ESTIBORDO |
DIRCEU DETROZ |
Nem sempre
que saio do prumo
ando sem rumo.
Nem sempre
esfaqueio o côncavo
para ferir o convexo.
Da janela
enxergo muitos muros
enfeitados de arame farpado.
Quase sempre
arranco gemidos
colocando o silêncio no prumo.
Quase sempre
a faca de dois gumes
ostenta um belo fio.
Enfeito a janela
pichando o arame farpado
para debochar dos muros.
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Biografia: Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br. |
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