MORRER.




    - Nem sempre poderei estar do seu lado.
    - Vô.
    - Meu querido neto, ontem príncipe, agora rei.
    - Eu?
    - Quis assim o destino, por favor tome conta desse povo e sempre colabore com as guildas e colônias.
    - Todas?
    - Sim meu filho, apesar de algumas nos ofenderem, o ódio, ainda assim há pessoas maravilhosas nelas.
    - A de Hondor?
    - Principalmente meu filho, principalmente.
    - Se o sr diz, por mim tudo bem vô.
    - Agora acho que já posso ir.
    - Mais vô.
    - Olhe, tenha sempre cuidado com todos, mais um especial a Lúcia.
    - Sim vô.
    Naquele majestozo quarto em uma cama de madeira de cedro, cabeçeira em ouro, falece o 80º rei de Avir, Arthur o grande rei, segurando suas mãos e derrubando lágrimas, o novo rei, Reginaldo de 13 anos.
    Logo o lugar é enchido de pagens, criados, soldados e a 1ª ministra conselheira Duquel.
    - Ele foi forte.
    - Eu o amava.
    - Todos nós, Reginaldo, todos. Duquel fecha os olhos do falecido com 88 anos bem vividos em guerras, vinhos, mulheres e vitórias.
    A 5 aposentos dali, Lùcia se banha em uma tina de madeira rodeada por 5 serviçais que a tratam de forma sempre delicada.
    Batem a porta e uma das moças vai e logo retorna com o acontecido.
    - O rei morreu.
    - Me arrumem, quero ve-lo.
    Lúcia com seus 15 anos já demonstra há tempos maturidade de um adulto.
    Já vestida, ela segue para o aposento do rei, porém Reginaldo a aguarda parando-a no corredor.
    - Onde vai?
    - Quero ve-lo.
    - Para quê?
    - Cuspir naquele velho, por que com certeza lhe passou o trono.
    - Como sabe?
    - Só o fato de estar aqui e reagir assim, não preciso de provas melhores.
    - Já sou o rei.
    - Quem o nomeou?
    - O próprio.
    - Aquele velho, porco, nojento, me faça rir, eu mereço o trono, sou a mais velha.
    - És mulher.
    - E daí?
    - Não se é dado tanto poder a uma mulher, somente em casos extremos.
    - Se for por sua morte, posso providencia-la agora mesmo.
    Lúcia tira de sua veste uma pequena adága e parte para cima de Reginaldo, eles entram em luta corporal, até que se ouve um barulho forte, tiro, Duquel ali com uma espingarda em mãos.
    - O que significa isso?
    - Ele quer me roubar o trono.
    - Não é bem assim.
    - Então é o quê?
    - O rei determinou que eu seja....
    Duquel ouve aquilo enquanto tira do bolso uma carta dobrada.
    - O que é isso?
    - Um real problema para ambos.
    - O quê?
    - Um filho, herdeiro direto do rei.
    - O quê, como?
    - Ele mora em uma colônia próxima a Hondor.
    - Como assim, ele nunca me falou desse filho.
    Reginaldo toma a arma de Lúcia e joga no chão, assim vai até Duquel.
    - Esta mentindo, esta carta é falsa, como vai provar que realmente é filho do rei?
    - Por que ele o reconheceu como seu legitimo há 3 anos.
    - Como, por que eu não soube?
    - Pois é ele, fez ambos de bobos, pelo jeito.
    - Tanto faz, ele ja me passou o trono.
    - Nisto esta certo, ficará no trono até que o garoto atinja os seus 15 anos.
    - Quantos anos ele tem?
    - Uns 9 acho.
    - O quê?
    - Gostaria de lhes dar mais explicações, mais tenho muito que arrumar para o funeral do rei, e por falar no garoto já enviei uma comitiva para traze-lo.
    - Comitiva?
    - Bem pequena, 3 carroças apenas.
    - Por que Duquel?
    - Por que assim ficou determinado em livro, ainda mais que quero e vou ver esse circo queimar-se.
    - Esta se mostrando agora.
    - Cale-se garoto insolente. Duquel dá um soco em Reginaldo que cai aos pés de Lúcia que leva a mão a veste.
    - Não acho prudente você uma dama tentar fazer isso, um uso de uma pistolinha barata que carrega consigo.
    - Você é um monstro.
    - O pior é que você sempre soube disso.
    Lúcia ajuda Reginaldo a levantar-se e entram no quarto do rei.

    










                            2





        SEMPRE HAVERÁ NOVOS CAMINHOS, POR MAIS QUE TENHAMOS DE VOLTAR, SE NÃO TIVERMOS CUIDADO, AS ARMADILHAS NOS SEGUIRÃO.




            Vila de Balsos - Silas joga uma espécie de vôlei com ajuda de caçapas e varas, o jogo consiste em jogar mais alto e tomar a bola em até 3 passos do território do outro time.
       São 5 pessoas em cada time que podem ser repostas em até 3 jogadores, a partida não dura mais que 35 minutos divididos em 3 tempos.
       Silas já é famoso no vilareijo por sempre fazer vencedor seu time, águias, que neste confronta ursos.
       O placar esta em 5 a 3 para os águias.
       A comitiva chega no momento decisivo em que Silas obtem a bola do outro time e faz o lançamento que traz vitória para o águias.
       Madóra, mãe de Silas e outras correm para o centro do campo festejando, na arquibancada de bronze, Afonso o padrasto assiste sem demonstrar qualquer reação, Silas olha para ele e fica ali recebendo abraços e beijos da mãe e de suas primas, Laís, Káfia, Monique.
       No time dos ursos, um jogador arremessa ao longe sua proteção frontal que cobre cabeça ao peito e parte para cima de Silas que antes de poder ter qualquer reação, vê ali a sua frente Afonso com sua espada e Áquiles pai do outro garoto com a dele.
       - Parem com isso. Grita Madóra para eles, ali do nada, ouve-se um barulho e Áquiles cai ao chão, tendo as costas perfurada por uma flecha, todos vão em socorro.
       - O que aconteceu?
       Gritos e tumulto e só então se dão contas que estão rodeadas por 8 soldados do reino de Avir.
       - Por que tudo isso, é só um jogo.
       - Não temos que dar explicações, Madóra, queremos o garoto.
       - Meu filho?
       - Filho do rei que faleceu.
       - Arthur morreu?
       - Sim, o garoto deve vir com a gente.
       - Eu sou a mãe, ele não irá.
       - Não estamos aqui para discutir, só nos dê o garoto.
       Madóra leva a mão ao bolso mais é parada por Afonso.
       - Vamos até nossa casa.
       - Sim, pode ser.
       - Só me dê um breve tempo.
       Afonso retira a flecha de Áquiles e com as mãos faz circulos próximo ao ferimento, uma energia circunda Áquiles e logo o ferimento se fecha.
       - Ele ficará bom, alguém vá em casa depois e pegue um preparado para lavar e ele tomar.
       - Sim Afonso.
       Áquiles é levado sob o olhar dos soldados, Afonso faz sinal a eles que o siga.
       Na grande casa afastada há 3 quadras da vila, Madóra serve pão, leite, água e alguns assados para eles que comem em extrema rapidez.
       Diante ao capitão da comitiva, Afonso exige uma explicação.
       - O que posso lhe dizer é que recebemos ordens de levar o garoto, ele assumirá o trono.
       - Logo?
       - Pelo jeito não, por enquanto Reginaldo ficará no poder e depois de algum tempo, ele assumirá.
       - Quanto tempo?
       - Anos.
       - Quantos?
       - Não sabemos.
       - Mentira.   Vocífera Afonso, Madóra traz 2 sacolas com roupas do filho.
       - Cadê o garoto?
       - Ele foi se despedir dos amigos.
       - Espero que retorne logo.
       - Por que não passam a noite aqui?
       - Não, iremos assim que o garoto retorne.
       - Tudo bem.   Madóra abraça Afonso que lhe faz carinho nos cabelos.
       Próximo ao campo, Silas recebe um abraço de Káfia, terminada as despedidas, Paulo, filho de Áquiles vem a eles.
       - O que quer?
       - Vai mesmo embora?
       - Por que?
       - E o jogo?
       - O que quer?
       - Por favor me desculpe.
       Silas se aproxima do garoto e com leve olhar para o alto fez Paulo girar em 360 graus e depois cair desacordado.
       Silas limpa os ombros e olha para o colega ali no chão.
       - Agora já sabe, se queria brigar, isso foi um doce para ti.
       Ele segue para sua casa deixando Paulo no chão gemendo de dor.
       Pouco tempo depois ele esta frente a casa se despedindo dos pais.
       09032019............................
       


















                             3




             ÁS VEZES INSISTIMOS QUE A VIDA SEJA UMA ETERNA COMITIVA, EM FESTAS E BRINDES, ESQUECEMOS QUE OS ESTRIBRILHO DE OUTRORA TEM DE SE APAGAR PARA O FUTURO DEBUTANTE QUALQUER.




        A comitiva segue acelerado em retorno ao reino de Avir, Silas acompanha as paisagens pelos furos da lona da segunda carroça, o capitão sempre ao lado do garoto tenta conversar e descobrir algo sobre ele, mais Silas somente dá curtas respostas e fica compenetrado em seu silêncio.
        No castelo, Duquel acompanha bem de perto os preparativos do banquete do funeral de Arthur e também a recepção de Silas.
        Reginaldo despacha alguns documentos e assina ordens para seus soldados e secretários que saem da sala do trono.
        - Muito trabalho primo?
        - Nada que não possa resolver.
        - Pare, nem você acredita nisso, por favor, sabe muito bem quem esta no comando, Duquel, aquela cadela velha gritante e traiçoeira
        - Olha só como fala da mulher que nos mantém aqui.
        - Ela é somente uma bruxa que insiste em se tornar algo mais.
        - O que você diz Lúcia?
        - Acorda Reginaldo, Duquel esta pouco se importanto com a gente, o que ela realmente quer é ficar no poder e não perder o controle da gente.
        - Acha que eu não sei?
        - Vai dizer que pensa em derruba-la?
        - Acho melhor esperar pelo que esta vindo.
        - O que, um garoto cretino que a gente vai ter de tomar todo cuidado.
        - O que pretende?
        - Ainda não sei, mais logo saberei.
        - Pois seja rápida, afinal ele deve cruzar aquelas grandes portas logo.
        - Que seja, com certeza eu estarei pronta.
        - Eu também.   Lúcia sai dali e segue para seu quarto, ao longe Duquel acompanha com os olhos.
        Ao entrar em seu quarto, ela desfaz o penteado e rasga seu vestido em um ataque de revolta, frente ao espelho ela esfrega um pano molhado no rosto retirando a make.
        - Desgraçado, desgraçado, eu estava prestes a ter tudo, tudo. Ela vocífera enquanto derruba vários objetos de sua penteadeira.
        Jogada ao chão, ela escreve ódio em uma folha e pega um isqueiro e põe fogo naquilo.
        - Malditos, malditos.
        Reginaldo entra em seu quarto, tira suas roupas, mergulha na banheira de mármore, logo batem a porta, entram ali 2 serviçais que o auxiliam no banho.
        - Obrigado.
        - Sr. rei, só estamos para lhe servir.
        Duquel entra ali e logo as moças saem.
        - Duquel, o que faz aqui?
        - Olhar para um garoto que mal saiu das fraldas é que não é.
        - Vai logo diz.
        - Precisamos acertar algumas coisas.
        - O que Duquel, ter você como conselheira, primeira ministra além de tutora, o que mais?
        - É pouco.
        - Como, o que quer dizer, já esta com tudo, o que quer mais?
        - Precisamos de mais.
        - O quê?
        Duquel tira de sua veste um papiro e desenrola ali perto de Reginaldo.
        - O que é isso?
        - Um projeto de uma usina renovável.
        - Usina, mais o que é isso?
        - Como sempre, lidar com uma criança corre-se o risco de sair mijado.
        - Fale logo.
        - Vamos transformar óleo natural em fonte de energia.
        - Sério?
        - Preste atenção pois não vou ficar todo tempo repetindo o procedimento e nossos lucros com tudo isso.
        - Por que agora?
        - Quer mesmo esperar a chegada do outro ou que ele tome conhecimento disso?
        - Claro que não.
        - Então escute bem.
        Duquel mostra o projeto e inicia ali a explicação de tudo para Reginaldo que ouve atentamente, nem parecendo um garoto de 13 anos.
        A chegada de Silas é marcante logo pelo inicio da manhã, com toda população cercando o caminho de entrada ao castelo, Silas desce da carroça sendo recepcionado por Duquel e Reginaldo que lança um olhar raivozo para o garoto que lhe retribui em mesma forma.
        O banquete é iniciado e nada de Lúcia se apresentar.
        Duquel sai por alguns instantes e vai até o quarto de Lúcia, porém ao mexer no trinco percebe-se a porta esta trancada.
        Uma serviçal vem a ela.
        - Cadê Lúcia?
        - Não sei senhora.
        - Pois deveria saber.
        A mulher fica em silêncio e pânico e após ouvir um grito sai dali.
        Nos jardins, Lúcia sentada em um banco de madeira sente o odor de uma rosa amarela, quando vai levantar-se, se depara com Silas.
        - E você, quem é?
        - Sou Silas, provavelmente o novo rei, daqui um tempo.
        11032019...............................
       














                                 4




              OS OLHOS ATÉ PODEM SER A JANELA DA ALMA, MAIS QUE ALMA ACEITA SER VISTA DE TÃO PEQUENOS OBSERVATÓRIOS, SE AO MENOS FOSSE UM LAGO, ASSIM TERIA A SATISFAÇÃO DE NAVEGAR.




        Os olhos de Silas presos aos de Lúcia que com as mãos para trás retira sem que o garoto perceba uma adága.
       - Vejo que se ja conheceram. Duquel ali junto de Reginaldo e 3 soldados.
       - Me desculpe, quis, sair um pouco, explorar o lugar.
       Lúcia guarda de volta a arma sem que eles percebam, Duquel vem a ela.
       - O que houve querida, nos deixou preocupados?
       - Vou para meu quarto.
       - Agora, melhor seguirmos para o banquete.
       - Não estou com vontade.
       - Por favor, Silas não gostaria de uma ofensa tão grande assim.
       Reginaldo traz a prima para si e segue para o salão.
       Silas se diverte com as anedotas do secretario da agricultura, Lúcia vez por outra recebe olhares de Duquel.
       Reginaldo procura saber mais de Silas, mais o garoto somente responde o que acha necessário.
       Dançarinas invadem o local para a alegria de todos, já próximo ao anoitecer o corpo de Arthur é incinerado em uma torre de lenhas umedecida em querosene.
       Lágrimas são os combustíveis, Lúcia ao longe realiza certos ritos antigos para a entrega e recebimento de almas.
       Terminada a sessão, todos vão para o salão oval onde se interam dos ultimos acontecimentos de forma que Silas é invadido por informações técnicas e pejorativas daquele reino.
       Reginaldo aproveita para sair a seu quarto, Duquel percebe a ausência dele, mais dedica total atenção a Silas que demonstra um louvável esmero em aprender sobre as engrenagens políticas sob as explicações e apontações do grupo de anciões.
       Já próximo a meia noite, começam a se retirar para seu quartos, Lúcia se despede de Silas e segue para seu aposento.
       Duquel e o garoto são os ultimos a deixarem o salão, Silas ao entrar em seu quarto recebe auxílio de 3 serviçais com as vestes de dormir e cobrir seu leito.
       Logo cedo ao som do galo, Silas acorda, na cozinha bebe seu café com leite e come generosos pedaços de pães, Lúcia surge pouco tempo depois em um vestido simples branco.
       - Bom dia.
       - Que seja.
       - O que houve?
       - Bem, vou lhe ser direta, sabe que não seremos amigos?
       - Acho que sim, agora.
       - Não seja estúpido, por que veio até este ninho de cobras?
       - Talvez por que eu serei a cobra rei.
       - Vamos ver até onde irá toda sua graça.
       - Fique tranquila, sou forte, aguento muito mais do que imagina.
       Ela se aproxima dele, colocando sua boca a centimetros da dele enquanto despeja um pó no café dele.
       Ele lhe sorri, ela se afasta.
       - O que pretende fazer agora pela manhã?
       - Ainda não sei, estou na mão de vocês e Duquel.
       - Cuidado, ela não é aquilo que viu ontem.
       - Acho que já percebi.
       - Que seja.
       Ela vai saindo quando o garoto lhe diz.
       - Não vai tomar seu café?
       - Perdi a vontade.
       - Por isso decidiu drogar o meu?
       - O que diz?
       - Deveria tomar melhor cuidado ao fazer certos trambiques.
       - O que diz, moleque insolente.
       - Olha só quem diz.
       Duquel chega ali radiante para o inicio das aulas para Silas que joga seu café em uma bacia, Lúcia segue até o cesto de pães e pega 2 pequenos, enche um copo de barro grande com leite e chocolate em pó, olha para eles e sai dali.
       Reginaldo entra ali em vestes reais e toma seu café seguido de alguns soldados.
       - Vou para a floresta de Kav.
       - Fazer?
       - Tenho algo para resolver por lá.
       - Retorne para o almoço.
       - Farei o possível.
       Duquel olha para ele saindo, agora só os dois, eles vão para a sala branca onde os aguarda 5 anciões.
       As aulas são bem produtivas e Silas toma nota de tudo gerando certa curiosidade de Duquel.
       - É bastante rigoroso comigo.
       - O mínimo que se esperam de um rei.
       - Muito bom.
       - Pode me responder algo?
       - O quê?
       - Quando irá me dizer, explicar é o jeito certo, sobre o projeto da Usina Renovável?
       Duquel toma um choque com aquilo mais não deixa perceber-se.
       - Como, usina?
       - Sei de algumas coisas, tenho idéias sobre isso, quer ouvi-las?
       - Acho melhor tomarmos um breve descanso.
       - Entendo, é triste ser descoberto.
       - O que diz?
       - Vamos beber um suco?
       - Sim, por favor.
       15032019..............................











                                 5




        AS CRISES POR SI SÓ JÁ DIZEM MUITO E QUASE TUDO, CRISES, SEM TERMOS CONTROLE NOS MOSTRAMOS O QUÃO SELVAGENS SOMOS, ZELAR PELA LIBERDADE DE PENSAR E AGIR, AI SIM COMECEMOS UM NOVO DIA.







             Duquel entra em seu quarto vocíferando impropérios.
      - Moleque do diabo, mau chegou e já acha que ppode me enfrentar.
      Serve uma taça de vinho virando-a em poucos goles já se prepara para a segunda quando batem á porta.
      - Entre.
      Lúcia entra ali em um roupão de seda preto.
      - O que quer?
      - Acho que seu novo pupilo te surpreendeu.
      - Assim como deve ter surpreendido a vocês.
      - Pois é nisso estamos quites, mais já tenho meus meios de persuadi-lo.
      - Quais?
      - Pare Duquel, em outra posição você jamais falaria sem um expressivo ganho.
      - O que quer?
      - Parte do ganho com a usina.
      - Como, até você já sabe?
      - Acha que só fico trancada em meu quarto ou fugindo de seus devaneios?
      - Diz ai seu plano.
      - Lógico, depois que firmamos o acordo.
      - Tá, tudo bem.
      Lúcia tira de seu vestido um documento.
      - O que é isso?
      - Algo ou melhor a prova que não me passara para trás.
      - Muito inteligente, vejo que prestou muito bem atenção as minhas aulas.
      - Se vive em um serpentário tem-se que se habituar ou defender-se.
      - Muitas serpentes não oferecem o tempo de defesa.
      - Sei bem, afinal tenho uma exímia por aqui.
      - Veja como fala comigo sua garota imbecil.
      - A imbecil que pode colocar o garoto no devido lugar.
      - Vai, fale.
      - Assine. Duquel assina o contrato de participação de lucros para Lúcia que lhe sorri.
      - Agora vai, diz.
      - Bem ele é simples, mais deve ser elaborado em 3 partes.
      - Três partes?
      - Sim.
      A conselheira primeira ministra ouve a tudo que Lúcia lhe diz e em certos momentos se surpreende com a engenhosidade simples porém eficaz do plano de Lúcia.
      - Olha, se não te conhecesse desde pequena acharia que tinham te trocado.
      - Bem agora que já sabe, devo seguir para meu quarto sabendo que usaremos teu plano logo pela manhã?
      - Sim de acordo.
      Lúcia se despede saindo, Duquel senta á beira da cama enquanto alisa os cabelos com um pente de madeira.
      - Garota infernal, quase igual a mãe que deve estar afundada em alguma cama aristocrática.
      Amanhece, Reginaldo faz sua higiene e segue para á copa onde toma seu café, estranha a ausência de Lúcia e Duquel, logo os soldados fazem a troca de guarda e ele assiste ao rito ali, Silas vem ao lado dele.
      - Bom dia.
      - Bom dia.
      - É sempre assim, um tanto barulhento pela manhã?
      - Sim, porém hoje com algumas faltas.
      - Fala de Duquel e Lúcia?
      - O que sabe?
      - Vi elas saindo logo cedinho.
      - Devem ter ido a uma colônia.
      - Pode ser.
      Uma serviçal vem a eles e entrega um bilhete para Reginaldo.
      " Caro rei lhe peço humildemente que tome conta e auxilie no que for possivel nosso ilustre visitante e hóspede, futuro rei. "

      Reginaldo amassa o papel e joga com raiva na bandeija de outra serviçal.
     - O que foi majestade?
     - Venha comigo, vou lhe mostrar alguns documentos.
     - Sim.
     Silas acompanha Reginaldo a passos rápidos para o escritório real.
     - Então é aqui se faz florescer as idéias de um reino?
     - Pegue isso. Reginaldo lhe dá um grosso livro de quase 2000 páginas.
     - O que é isso?
     - Cinquenta anos de legislação imperial.
     - Para quê?
     - Se quer reinar, deve estar á par e íntimo o suficiente com as leis para que não seja execrado ou enganado por outros mais espertos.
     - Outros povos?
     - Que seja, pense e tire suas conclusões, afinal também é papel de um bom rei.
     - Sim rei. Ja passara das 18 horas quando a carroça real para frente a porta principal, Lúcia e Duquel descem a abanar suas faces com leques e logo uma mulher de meia idade e bastante gorda, branca, cabelos ruivos curtos e um jeito de poucos amigos desce a ficar junto delas.
     Silas terminara quase 90 páginas daquele livro e já estava a criar uma dor de cabeça, 2 anciões ali com ele o orienta respondendo todas as dúvidas que se faz ali.
     - Lúcia, onde foi, estranhei sua ausência?
     - Fique tranquilo, futuro rei, fomos atrás do melhor para ti.
     - Para mim, o quê?
     - Eu. Silas olha para aquela mulher de cara fechada ali diante dele.
     - Nos conhecemos?
     - Teremos muito tempo para nos conhecer.
     - Por quê?    Duquel toma frente ali.
     - Por que ela será sua tutora por tempo integral.
     - O quê?
     - Vai, se apresente como deve, ao futuro rei de Avir.
     - Me desculpe me chamo Maria, senhor.
     - Como assim, o que significa isso?
     - O que esta vendo, todo futuro rei deve ter seu tutor.
     - Mais e os anciões, o rei?
     - Reginaldo vai sim continuar a te passar tudo pporém com a supervisão de Maria.
     - Por que sinto que estão tramando.
     - Nós, jamais, somos do bem, paz geral.
     - Sei, até parece.
     - Bem, agora melhor deixarmos a Maria, se instalar no quarto.
     - Que quarto?
     - O seu, oras, um tutor sempre fica ao lado de seu protegido.
     - Esta falando sério?
     - Sérissimo.
     17032019.......................
     

     
      
      

       





                                6



               ÁS VEZES A GENTE SE DESCONSTRÓI PARA QUE NUM FUTURO PRÓXIMO POSSAMOS NOS REVIVER MAIS FORTES.





          A construção da usina vai acontecendo de vento em polpa, Lúcia intensifica a aprendizagem de curas e banhos energizantes, longe dos anciões, ela lê muito e pratica ritos obscuros se tornam cada vez mais fortes.
        Silas tenta por diversas seguir aos outros e se interar de assuntos que lhe são passados ligeiramente, porém sempre tem uma barreira que se chama Maria.
        - Preciso ir ao banheiro.
        - Tudo bem, 5 minutos.
        - Ficou louca, o que tem, desde que chegou fez e faz minha vida um inferno.
        - Não entendo senhor.
        - Você entende muito bem, sei quem lhe deu ordens.
        - O senhor não tem de ir ao banheiro?
        - Fique ai.
        - Sim senhor.
        Silas sai deixando Maria a cuidar dos livros e apontar os lápis.
        Com o retorno de Silas, mais estudos até que Silas demonstra fádiga.
        - Bem por hoje chega.
        - Sim.
        Passado algumas horas, Lúcia andando pelo corredor ouve um barulho vindo do quarto de Silas, ela bate a porta e logo entra, encontra ali jogado a cama, febril e tendo delírios, Silas ali suando muito.
        Lúcia olha para ele e leva a mão a testa do garoto que arde, ela chama Duquel e logo o quarto esta com 4 serviçais, o médico real esta ali, Reginaldo chega com alguns soldados.
        Delirando, Silas cobra de Duquel a ausência de seus pais, ela entende e procura a melhor forma de responder ao pedido do futuro rei.
        Já controlada a temperatura de Silas que adormece, Duquel segue para seu quarto.
        Logo entra ali um soldado, Duquel pede para que feche a porta.
        - Senhora.
        - Quero resultados.
        - O quê senhora?
        - Vá até o vilareijo e resolva de uma forma limpa porém eficaz, esse problema.
        - Quer que dê fim?
        - De preferência sem muitos sofrimentos.
        - Sim senhora.
        - Agora pode ir, falaremos depois.
        - Sim senhora.


        Madóra terminara o enxague das roupas, Afonso chega com um machado e a beija.
       - Você esta lindissima.
       - Por isso que te amo tanto.
       - Sabe que te gosto.
       - Vai, lave as mãos, vou preparar a comida.
       - Estou morrendo de fome.
       - Sei amor.   Afonso entra no quarto de banho e tira as roupas despejando canecas de água com ervas de cheiro pelo corpo, Madóra coloca as panelas no fogão á lenha para esquentarem.
       Começa a cantarolar algumas cantigas e nem percebe que alguém entrara ali, ela prova o cozido de carneiro e acerta o sal.
       De repente ela sente que não esta só, pega uma faca e segue para a porta, olha nos outros ambientes e nada.
       Segue de volta para a cozinha e ali na mesa 2 soldados de Avir.
       - O que querem?
       - Nós, nada.
       - Por que vieram?
       Ela sente algo e olha para trás, nisso sente o fio de corte da adága na sua garganta.
       - Não.   Ela cai já sem vida, seu corpo ainda tendo espasmos, Afonso ouve o barulho e sai do banho nú, ali na cozinha vê sua esposa deitada e vai auxilia-la, porém recebe um golpe forte na nuca.
       Em pouco tempo o casarão é tomado pelo fogo.
       Silas vê Reginaldo sair da sala do trono e o segue, logo o rei entra no aposento de Duquel, Silas vai até a porta mais é contido por Maria.
       - O que faz aqui?
       - Volte para seu canto e me deixe em paz.
       - Não vou ouvir isso. Maria pega na mão do garoto e segue para o quarto dele.
       - Esta de castigo.
       - Me solte sua cretina. Os gritos são ouvidos pelo corredor, logo batem á porta, Maria abre e Lúcia entra ali polvoroza.
       - O que quer aqui?
       - Largue esse garoto agora.
       - Quem é você para mandar em mim?
       - Largue esse garoto. No quarto de Duquel, Reginaldo mexe nas coisas á procura de algum documento, ouve-se o barulho na porta e ele sai pela janela.
       Duquel entra rapidamente e pega algo debaixo da cama e segue para a confusão.
       22032019...............................









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