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  Texto selecionado
Só a Natureza nos iguala
Analise da entrevista de Walter Scheidel
Jânio Resende Olieira

Resumo:
Analise do texto da Veja nº 51 de 17 de janeiro de 2018 " A catástrofe é igualitária


     Apesar de começar o texto já me justificando, nunca fui de escrever mas com certeza este tema me interessa e muito, pois sou geografo por formação e professor por profissão. Sente estive do outro lado do mundo letrado, ou seja sempre fui avido leitor, mas escrever foi minha única habilidade que não foi muito bem trabalhada na minha formação, nesta seara já estie por obrigação, nunca por prazer de escrever, iniciemos esta jornada para mudar este defeito.
     A entrevista que me refiro foi publicada na revista Veja nº 51, do dia 17 de janeiro, com o título ‘A catástrofe é igualitária’. A princípio me pareceu mais uma entrevista comprada por alguém que gostaria de alavancar um livro , uma ong, ou coisa do gênero. Mas para meu espanto , era algo muito diferente, era a apresentação de um fato real apresentado por uma ponto de vista incomum, uma releitura da história feita por um analista político, onde a a constatação crua e direta, “ Só se diminui a distância entre pobres e ricos, quando acontecem catástrofes.” Algo tão obvio, e de tamanha verdade e clareza, foi jogado, não foi lançado com tamanha força na consciência do leitor que, a minha sensação foi de um coice de mula, bem no meio do rosto, doeu, mas acordei para muitos pontos da minha consciência, com certeza causara mudanças profundas dentro da minha retórica.
     Outro ponto crucial levantado pelo entrevistado foi de que está no nosso DNA, a desigualdade, pode parecer discurso de direita, mas não é, historicamente falando, não houve e nem haverá uma sociedade onde teremos a igualdade, e diria mais uma igualdade dentro da diversidade, nossa luta será eterna, corremos atrás de um sonho, de uma Quimera, tão inalcançável, quanto o horizonte, podemos até nós dirigirmos a ele mas nunca alcanças pois quando chegarmos, ele já estará distante, continuando a ser somente o lugar onde a vista alcança, tão simples, mas tão impossível de se conquistar.
     Nenhum programa social pode mudar o fato de os seres humanos impõem a outros seres humanos as diferenças, sejam elas sociais, econômicas ou políticas, são sempre barreias onde o ser humano acaba por desenvolver a classificação, não existiu ate hoje uma única sociedade que não tenha feito uso de um destes parâmetros para garantir os extratos sociais. Buscamos através de exemplos de seres humanos iluminados, a necessidade de melhoria da nossa condição de seres sociais e acabamos por aprender a evoluir, negar esta carcaça de animal e acreditar que poderemos salvar pelo menos nossa própria alma, este esforço se deriva da nossa proximidade com o divino, do imaterial de nossa sensibilidade para com o intangível, o inexplicável momentaneamente.
     Parece muito cruel, mas colide com a realidade que o ser humano é um animal inescrupuloso, e que mataria por muito menos do que se imagina, o entrevistado afirma que só quando acontecem tragédias é que há uma equidade maior entre a população pobre e a rica, e que esta condição também é momentânea e se justifica através da necessidade de sobrevivência, eu me lembro de minha infância onde aconteceram algumas movimentações sociais onde a grande maioria da população se uniu em prol de uma causa e aparentemente, todos estavam unidos, lutando por um ideal maior, o Fome Zero, liderados pelo irmão do Henfil, foram tempos onde o brasileiro se mostrou mais como ele realmente nasceu, um povo miscigenado e solidário como os Tupiniquins e Tupinanbás, com valões relacionados a sobrevivência coletiva, uns dependentes e solidários com os outros, não de forma promíscua de se vangloriar, não de forma honesta direta e simples de vivência comunal.
     Só não concordei com a analise e previsão do entrevistado quando ele, em um rampante de orgulho, destaca sua opinião sobre o futuro, relegando a e minorando a importância das redes de economia compartilhada como formadora da futura sociedade, lamento informar, mas este tipo de exercício de futurologia nunca vi dar certo, só para dar o exemplo, um dos grandes gurus da alta tecnologia previu que o Orkut seria indestrutível, e que ele seria á grande mídia social do mundo, dois anos depois, ninguém mais se conectava a este site e quem tinha, não comentava com vergonha. O futuro é sempre um tiro no escura sem direção.


Biografia:
Jânio, Professor de Geografia e Edafologia
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Ensaios Só falarei sobre coisas boas. Jânio Resende Olieira
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