Meu humor, perspectivas são como bolhas de sabão que eu soltava quando criança. Eu me sentia orgulhosa e queria sempre superar a bolha anterior com uma maior. Mas no final todas se dissipavam, eram iguais, água e sabão no início e independente do tamanho, no final também se tornavam iguais, estouradas, secas e esquecidas. Então o que importava era a minha habilidade de soprar e a crença de que faria uma bolha melhor para me sentir competente. Pouco me importava o destino final delas. Há pessoas que são as bolhas e outras as crianças serelepes, que desejam naquele momento fazer as melhores bolhas, quando se cansam, guardam a água e sabão e esquecem das pobres bolhas, sejam as miudinhas e as majestosas. O que quero dizer com isso? Ora sou moleque serelepe, ora sou bolha. Ser bolha é chato, mas ficar ali no anonimato e participar de uma competição que você não quis, é bizarro. E minhas perspectivas e meu humor são como bolhas de sabão quando penso e chego à conclusão que tudo é momentâneo e a posição nesse jogo, também não é vitalício. Um dia você é criança, um dia você é bolha.
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