ONDE ESTAVAS TU
Estou olhando aquela foto!
Ainda estou apreciando a pedra preciosa que encontrei. É uma tarefa a ser feita sem pressa, contemplando os detalhes, como quando olhamos uma bela obra de arte. Aliás, belíssimos detalhes, o leve sorriso, a pele alva e macia, a luz natural, a luz escultural, a luz interna da “modelo”. É mesmo uma obra de arte, e que arte soberba!
Onde estavas tu escondida, em que estrela vivias, em que mundo que não era o meu encantavas, e me deixavas à míngua, e me deixavas pensar que não existias, que teus tesouros me negavas, que no meu sonho não comparecias, e que já o mundo por ti pirava, que a lua, envergonhada e cabisbaixa, de ti se escondia, pra não ver teu sorriso, pra não ver tua luz, pra não ser contigo comparada, pra não ser mais humilhada?
É esse o motivo, você e teu esplêndido brilho, você e tua história de vida, você, a rainha vibrante, você, e teu olhar radiante, fez a lua, rangendo de medo, uivando de inveja, se eclipsar, desistir de lutar, assumir a derrota, te passar a coroa dos céus, e pra dentro de si só olhar.
Estou tão perto... tão perto de ti, que até quase posso tocar, estou em sintonia, em êxtase, em frangalhos, mas em harmonia, estou dominado, completamente domado, rendido e apaixonado, que nem sei se você é sonho ou loucura, só sei que esse “mel”, que é você, é tão doce, é tao puro, é tão divino, que eu me faço um menino e te rogo: deixa eu provar, deixa eu me perder ou me salvar, mas não me deixe sair dessa vida, sem conhecer, e tocar, e beijar, e em volúpia insana te amar!
Se esse “mel” não vier, você terá dívida no céu, e que Deus não me escute, nunca mais vou sorrir, nunca mais vou chorar, nunca mais vou amar, pois todas as minhas lágrimas por ti, aqui e agora, haverão de rolar!
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