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Rogério vê ali sua amada entrar no circular, as lágrimas descem, ele para e só ai lembra de Marcelo, corre para o apartamento.
Ao passar pela porta, ali, o chão em cacos de xicaras e bule de porcelana.
- Marcelo.
- O que foi?
- Onde você vai?
Marcelo já vestido e com a chave do carro.
- Me escuta por favor Marcelo.
- Vai, fale.
- Olhe, não sou um criminoso, não sou o maligno em tudo.
- Você só arrumou uma crush, só isso.
- Eu a amo.
- E me diz isso, assim.
- Você me conhece Marcelo.
- Não, eu achava que te conhecia, agora já não sei mais se te conheço, não, não te conheço, definitivamente.
- O que você não sabe amor?
- Faz o seguinte vá para a empresa, reflita sobre tudo, eu vou sair.
- Eu quero ir junto.
- Não, por favor, não.
- Tá. Rogério tenta beijar Marcelo mais este se afasta e sai dali.
- Por que, por que. Ali caído em meio a bagunça, Rogério se entrega ao choro, Marcelo no carro, também deixa as lágrimas rolarem enquanto faz uma ligação, logo depois sai com o carro.
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- Obrigado por me aceitar, me ouvir.
- Oras Marcelo, jamais deixaria um amigo na mão, ainda mais você.
Manuel abraça Marcelo ali que desaba em lágrimas, logo o homem o deixa no sofá onde Marcelo com uma almofada fica ali pensativo, o tempo para Manuel lhe trazer um café.
- Posso trocar por uma dose generosa de wisky.
- Agora mesmo. Manuel retorna com a garrafa, gelo, copos.
- Te adoro Manuel.
- Eu sei disso.
- Por que a gente não deu certo?
- Pelo contrário, nós demos certo sim, tivemos momentos maravilhosos juntos.
- Sim, foi mesmo.
- Foi.
- E sua filha?
- Fique tranquilo, facul pela manhã, quando ela chegar é o mesmo que não ter chego.
- Ela é linda.
- Sim, modéstia parte, é lindissima. Risos, Manuel afaga os cabelos de Marcelo e logo bebem suas doses.
Mais algumas e Marcelo já solta sua raiva em palavrões que Manuel só ouve, nada diz.
- O que quer fazer?
- Eu sei o que eu quero.
- O quê?
Marcelo traz Manuel pra si e ali surge um beijo.
- Acha certo?
- Pare Manuel, ele fez pior, este tempo todo. Manuel se cala enquanto Marcelo o caricia e mais beijos, logo o celular de Marcelo começa a tocar e nada dele atender.
- Não vai atender?
- Prefiro a nossa conversa.
- Você esta alto.
- Talvez.
- O que foi?
- O seu quarto ainda fica ao fim daquele corredor?
- Sim. Eles seguem para o quarto e Manuel encosta a porta.
16112018.............................
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