Igualando distintas
Impressões precárias
Deste senhor
Que me deixa
Sem razão, não desperta
A ninguém sua labuta,
Ou sucintas
Privações — devastadoras.
No fundo,
Em debate com ninguém,
Cumpre certa
Contundência
De ser homem no mundo.
Uma breve inclinação de poeta,
Ou só tênue ilusão de artista;
Coisa média, a sua obra (incompleta),
Contentando-se em vê-la inteira
Por nascer; terra, mais longe da vista,
Que consiga alcançar, complacente,
Compassivo; indo, só, pela feira
Libertária.
Mas, no fundo, é descrente.
Mas no fundo,
Como sabe de si
Diletante saldo
A ser debitado,
Da vontade de viver;
Tanto ri,
Quanto chora,
Do amor com que cobre
Sua parca intuição —
Do agrado
De escrever, quando consegue...
— Transpor
O limite que separa
O chão nobre
Do espírito
E compor, sem sabor.
Sem calor, sensaborias, sementes
Sonolentas, jardim desse processo,
Qual vantagem de viver, diferentes
Mundos crus, se transformando diante
Da visão, mau grado um outro insucesso,
Que sucede e, por mais tarde, mais certo
Ou mais perto, deste "autor", confiante:
Que flutua pelo espaço aberto...
Que nem tenham conclusão
Duas linhas
Quaisquer: nem nada, nadinha,
Nem tomem
Melhor rumo,
O mais das vezes, mesquinhas
Lavras, golpes
Ponderados de rima
Por um fim fantasioso
De homem,
(Higiênico) papel
Num cordel
De distintas impressões
Subestima,
Quantos versos
De tirar o chapéu?
Algum truque imponderado na pedra
E um coração lhe cai o melhor que consegue,
Nas palavras arenosas que medra,
Território destruído em que finge
Não notar e, arduamente, prossegue
Aprendendo a sublimar, como boa
Sorte, as pedras de uma esfinge, se a esfinge
Se condói fria do infeliz e o perdoa...
Qual cavalo afetuoso
Cogita
Despertar, afetuoso —
E altivo
(Segurando uma caneta),
Levita
Cavalgando pelo ar,
Não importa
Mais pedaços de papel
Ou cultivo
De estrelas lhe desvendem
Tão mal
Alinhados traços,
Na asa torta,
Ou no voo hesitante e
Banal.
Quantos mares secarão em seus olhos
Sem que não seja inovador e nem nada?
Não!
Bugalhos, alhos, olhos com óleos,
Misturando a competente, ou potente,
Verborrágica semente enrolada
A secar e a renascer no caminho
Pedregoso das palavras: em frente
A um mar, segue ignorado e sozinho
Entre vultos,
Vai para ver.
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