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Ai, carne!
Sergio Ricardo Costa




E ainda dizem que (ainda) respiramos,
Corretos por forma mais que o movimento poderá,
Saber crer correr nas veias um remédio

Que nos enche de um pouco de sol diverso:

Pois, mansidão, continuará
A ser obtida mais tranquilamente?
Observando o próximo passo
Longe de qualquer desesperado
Limite da nossa pele, a única inocência
Da vida.

E ainda dizem que é mesmo vida esta
Escolha malfeita — antes de viver.

Constantemente
Se opõe como véu (a arte de viver),
Mas no final
De contas, só tem a sorte
De viver determinado efeito,
Tal qual a honra
De morrer sempre.

E vai ser
Assim, reaberta em gomos:
Qual baleia cambaleia
E a carne, aos tropeços,
É interminável, a razão
De crer é somente
Sua direção
Atordoada por tanto intervalo
Entre imensidades submersas
De um mar arrogante.

E quando deletéria a viagem
Soturna,
Não mais pergunta ao indivíduo
Se há volta
Possível ou já morreu,
Completamente aniquilado,
Diante de quem o erro de morrer
Na escuridão
Maior que si mesmo
É só o mundo se retraindo,
Por hora amável a vida,
Para que não viva através de uns sonhos
Velhos;
Para que não ame
E ainda seja amado,
Feliz na dor de ser liberto de tal mundo,
Por uma semana ou mil anos, quem sabe,
Ou apesar
De tudo sonhar
Mais vezes que os olhos justifiquem,
Ou pelo que venha
Aos velhos corações desmascarar,
Tornar divergente, ou quase confiscado,
Num momento simplório do ser
                                      Que passa,
Conduzindo-o,
Coberto na mão
Com silêncio incômodo e amigo:

Pois humano é o que busca

Cenários, roupas,
Marionetes e engano,
Ou que alcança os dragões
Que mordem os seus pés
                                Frágeis,
Doídos e quando se afastam...

Voltam!...

Retrovertem-se
E aos pés de novo se agarram.

Carne, carne,
Puro esquecimento
Das coisas ainda inúmeras,
Indignas de atenção
E enquanto durar,
Ao menos conduzindo-a com honra
                                 A cada momento,
Para confundir com a altivez
                                  Que deva,
Ou ao menos finja,
Entender que é só o corpo tentando escapar
Da casca endurecida do seu medo
                             Eterno e por isso,
Tão miudamente recompondo
Abrigo inseguro longe
E, evidente, quando ocorre
Renova-se e perde mais
Que a remissão desconcertante
E em tudo fornece pouca evidência
A perceber,
Ausente o seu fim,
Simples arcabouço rabiscado,
Sequer acredita
Seja um calabouço e incomum
                                                    E
Velha, se torna frágil,
Cala o moço e se acaba

Na alma de sua alma.


Biografia:
-
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