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Pare um pouquinho e reflita.
Suas ações, realmente, têm como objetivo suprir as necessidades do seu dia-a-dia? As metas traçadas são, deveras, indispensáveis para o seu bem-estar?
O primeiro indício de amor próprio é a honestidade para consigo mesmo. Se fores honesto consigo, com certeza chegarás à conclusão que, boa parte de seus propósitos, não passam de escopos supérfluos.
Desde os primórdios se desenvolve uma corrida centralizada no dispensável. Ser participante desta corrida é uma obrigação incutida no inconsciente de cada um, independente da idade, cor ou raça. Uma ação cogente, tida como uma tendência natural do ser humano, apregoada como uma forma legítima de se expressar.
Uns têm inclinações para a música, artes cénicas (teatro, dança, coreografia), pintura, escultura, arquitetura, literatura, cinema, fotografia, história em quadrinhos, jogos de vídeo, arte digital, etc.. Para esses o objetivo da corrida é alcançar o sucesso em suas respectivas áreas. Outros têm o privilégio de ter altura, busto, cintura e quadril, no caso do homem, corpo em “V”, pernas e coxas finas e ombros largos, de acordo com os padrões exigidos no mercado da moda, e da alta-costura. A pista de corrida para esse grupo é o universo fashion, no qual procuram viver os seus dias de fama.
Também tem aqueles com tendências a determinadas áreas esportivas. Ser notório por meio do esporte. Movidos por este arquétipo mental muitos fazem o possível e o impossível para desenvolver e aprimorar suas habilidades, tudo para ser o primeiro a cruzar a linha de chegada, uma vez que, não é o início nem o meio, muito menos o fim de um trajeto que torna alguém popular, mas sim o pódio, no qual os vencedores de uma competição sobem para serem premiados.
Enquanto isso outra leva participa da corrida com a finalidade de obter bens materiais. Estes querem ser honrados por suas posses.
Neste núcleo a ética é uma qualidade moral rara. Os atos pessoais não são segundo os valores do bem e da decência pública, mas sim de acordo com aquilo que condiz com algo, que lhe é conveniente. Os fins sempre justificam os meios. Trapaças, barganhas, conchavos, corrupção, e vez por outra ordem para assassinar.
Corrupção. No Brasil esta ação de seduzir por dinheiro tem se constituído um verdadeiro câncer. As instituições públicas estão corrompidas de cima abaixo. Hoje, os departamentos das administrações são o habitat de pessoas afastadas da conduta reta. Nestes ambientes a honestidade causa estranheza, e não é bem-vinda.
Alcançar o posto de celebridade, e receber aplausos uns dos outros. Este é o real motivo desta corrida desenfreada impulsionada pelo ego que, poderia muito bem ser chamada de impeditivo, no que diz respeito a crer em Cristo e no evangelho.
João 5/44: Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de Deus?
O impedimento não está no fato de alguém participar da corrida, e subir ao pódio, mas sim no esforçar-se, para subir a plataforma, com o intuito de receber glória dos outros.
Quando a subsistência depende da plataforma, e com este propósito se participa da corrida, esta ação não se torna um empecilho, uma barreira que, impede-nos, de crer, pois se está pensando no pódio como meio de subsistência, e não como um instrumento que pode proporcionar fama e poder.
Com esta mentalidade é possível crer, e ainda buscar a honra que vem só de Deus, sem impedimento algum.
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