35
Roberta retoca o batom olhando o espelho ali do banheiro Murilo.
O homem termina de fechar o bermudão.
- Como a gente esta agora?
- O que você acha?
- Namorados.
- Tá, seremos namorados.
- Certo?
- Sim.
Murilo agarra a moça e ali aos beijos ele vibra de alegria.
Jonas bate á porta.
- Oi irmão.
- Pelo jeito, fizeram as pazes?
- Sim mano. Murilo abraça Jonas lhe pedindo perdão pelo que fez.
- Esquece, já nem me lembro.
- Te amo mano.
- Pare com isso ou vou começar a achar que esta cortando para o outro lado.
- Opa ai não.
Risos e Roberta se emociona ao ver os dois ali.
- Agora eu vou ficar com minha namorada no comércio, você pode tirar o resto do dia de folga tá mano.
- Posso?
Roberta gesticula com a cabeça em afirmativo para Jonas.
Ali na peixaria Roberta atende as ligações enquanto Murilo ainda um pouco sob efeito do porre pouco a pouco atende aos fregueses ali.
- Te amo amor.
- Eu também te amo meu gato.
O rapaz se enche de orgulho ali que chega a inflar o peito, gerando risos em Roberta.
Fim de tarde, Jonas chega no comércio junto de Jenifer.
- Tudo bem aqui?
- Irmão, você acredita, com Roberta no telefone fizemos mais entregas.
- Pronto esta contratada, mais vai ter de alternar com a Jenifer. Risos.
Eles ficam a papear, logo Jonas e Murilo fecham o salão, na área externa, varanda, eles bebem refri e comem pipocas.
Roberta olha o horário no celular e pede para que Murilo a leve embora.
- Claro meu amor.
Após as despedidas ali, Roberta monta na rabeira da moto, Murilo a leva, deixando ali o casal a namorar.
Na frente do portão da mansão, Roberta ali abraçada a Murilo, beijos e carinhos e não percebem a vinda do veiculo da família.
- Vô.
- O que aconteceu, não foi por que ao expediente na empresa?
- Tive problemas.
- Já resolveram pelo jeito?
- Sim vô.
Murilo a deixa ali perto da moto e vai até Roberto.
- Dr, gostaria de lhe falar.
- Vamos entrar.
Roberta estranha aquilo mais segue com o rapaz para dentro, na sala Murilo aos nervos tem as mãos gélidas e as esfrega nos joelhos, Rebeca vem junto de uma empregada que serve sucos e alguns lanches.
- E então rapaz o que quer falar?
- Dr vou direto ao assunto, quero sua autorização.
- Para quê?
- Para namorar sua neta.
- Achei que ja estavam namorando?
Roberta entra no assunto.
- Vô, esta deixando Murilo quase á beira de um infarto aqui.
Roberto ri e olha para eles.
- Claro que sim, se faz a felicidade de minha neta, por mim tudo bem.
O casal ali é só alegria, Roberto aproveita e pede para que ela vá até a garagem buscar alguns documentos que ele esquecera no auto.
- Mais vô.
- Não gostei nada de você ter faltado na empresa, esta ouvindo bem?
Ela vai junto de Murilo que faz questão de acompanha-la e ao chegar na garagem ela se depara com um carro novo, um enfeite no vidro lado motorista.
- E este carro?
- É seu querida.
Ela desaba em choro, de joelhos suas lágrimas rolam de seus olhos.
- Bem acho que não gostou da surpresa, então falarei ao Hermes que devolva amanhã logo cedo.
- Vô, seu bobo eu adorei.
Ela corre até ele o abraçando e lhe dando muitos beijos no rosto fazendo o homem ir se emocionando ali.
- Obrigado vô, não sei o que faço com este meu querido vôzinho.
- Continue sendo assim, juizada, responsável e respeitável sempre, alegre.
- Vô te amo.
- Eu sei querida eu sei, tá ouvindo rapaz, ela me ama primeiro ouviu.
Murilo acente com a cabeça e todos riem.
Ela recebe as chaves dele e o abre, convida o namorado para um passeio.
- Nossa Roberta, o carro é bem moderno.
- Sim, você acredita eu nunca lhe pedi um.
- Ro, você merce isso e muito mais, você é a garota mais formidável que eu conheço.
- Só que eu te fiz chorar.
- Ro, eu te amo, ja te disse isso.
- Então vamos curtir?
- Sim.
Ela sai pelas ruas e avenidas e param em uma lanchonete e ali bebem refri, Murilo a cobre de beijos e agrados a noite termina em um motel.
Ali em lingerie branca e ele em box cinza, mais beijos, línguas, corpos, Murilo coloca o preservativo com a ajuda dela que usa seus lábios para isso.
- Já te disse o quanto você é gostosa.
- Acho que sim. Risos e beijos.
Mordidas, beijos, linguadas, ele segura os seios dela mexendo com as pontas dos dedos nos bicos destes.
- Te amo.
- Eu mais ainda.
Deitada ele a possui com estocadas suaves, leves e cheia de carinho fazendo-a delirar.
Camisinha jogada, surge um oral bem gostoso seguido de um 69 que a gata grita, logo outro preservativo ela segura a cabeçeira da cama e ele a detém por trás, alguns segundos e ela perde parte de seus sentidos, afinal é sua primeira vez, sente uma forte dor que logo vai se tornando em um novo formato de extrair prazer.
Gritos e gemidos altos, as metidas são um pouco mais fortes e o cara derrama suor pelo seu corpo.
- Minha gostosa.
- Cachorro.
- Cadela.
- Seu puto.
- Te quero sempre.
- Vai ter meu amor.
Minutos depois ali nús na cama eles curtem uma música romântica, ele checa a hora.
- Vamos?
- sim, não quero ter problemas com meu vô.
- Nem eu com meu sogrão.
- Bobo.
- Te amo.
- Lindo.
Mais beijos e eles seguem para uma ducha e logo vestidos saem dali.
Roberta segue o ritmo da escola, empresa, vai ficando cada vez mais próxima de Helana, agora com carro próprio ela vai para os lugares neste, Hermes fica á serviço de Roberto e Helana, algumas vezes também serve para Mercedes que continua a trabalhar no salão.
Murilo cada vez mais junto de sua namorada, acaba por ficar mais apaixonado ainda.
- Quer casar comigo?
- O que foi isso Murilo, esta bem rápido hein.
- De novo não, Roberta.
- Tá bom, sabe eu gosto de você mais é melhor a gente ir no nosso ritmo.
- Tudo bem amor.
Beijos e abraços.
Helana passa por eles, Roberta mexe com a moça que não escuta seguindo para a frente do colégio.
- O que houve?
- Que horas são Murilo?
- São 13:05.
- Meu Deus, ela já esta atrasada.
- Para quê?
- Tem que estar ás 13 horas no atacado perto de onde ela mora, ela trabalha lá.
- Então ela esta trabalhando?
- Sim.
O casal segue para um refri na lanchonete perto do colégio.
Roberto termina de assinar mais alguns documentos, a secretária sai dali, logo Roberto entra.
- Nossa, minha neta chegou no horário.
- Ai vô, preciso lhe falar.
- O que houve?
- Vô a Helana foi embora da escola já depois das 13, ela vai perder o emprego.
- Qual emprego?
Roberta coloca o vô á par da situação da sua nova filha.
- Vamos resolver isso agora mesmo.
- Como vô?
- Fique tranquila.
Roberto faz 2 ligações sendo a segunda um pouco demorada.
- Obrigado e sim, mande um representante e fecharemos um negócio se concordarmos nos detalhes.
Ele desliga e olha ali a sua frente a neta impaciente.
- E então vô?
- Já esta tudo certo, á partir de amanhã ela começará as 13 e 30.
- Ai vô, meu herói mais lindo.
- Obrigado Roberta.
- Pelo quê vô?
- Por ser assim, livre de orgulho, inveja e sempre vendo o lado bom das coisas.
- Não vô, nem sempre eu sou assim.
- Vem aqui. O homem se afasta da mesa dando espaço a moça que senta no colo dele.
- Vai, agora me diz o que aflige esse coração.
- Não vô, sabe eu ainda tenho pensado muito em Ti.
- Aquele rapaz, não vale seus pensamentos.
- Vô, ele fez errado mais olha o que aconteceu a ele.
- O que quer fazer sobre isso?
- Meu vô, você não existe. Ela beija ele no rosto e ficam abraçados.
Amélia termina de lavar e estender as roupas no varal, Nestor fora fazer caminhada á pedido da médica do postinho de saúde do bairro.
Mercedes entra no salão, coloca as sacolas de compras ali no balcão, abre o refrigerador e abastece este com legumes e produtos alimentícios.
- Mercedes.
- Oi Amélia.
- Você tem um momento?
- Sim.
Sentadas no salão frente a frente, Amélia inicia a conversa.
- Sei que não gosta de mim, por tudo que fiz no passado, mais acredite eu me arrependo todos os dias que saio da cama.
- Olhe quem sou eu para ser o juiz, Amélia você teve tudo para ser feliz ao lado de Nestor, ainda não consegui descobrir o por que, mais você o fez.
- Eu era uma tola, estava impressionada por outro homem.
- Sim, eu ouvi dizer que fora para fora do país, até que havia melhorado, por que retornou?
- Você não entenderia, passei pelo diabo e fui obrigada a fazer coisas que envergonham qualquer mulher.
- Sobre isso o que sei é que minha vida também não foi das melhores e nem por isso...
- Você teve e tem o Nestor contigo.
- Eu trabalhava e trabalho aqui.
- Eu sei, me desculpe se passei uma outra visão.
- Você pode dizer o que quiser, mais saiba, vou ficar sempre atenta, por perto, não quero que faça a este homem que tanto lhe fez bem, de tolo e o deixe sem rumo como o deixou no passado.
- Fique tranquila eu não o farei.
Amélia estende a mão para a mulher porém Mercedes ao invés de corresponder ao gesto, sai dali e volta a cozinha para ajeitar as coisas.
Nestor parado ali na porta sem ser visto por elas, vê Amélia esfregar suas mãos, cabisbaixa retorna para a área de serviço.
- Bom dia.
- Bom dia Nestor.
- E as compras?
- Estou terminando de guarda-las.
- Mercedes.
- Sim.
- Não acha que Amélia já sofreu bastante por onde esteve por este tempo?
- Você acredita nisso?
- Sim.
- Então tá Nestor, vou dizer pela ultima vez, ela não voltou para nada, não confio nela.
- Vamos dar um voto para ela.
- Dê o seu, eu fico sempre a vigia-la.
- Tá. Nestor a deixa, sai dali desconcertado com a reação da mulher.
Na frente do salão ele olha para trás, para os lados e tira do bolso da camisa um cigarro, procura pelo isqueiro mas não o encontra, algém lhe estende um e acende para ele.
- Roberto, o que faz aqui?
36
- Tem um tempo?
- Vamos ali no bar.
Em um bar de esquina, Nestor pede um pingado, pão na chapa, Roberto somente um café preto.
- O que foi Roberto?
- Sabe. a gente se conhece há anos, portanto ao mesmo, quase nunca nos falamos.
- São as obras da vida.
- Pode ser, mais de certa forma eu sempre tentei manter, afastar para longe qualquer lembrança desse passado.
- E no rumo davida, aqui estamos.
- Ela ainda gosta dele.
- Quem?
- Minha neta.
- Vai me dizer que não sabia, não se apaga um sentimento com outro, a não ser que venha...
- O ódio.
- Era o que você queria?
- Talvez.
- Talvez não cabe nesse momento.
- Sim, eu queria e ainda quero.
- Ele é meu sobrinho.
- Me desculpe, eu estava inchando por dentro.
- Mágoas.
- Não sei Nestor, se ponha no meu lugar, o que gostaria....
- Mata-lo. Os dois se olham.
- Porém ele é meu sangue, sobrinho, eu o amo e jamais deixarei que isso lhe ocorra.
- Nem eu seria capaz.
- Eu sei Roberto.
- Por que Nestor?
- Foi enfrentando, criando, derrubando e reinventando os porques que chegamos aqui.
- Você fica á vontade?
- Nunca Roberto, ja me rui tanto que não há mais sobras para ferir.
- Me diz, o que faço.
Nestor leva á mão ao ombro do homem.
- Tem horas que temos de deixar o barco seguir, não significa descuidar, mais sim segui-lo ao longe.
- E ele?
- Roberto, meu sobrinho teve traumas, ele esta sob medicamentos, tratamento, para você vou me abrir, não acredito que o garoto retorne aos melhores dias.
- Como assim?
Nestor leva os dedos as laterais da cabeça.
- Foi tão grave assim?
- Sim, foi.
- Você quer algum tipo de ....
- Não precisa Roberto, sabe eu tenho meus segredos, Tiago de certa faz parte de um deles.
- Não entendi.
- É para isso que servem os segredos.
Eles ficam ali a beber seus pedidos e depois se despedem.
- Vai ver Mercedes?
- Sim, se for possível.
- Vá ve-la ela ficará muito feliz.
Mercedes termina a limpeza das carnes e as tempera para as frituras mais tarde, Amélia passa pelo salão com um balde, produtos e segue para a casa.
- Olá.
- Roberto, aconteceu algo?
- Bom dia.
- Bom dia.
- Queria te ver.
- Oras, nos vimos há pouco.
- Acho que já não consigo mais ficar sem você.
- Pare com isso.
- Vamos nos casar?
- Oxi, de onde tirou esta loucura?
- Te amo Mercedes.
- Pois fique sabendo, amor demais não é nada recomendável para as nossas idades.
- Um jantar.
- Esqueceu de meu trabalho?
- Venho te buscar no final do expediente.
- E Helana e o Ti?
- Eles são grandes, um cuida do outro.
- Tudo bem.
- Gata.
Mercedes sorri ao receber o gracejo de Roberto que se aproxima dela e a beija na testa.
- Até.
- Até.
Roberto sai dali, Nestor entra com uma sacola.
- O que é isso Nestor?
- Maçãs.
- Deixe aqui e coma 1 só.
- Por que disso, vai me dizer que se tornou minha mãe?
- Sim, esqueceu seu diabetes?
- Eu não tenho.
- Mais vai ter se comer tanto doce.
- É fruta, não percebeu.
- Leve uma.
- E Amélia?
- Leve duas então.
- Tudo bem. Ele retira 2 e entrega a sacola para Mercedes que guarda o restante no refrigerador.
Roberto segue para a empresa no carro, Hermes ali no volante, toca o celular de Roberto.
- Oi.
- Olá Roberto quanto tempo.
- O que quer Ivan?
- Fazer negócios.
- Não tenho nada para você.
- Mais eu tenho uma informação que vai deixa-lo com a pulga atrás da orelha.
- Não quero saber.
- Tudo bem, a propósito já estou aqui.
- Onde?
- Na sua empresa, cresceu muito Roberto, parabéns.
Roberto desliga, xinga, Hermes olha pelo espelho.
- Problemas dr?
- Os de sempre.
Roberto entra na empresa, ali na sala de espera de Ivan, ao lado da secretária Kalinka ao lado da mulher.
- Bom dia Roberto.
- Vamos, por favor não deixe ninguém nos atrapalhar.
- Sim dr. Diz a secretária, Kalinka joga beijos para esta e entra junto com eles.
- O que quer, seja breve.
- Serei dr Roberto. Ivan coloca um envelope na mesa dele, Roberto pega este e abre, fotos ali mostram o encontro de Mercedes com Mônica, em algumas há sinal de alegria entre elas.
- O que significa isso?
- Você entende, sabe muito bem, alguém esta lhe enganando.
- Como assim, Mercedes não pode estar confabulando com esta cretina.
- Bem tire você mesmo suas conclusões.
- É o que vou fazer. Ivan faz sinal para Kalinka que o acompanha abrindo a porta.
- Excelente dia dr.
Assim que eles saem, Roberto faz algumas ligações e logo Hermes esta ali.
- Vamos resolver algo.
- Sim dr.
Mônica termina de aprovar alguns desenhos para a próxima temporada, em sua sala 2 estilistas e 8 costureiras ouvem atentamente as ordens da chefe, Roberto entra ali esbaforando raiva, ela com um simples gesto dispensa os demais de sua sala, a secretária pede desculpas.
- Pode ir, com certeza este cavalheiro tem algo importante...
- Vá para o inferno.
- Oras Roberto, sei que tem berço, educação.
- Para que vala, não para pessoas de sua espécie.
- Esta me desaforando.
- O que significa isso?
Ele joga as fotos na mesa, ela as olha e faz uma ligação.
- Não vai me dizer o que significa isso tudo?
- O que você está vendo.
- Fale logo o que planeja?
- Bem poderia ser vingança, mais não, eu tenho amizade com sua futura esposa.
- O que diz?
- Se pergunte Roberto, como acha que ela parou sob os cuidados de Nestor.
- Esta me dizendo que tivera participação?
- Sou mulher e sei o que a vida é capaz.
- O que quer Mônica?
- Ver o que eu estou vendo agora, sua reação.
- E....
- Que cancele os embargos que pôs em minhas mercadorias junto a seus aliados.
- Por que eu faria isso?
- Simples, não quer magoa-la, não quer que ela veja quem você é, realmente, ah, outra coisa tenho os originais dessas e de outras.
- Você é uma víbora.
- Acho que sou, afinal fui abandonada, jogada ao canto de sua sala.
- Me pergunto hoje, onde eu estava com cabeça quando lhe deixei que entrasse em ....
- Na sua vida, fácil, mocidade, feliz, ingênua, você sempre querendo satisfazer seu ego medíocre.
- O que te fiz de tão mau?
- Não me amou, te basta, pois tenho muito mais motivos.
- Você é tão rancoroza assim?
- Acredite Roberto, guardo mágoas profundas em mim.
- Você sabia que eu não te amava.
- Sim, mais também pensava que poderia muda-lo.
- Não, você queria mais, muito mais.
- Imbecil, a questão nunca fora o amor, amar é para fracos, eu só queria, ficar do seu lado, sentir o teu ar, presença...
- Um nome forte nos negócios?
- Esta vendo, o velho lobo esta acordando.
- Você sempre disposta a tudo por bons negócios.
- Sempre.
- Tudo bem, considere o embargo cancelado.
- Não é só isso.
- O que quer mais?
- Que fale a verdade para a garota.
- Deixe Roberta longe disso.
- Sabe que não vou faze-lo.
- Ja lhe disse, tente como quiser.
- Qualquer dias desses terei com ela.
- Não se aproxime sua cobra. Roberto segue com força nos braços de Mônica.
- Esta ficando velho Roberto, deixando provas.
- Sua louca.
- Por você e seu dinheiro.
37
Rebeca desce do carro, paga o motorista e o aguarda em frente a porta de um galpão, logo esta é aberta e ela entra ali, várias mercadorias e algumas caixas prontas para seguir seu destino.
- O que quer?
- Ele veio me procurar.
- Sabia Mônica e agora?
- Fique tranquila não falei de você.
- O que acha que vai acontecer?
- Ainda não sei, espero que tudo dê certo.
- Conseguiu algo?
- Sim, ele cancelou o embargo.
- Então pronto, era o que você mais queria, agora deixe tudo como está.
- Jamais, também quero que ele diga a ela.
- A ela quem, Mônica?
- Para sua princesa.
- Deixe a garota em paz ela já tem passado por tantas.
- Ele sabe de minha amizade com Mercedes.
- Ficou louca Mônica, é algo fácil de se desmentir.
- Eu sei.
- Por que então o fez?
- Acha que ele vai procura-la.
- Você esta jogando com cartas sugissimas.
- Obrigada, colega de jogo.
- Bem, eu já vou.
- Fique de olho e ouvidos.
- Sei de minha parte.
- Bom mesmo, afinal você tem parcela nisso tudo.
- Tchau.
- Até mais.
Rebeca sai por outra porta e logo para um carro de aplicativo porém ela é fotografada várias vezes ao longe.
O profissional que a fotografa faz uma ligação e logo um sorriso surge nos lábios.
Roberta termina o lanche ali com Murilo, o rapaz sobe na moto e ela entra em seu carro, Helana vai de carona com ela, a moça fica no atacado e Roberta segue para a mansão.
Em um restaurante de 4 estrelas, Mercedes entra em trajes simples se identifica e o maitre a indica á mesa onde Roberto esta.
- Oi amor, o que aconteceu, vim assim que pude e....
Ele põe ali na mesa as fotos dela com Mônica.
- Nossa Emília ou Mônica, quanto tempo.
- O que significa isso Mercedes?
- Oras, quando eu tive Helana, nos conhecemos no hospital.
- Como?
- Por que está tão agitado Roberto?
- Você conhece a Mônica, responda de uma vez.
Ele faz a pergunta em tom sério, ela fica ali constrangida pois nota que algumas pessoas prestam atenção neles.
- Por favor Roberto vamos falar em outro lugar.
- Por que, você deve para alguém?
- Já chega Roberto.
- Vai logo, responda.
Mercedes pega sua bolsa e sai dali.
- Volte aqui.
Ela não olha para trás ascente para o recepcionista e sai.
Roberto deixa um certo valor na mesa e sai passa pela porta bufando e encontra ela ali num banco de concreto cabisbaixa chorando.
- Queria fugir?
- Quando fui expulsa de sua casa, fiquei a vagar, você já sabe disso, pois então, Nestor me ajudou muito, mais tive problemas durante a gestação de Helana.
- Por que não falou disso?
Soluçando, lágrimas descem e ela continua.
- Fiquei internada alguns dias e no hospital em um dos exames encontrei Emília que depois disse seu nome certo, Mônica, começamos a conversar e ela também estava esperando um filho de um grande empresário, só que ele tinha mulher.
Roberto ouve aquilo e fica sem graça em certo instante.
- Você vê como são as coisas, nossas estórias batiam até nisso, depois que recebi alta não a vi mais até o dia que fui ganhar minha filha.
Roberto tosse.
- Fiquei em um quarto comum, mais houve um acidente num prédio, tiveram vários feridos e alguns graves, nisso encheram demais as camas o quarto em que eu estava e colocaram homens ali, ela ficou sabendo de algum modo e sugeriu que eu dividisse com ela o apartamento em que estava.
- Você foi?
- Sim, não poderia e nem queria ficar ali naquele quarto, era impossível.
- Te entendo.
- Lá ficamos mais próximas e confidenciamos algumas coisas.
- E as fotos?
- Eu a convidei a ir ao salão durante o dia, faria um almoço para compensar o que ela fez por mim.
- Generosidade.
- Foi então que ela me contou conhecer sua família, você.
- E você disse a ela?
- Sim que havia trabalhado em sua casa e sai de lá.
- E ela?
- Me perguntou se sai grávida.
- E você?
- Neguei, disse que tinha arrumado fora.
- Mercedes, me perdoe.
- Então é isso, você era o pai do filho que ela esperava.
- Como assim era?
- Você não soube, nasceu morto.
- Morto?
- Sim, na realidade nasceu com vida e morreu minutos depois.
- Verdade?
- Sim.
Mercedes sai do banco, Roberto a segura pela mão.
- Me perdoe.
- Por favor Roberto, me deixe voltar para o salão, tenho muitas coisas para cuidar lá.
- Eu te levo.
- Não precisa, eu prefiro andar um pouco.
- Mercedes.
- Por favor. Ela sai dali, Roberto baixa a cabeça e chora, Hermes vem a ele.
- Dr.
- Sou um canalha Hermes, um covarde canalha.
- Não diga isso dr.
O homem fica ali chorando e Hermes em pé olhando ao redor com que guardo seu chefe do mundo exterior.
Mercedes entra no salão e segue para o banheiro se tranca em um dos compartimentos e ali senta chorando profundamente.
- Mercedes.
- O que foi?
- Sou eu Nestor, o que houve?
Ela abre a porta, ele a vê ali desmanchando em lágrimas.
- Me diz o que houve?
- Roberto, Nestor, aquele homem mexe comigo, mais é um inferno.
- O que ele fez?
- O de sempre, me magoar, mais esquece eu soou a culpada.
Amélia chega ali.
- Nestor.
- Por favor Amélia, cuide de Mercedes, tenho algo para fazer.
- Onde você vai?
- Fique ai, não a deixe sozinha.
Amélia olha para aquela mulher ali a sua frente em prantos.
- Seja o que for, vai passar, acredite.
Mercedes sai do assento e abraça Amélia que corresponde.
Roberto termina seu expediente, sai da sala sendo acompanhado por sua secretária,logo em frente ao estacionamento ela se despede do chefe e entra no carro do noive que a aguardava.
Roberto segue para seu veiculo, Hermes ali no volante, para um táxi, Nestor desce e vem a Roberto.
- Roberto.
- Nestor o que faz.... Nestor lhe dá um soco no rosto que Roberto cambaleia mais não cai, logo Nestor o agarra e o derruba, Hermes e o taxista vem para separa-los.
Roberto não revida e deixa ser agredido pelo homem ali.
- Canalha, patife, maldito, você me disse, prometeu que não a faria sofrer.
- Eu errei.
- Reage canalha. Outro soco e Hermes consegue retirar de cima do seu chefe.
- Não te quero mais perto dela, nunca mais. Roberto é só lágrimas, o taxista fica frente a Nestor que entrega a grana da corrida, desculpas são feitas.
- Por que Roberto, por que você fez isto.
- Quer saber, você tem toda razão eu sou um canalha, cretino eu não mereço ela.
- Não merece mais ela te ama.
- O quÊ?
- eU A DEIXEI no salão, em mar de lágrimas.
- Por que Nestor?
- Pare de ser covarde e assuma seus sentimentos.
- Eu a amo.
Roberto grita ali desesperado, Nestor o deixa, Hermes o solta e ele segue para o táxi.
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