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A FUNERARIA DO ZÉ MARRECO
Jonaci lopes

Jonacy Lopes-
A funerária do Zé marreco-


Meu cunhado o Carlinhos que irmão do Wallas que da mesma feita também é meu cunhado, justamente porque são irmãos da minha esposa, mas isto não importa o causo é outro.

O Carlinhos meu cunhado certa vez desempregado arrumou um serviço na funerária do Zé marreco, meu cunhado gostava do serviço se gabava em dizer sou maqueador de defuntos pois deixamos eles iguais as mulheres que saem de um salão de beleza, embelezamos eles que ate parecem vivos dormindo.

Uma ocasião lá o Zé Marreco precisava de um ajudante para ajudar o Carlinhos nas tarefas da funerária mesmo porque o Carlinhos era bom no serviço mais não tinha habilitação pra dirigir a viatura funerária, desta feita o Carlinhos chamou o Wallas seu irmão para trabalhar com ele e assim foi.
Era o carnaval e logico serviços de funerárias não tem dia feriados e horas bastava um bater as butinas que o serviço aparecia, e desta forma o Wallas que gostava da tal folia foi a Caratinga numa casa de vendas de fantasias e comprou uma fantasia lá de capeta com chifres rabo garfo e tudo, ele não iria perder o carnaval do clube Bota Fogo de jeito algum, se surgisse um imprevisto um defunto fresco era só chamá-lo lá no carnafolia do Bota Fogo.
O Wallas tava lá na folia pulando o carnaval e todo animado pois tinha lá uma garota dando mole vestida de fantasia de freira o sagrado e profano juntos o trem tava caminhando pra terminar em um doce pecado.
O azar do Wallas, eis que surgiu o Carlinhos la no Bota Fogo, tinha ido buscar o Wallas para ir trabalhar pois havia morrido um caboclo parente de uma pessoa importante la pras bandas de Valadares e eles tinham que buscá-lo pois o enterro iria ser em Inhapim.
__Caramba! Caramba!
Lamentava o Wallas, logo agora que ele estava engastalhado na freira que iria exorciza-lo com beijos bentos e abraços sagrados.

Mas serviço é serviço, e la foi o Wallas dirigir a viatura rumo ao tal defunto, ele nem tirou a fantasia foi de capeta mesmo, jogou o rabo do lado sentou no banco da viatura funerária, ele e o Carlinhos rumaram Rio Bahia a fora na busca do tal defunto.
Quando lá chegaram era necrotério e funerária e velódromo tudo junto e ainda dentro do terreno do cemitério.
Quando se dirigiram para um rapaz la um funcionário que estava cochilando sentado em uma cadeira e de bruços sobre a mesa, ao chama-lo, um susto, o rapaz viu o Wallas com aquela fantasia de capeta e ao afastar a cadeira pra trás gritou:
_ Me valha nossinhora!
_Que bicho é este?

Mas passado o susto tudo explicado, o tal defunto ainda não estava liberado pela tal burocracia de sempre e costumeira, desta forma teriam que aguardar os tramites.
Sendo assim com aquele silencio todo o Carlinhos que é um dorminhoco do caramba, logo deu sono, e o infeliz deitou numa daquelas pedra de mármore onde se coloca os defuntos para velar, o bicho e de um sono pesado do caramba o Wallas que não é de dar sono iria ficar aguardando o desfecho da liberação do tal defunto, e uma vez liberado chamaria o Carlinhos.
Muita monotonia o Wallas resolveu dar umas volta e foi caminhado pelas ruas do cemitério queria fumar, vixe estava sem esqueiro, mas deu uma sorte do cão ele avistou la perto de um cruzeiro um pessoal todo de branco alguns com turbantes na cabeça, era uma turminha fazendo uma macumba colocavam oferendas e acendiam velas, pronto a chance de acender o cigarro.
O Wallas foi caminhando pela ruela escura e sinistra do cemitério em direção dos macumbeiros, queria acender o cigarro, quando próximo gritou:
_Ei!
_Ei amigos por um acaso alguém ai me empresta o fogo?
O pessoal ao avistar aquela figura de capeta na penumbra do cemitério se assustaram, foi um corre corre dos diabos, bacia de farofa com frango velas e tudo mais, se espalharam no ar, neguinho pulando o muro e sabe deus correndo ate os dias de hoje.
O Wallas acendeu o cigarro em uma das velas que estava acesa e desta feita retornou para o necrotério para ver se o tal defunto já estava pronto.

E lá no velódromo onde o Carlinhos dormia feito um defunto, chegou uma turma de religiosos que sempre faziam vigílias e orações por ali, e eles viram o Carlinhos espichado na pedra uns lamentavam o pobre defunto.
_Tão novo, sera que foi cachaça, ou assassinato.
_Nestes dias de folia a violência anda solta, o bicho ruim esta nas ruas!
Vendo o Carlos ali e o tendo como morto, e abandonado sozinho o pobre defunto, rodearam ali pra orar pela a pobre alma.
O Walas logo recebeu a noticia que o tal defunto estava agora liberado.
Desta feita saiu do necrotério e foi avisar o Carlinhos.

O Wallas foi andando pelo corredor de salas do velódromo logico rumo onde estava o Carlinho, desta forma veio gritando:
_Vamos Carlos! anda o defunto que nos vamos levar já esta no ponto!
Quando o Wallas todo vestido de capeta chegou na porta e gritou:
_Caramba Carlinhos levanta pô.
O pessoal que estava ali em rezas entraram em panico, neguinho estourava portas de vidros no peito, um zum zum do cão, uma pobre de uma velhinha ficou acuada em um canto por baixo de uma coroa de flores, nisto o Carlinhos acordou e levantou e ficou sem saber o por que de tamanho saruê, o Wallas vendo o desespero da velhinha tentou explicar:
_Eu só vim buscar o desgramado do defunto sô!

A velhinha respondeu:_Pois então seu capeta, ele já esta de pé pode leva-lo mas me deixe por favor.

Foi um embrolho do cão mas enfim chegaram com o defunto em Inhapim.....
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