Criança, filha do mundo.
Criança, parida pelo mundo.
Sua mãe é a pobreza e a miséria,
Beijando-a, assistindo-a,
E ensinando o “melhor caminho”,
Para se tornar bandido.
E sempre que o menino
Precisa da ajuda da sociedade, ela te diz:
“Vá pedir auxilio as ruas!”
Que é sua melhor amiga e conselheira.
Seu cotidiano é sempre
Um misto de fantasia e dor.
Fantasia em ver nos out door,
Coisas que não podem ter.
E dor, ao ver a sua alma.
Invadir-se de ressentimento
Em não poder realizá-las.
A arma de fogo é o que te da “dignidade e respeito”.
É o que te dá segundo, minutos,
Horas, dias, meses, anos limitados.
De uma vida rica e encurtada
Pelo trágico escalpelo de Marte.
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