Talvez tenhamos nos cruzado em algum cruzamento frio da cidade.
Talvez na Livraria folheava uma alegria ao lado da sua silenciosa, desconhecida e nobre companhia.
Talvez, com dor de cabeça, numa segunda nublado, me esperastes um bocado na fila do caixa do supermercado.
Talvez naquele café estivesse você na mesa ao lado.
Passariam despercebidos, ficariam todos calados, se não fosse meu velho baú guardando a apatia dos cruzamentos cruzados.
A cidade é feita de frios tijolos e gentes e concretos armados, que se cruzam com suas frias vontades, quase sempre carecem de verdadeira amizade.
Ando buscando prestar atenção nos cruzamentos por quem cruzar. Ando Desejando-lhes paz, Ando tentando imaginar sua história por trás.
Creio Talvez, seja solução para fria agonia te guardar no meu baú imaginário da sintonia.
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