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Na prisão os 3 abrem o bico para o delegado e entregam Maciel de bandeija.
- O quê?
- Acredite, estão na sua cola cara.
- Filhos da puta.
Mônica vem a ele.
- O que foi?
- Aqueles canalhas me entregaram. Ela ri debochadamente dele.
- Não te disse, quando caem na cela entregam tudo até a mãe se possível.
- Desgraçados.
- O que vai fazer?
- Calma, estou pensando.
- Pois trate de pensar bem longe daqui.
- O quê?
- Eu te avisei, falei contigo quantas vezes, não me escuta agora aguente as consequências sozinho, ouviu bem, sozinho.
Ele investe nela a segurando no pescoço.
- O que foi querida, estamos juntos, esqueceu.
- Uma porra. Ela tira um punhal de um falso bolso na lateral da calça e investe nele que sangra.
- Vagabunda.
- Agora fora daqui. Mônica aciona o alarme e logo 4 seguranças estão ali.
- Por favor auxiliem este senhor com suas coisas e depois o acompanhe até a saída por gentileza.
Maciel com uma mão presa ao ferimento.
- Não pode fazer isso, somos sócios.
- O cacete, tem 5 minutos para arrumar suas coisas e depois fora daqui.
Mônica sai dali e quando retorna olha pela vidraça Maciel passando pela portaria.
Em um táxi chamado pela empresa e pago por esta, Maciel ali derrama lágrimas em ódio enquanto o veiculo segue pelas ruas até parar frente a um hotel de reputação duvidosa.
- Pode parar aqui.
- Sim sr.
Ele desce com sua mala e mochila nas costas e entra naquele lugar, após comprar os medicamentos que foram entregues pelo rapaz da recepção, ali no quarto sem tanta higiene ele faz o curativo no corte que recebera de sua amada.
- Maldita.
Outros e outros goles de wisky barato e alguns cigarros de erva, logo ele esta para lá de Bagdá, sem muito o que perder segundo ele, decide por fazer uma visita.
Helana chega em casa junto de Hermes, conversam um pouco na sala e logo se despedem, ela segue para a cozinha onde janta, Roberta chega logo com Murilo e Tiago que encontrara próximo dali vindo do cursinho.
- E então como está indo no curso?
- Muito bem Murilo, estou entre os melhores.
- Que bom. Os dois ali se olham e o clima fica bem sem graça até que...
- Olha Murilo, eu sei que já te disse e retorno a dizer que...
- Fica tranquilo cara, não raiva de ti, agora não mais. Risos.
- Mesmo assim, logo eu terei um cargo, uma função sem ser estagiário na empresa e ai, me mudarei daqui, fique tranquilo quanto a isso.
- Mais você quer sair daqui?
- Claro cara, também quero e mereço ter uma namorada, não acha?
- Vai dar tudo certo, pode cer.
- Sim, eu sei que vai.
Tiago entra e deixa o casal ali que logo iniciam uma sessão de beijos.
Depois de algum tempo Murilo se despede e sai, Roberta entra, na cozinha janta e segue para seu quarto, ouve o som da tv ligada no quarto do avô que esta a cuidar de sua amada Mercedes, ao passar pelo quarto de Helana, o silêncio ali impera.
Em seu quarto ela retira sua roupa e se enrola na toalha, liga o chuveiro para que vá esquentando o ambiente e sai logo retornando com xampú e creme, após o banho e o secar os cabelos, senta frente ao espelho da penteadeira onde termina por seca-los e os escova, passa um leve perfume e segue para a cama quando ouve um barulho na janela, vai até esta e a tranca quando se vira para ir a cama, ali na sua frente Maciel, que a golpeia deixando-a desmaiada.
Minutos depois, pouco a pouco Roberta vai abrindo os olhos.
- O que foi?
- Olá querida sobrinha.
- Por que esta aqui, o que fez?
- Calma eu só a tirei daquele quarto, vamos combinar bem cafona por sinal.
- Você é um demônio Maciel.
- Oras, sou teu tio, esqueceu?
- O que vai fazer?
- Bem, acho que devo me vingar, afinal o que você fez foi muito ruim.
- Como assim?
- Por sua causa e daquela vaca da sua tia postiça, agora sou procurado pela lei.
- Bem feito, não acha, você não presta tio, olhe quantas maldades tem feito.
- Você que é imbecil e se contenta com qualquer coisa.
- Vá para i inferno. Logo a moça sente na pele o frio cano de uma pistola.
- Tio.
- Ah, agora sou teu tio, vagabunda.
- Eu.... Roberta tenta gritar mais é detida por Maciel.
- Cala a porra da boca ou te mato. Com a arma ele percorre alguns trechos do corpo da moça que treme em pânico.
- Por favor tio.
- Sabe Ro, na realidade eu nunca me considerei seu tio assim, de verdade.
- O quê?
- Você até que é bem gata, o que você deve saber fazer com essa boquinha hein safada.
- Não tio.
- Fica quieta ou te mato. Os olhos de Maciel brilham igual a uma fera pronta para atacar sua presa, Roberta derrama suor em medo por estar naquela terrível situação.
Maciel molha os lábios em olhar para a sobrinha, logo a porta daquele quartinho é arrebentada e Helana entra com um golpe derruba Maciel e ainda o chuta, Hermes pega a arma, Maciel levanta com certa dificuldade devido o ferimento causado por Mônica, porém logo vê a sua frente alguns policiais e Roberto ali.
- Seu velho cretino.
- Acabou Maciel, acabou.
Algemado ali a frente de todos, Maciel ainda faz diversos insultos e jura ódio por Roberto.
- Eu me culpo, por não ter visto o mau ser que você sempre foi.
- Te odeio.
- Vá para o seu lugar, o lugar que lhe pertence.
- Maldito, velho maldito, todos vocês são malditos.
Aos gritos, Maciel entra na viatura e segue para a delegacia.
23082018.........................
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A prisão de Maciel traz um certo alívio a todos, Roberto fica um tanto chateado e se sentindo em extrema culpa pelo seu filho ter tido tantas ações ruins e trilhado um péssimo caminho.
- Por favor amor, você não teve e não tem culpa alguma.
- Mais, Mercedes, ele quase te matou.
- Olhe, este rapaz, seu filho nutre um certo rancor, algo que só ele vai poder extinguir.
- Você me perdoa amor?
- Perdoar de quê, Roberto você é e sempre foi um cavalheiro, tivemos problemas mais já passaram.
- Eu te amo.
- Te amo muito mais.
Mônica termina mais um vestido para a nova coleção, uma funcionária entra e leva o manequim para a sala da costura, ali sozinha ela abre uma gaveta e desta retira uma foto de Maciel ainda garoto com Roberto.
- Por que, por que seu velho imbecil, você nunca me aceitou como sua esposa ou amante.
Ali entregue aos dissabores ele abre a portinhola do barzinho e serve uma dose generosa de rum, após Wisky e fecha com Wodka caindo ali mesmo no tapete felpudo amarelo sol.
Roberta sai cedo para a escola seguida de Helana que luta com a bolsa que insiste em deslizar do ombro.
- Nossa parece que tudo esta para não ir á escola.
- Quer faltar?
- Jamais, eu vou sim, nem que eu tenha de colocar estes livros, cadernos e estojo por dentro da roupa.
- Nossa Helana que fome de saber.
- Isso mesmo, fome de saber. Risos.
Na escola, tudo transcorre bem, houve uma avaliação surpresa de matemática e Helana fora a única a tirar 10.
- A menina esperta.
- É que tenho de fazer contas quase todos os dias ou todos, aqui e no trabalho.
- Por falar nisso, por que não vem trabalhar na empresa de seu pai?
- Acho melhor não, ele já me deu o bastante este estudo.
- Nossa Helana, sério, você já se tocou que é dona também daquela empresa.
- Eu?
- Sim, afinal você é filha dele.
- Ro, tudo que eu quero já tenho.
- E o Hermes?
- O que tem?
- Ele fala de casamento?
- Quase todos os dias.
- E?
- Ainda é um pouco cedo, quero me formar primeiro.
- É, tem razão.
- E você?
- O que tem?
- O Murilo, como estão vocês dois?
- De boa, só que ele também quer dar esse passo.
- Casar-se?
- Sim.
- E?
- Acho, que preciso curtir um pouco mais.
- Olhe, o Murilo é um bom rapaz.
- O Hermes também.
- Tá, ja entendi. Risos.
As duas arrumam seus cabelos frente ao espelho do banheiro e lavam as mãos, saindo dali.
No pátio Murilo dedica os minutos restantes do intervalo para beijos e carinhos em sua Ro, Helana fica em um outro banco fazendo contas e copiando lições que pegara com os professores.
- O que você tanto estuda?
- O professor de física me disse que já posso prestar um vestibular.
- Como assim?
- Meu rendimento é ótimo segundo eles.
- Nossa que bom Helana.
- É mesmo, quem sabe logo poderei concluir o que falta e assim ingressar em uma faculdade pública.
- Por que pública?
- Oras Ro, vou batalhar para ganhar uma bolsa.
- Bolsa, tá louca, o vô me mata e ti também.
- Calma gente, tem chão até lá. Risos.
Mônica faz alguns esboços de novos modelos quando sua secretária entra na sala.
- O que houve?
- A receita...
- Que receita?
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