Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Entre Lobos E Vampiros
POLIANA LIMA E SILVA

Resumo:
Krystta, uma bela jovem, se ver envolvida em uma trama, onde segredos e busca pela vingança, pode ser o único desejo!

PRÓLOGO

Minha historia começa há muitos anos em uma pequena cidade, que nem me lembro mais o nome, memórias apagadas com o passar do tempo, lembro-me de poucas coisas do meu passado remoto e singular, lembranças que com o passar do tempo ficam cada vez mais vaga e distante.
Em meio á multidão, desesperada após perder toda a minha família, quase morrendo tive uma visão reconfortante: “Um anjo, na verdade um jovem de aparentemente 17 anos, alto forte, olhos dourados, pele clara, parecia algo esculpido, apesar da pele pálida, pegou-me no colo e nesse momento apaguei completamente”.
Acordei por ouvir uma linda voz:
-Você estar bem? – perguntou-me.
-S, sim
-Qual o seu nome?
-Kysta. Kysta Wildson-.
-Pensei que não iria acordar mais, estar dormindo desde que a trouxe.
-Como assim? Desde quando estou...! Dormindo?- Perguntei um pouco assustada.
-Calma! Calma! – Disse ele.
È claro que só de ouvir sua voz já fiquei completamente encantada.
-Bem, eu disse meu nome, agora é sua vez, - falei depois de alguns minutos de silencio.
-Karllos Henriky- Fiquei por um minuto sentindo aquele olhar, tentei me levantar, mas algo me puxava de volta para a cama, não sei se era cansaço, ou não, foi quando percebi que estava ferida e não conseguia me levantar, pois não me recuperara totalmente.
-Fique quieta – ordenou-me, segurando a minha cabeça sobre a cama, olhava –me como se eu fosse algo frágil que devesse ser cuidado, o tempo todo.
-Esta bem já percebi que não posso me livrar dessa cama – falei irritada, desde criança odiava ser contrariada.
Mesmo assim ele ficou me olhando com seus olhos, de uma forma que me encantou, e estava claro que eu estava completamente apaixonada por ele, e com certeza daria tudo para ser vigiada por ele o tempo todo. Sentia-me protegida de todo o mal. Dias se passaram até consegui me recuperar totalmente, e dia após dia ele continuava do meu lado, protegendo-me e velando o meu sono.
Certa noite deparei-me com uma visão assustadora, estava em uma floresta escura, caminhando assustada, fugindo de algo que não sabia exatamente o que era. De repente surgiram aqueles olhos dourados, que antes era o meu calmante, mas naquele momento passou a ser o meu maior pesadelo. Olhos de quem queria me devorar, na tentativa de fugir tropecei e fiquei paralisada sem ter para onde correr.”
Apenas á espera da morte que naquele momento parecia ser meu destino. Quando acordei vi que tinha sido apenas um sonho, ou melhor, um pesadelo. Olhei para o lugar onde sempre meu anjo protetor ficava, mas ele não estava ali, fiquei muito assustada, olhei ao redor de todo o quarto, e avistei um pequeno pedaço de papel dobrado, em cima de uma escrivaninha, e ao lado uma caneta vermelha e um laço o qual sempre carregava em meu cabelo. Peguei o bilhete, que dizia:
“Desculpe de deixar sozinha, mas tive que resolver algo de extrema importância, você estava tão linda, dormindo, que não me atrevi a acordá-la, fique bem, volto o mais rápido que puder,
Karllos Henriky!

Levantei, sai do quarto, e desci por uma longa escada, que dava em uma sala linda com paredes de vidro que davam vista á um lindo jardim, olhei para o lado e me deparei com a figura mais linda e exuberante, o ser mais cintilante, e o olhar mais brilhante que havia visto em toda a minha vida, mas parecia um ser de contos de fada, ou algo esculpido. Ele me olhava com olhos que mais parecia ouro reluzente, e me fazia sentir a pessoa mais feliz do mundo, apesar de tudo que acontecera de ruim comigo nos últimos dias.
-O que procuras? – perguntou ele ao dirigir-se em direção ao jardim.
Nesse instante senti algo estranho comecei a sentir minha pele queimando. Parecia estar em meio a uma fogueira, tentando escapar, mas ao mesmo tempo sem ter aonde ir, todos os meus músculos se contorciam em dor, cada parte do meu corpo parecia estar sendo dilacerada, consumida.
-O que estar acontecendo comigo? – perguntei em busca de resposta, ao mesmo tempo pedindo para que aquela dor acabasse, queria mergulhar em águas, para acabar com aquele fogo que me consumia, me devorava como se estivesse em meio a um incêndio.
-Calma! Calma! Vai passar logo, não se preocupe – disse ele olhando – me nos olhos.
“Então ele sabia o que estava acontecendo comigo, mas por quê?,,,,,” eu não conseguia raciocinar direito. O tempo parou, e por mais que desejasse que tudo acabasse seja como fosse, parecia cada vez aumentar mais e mais, queria correr, ir a qualquer lugar, mas ao mesmo tempo era como se algo me deixasse paralisada, sem consegui mover um músculo do meu corpo. Todos os meus músculos estavam enrijecidos, a dor era tão grande que nem percebi quando ele me levou para a cama.
Contorcia-me de dor, gritava para que ele fizesse aquilo parar, Mas, o que acontecia era o contrario, aumentava cada vez mais. Os olhos de karllos deixavam claro que ele se culpava pelo que estava ocorrendo, mas não consegui me ligar em detalhes tão pequenos, ele segurava minha Mão o tempo todo tentando me acalmar, depois de algum tempo a dor e a agonia foi diminuindo aos poucos, e consegui senti meu corpo de novo, mas eu me sentia diferente, como se tudo ao meu redor parecesse mínimo diante de mim, escutava ate o mais baixo ruído, até respirar, sentia que fazia por habito não por necessidade, agora cada mínimo detalhe era captado por mim, e quando finalmente consegui abrir os olhos, pude ver Karllos me dando um lindo sorriso como se eu acabasse de acordar, e realmente eu acabara de acordar, para uma nova vida. Não conseguia entender o que havia acontecido mais tinha certeza de uma coisa, não era mais eu, minha personalidade de menina fraca e incapaz, acabara de desaparecer, eu acabava de acordar para um mundo totalmente diferente.
Quando me recuperei de tudo, passado alguns minutos, o que restava daquela agonia era uma sede que fazia minha garganta arder, nesse momento Karllos olhou – me nos olhos e revelou-me o inacreditável. Com detalhes contou toda a sua vida, e o que ele realmente era, no inicio fiquei desesperada sem saber o que fazer. Nada fazia sentido, vampiros, imortais, lobisomens, tudo girava em minha cabeça, ficava dando voltas e voltas. “Quanto tempo eu realmente havia dormido? Mil anos? Porque comigo? Eu que era apenas uma garota normal que tinha sonhos e objetivos, agora estava ali diante uma realidade que mais parecia historia de terror”. Com seu jeito doce ele logo me acalmou e contou-me tudo, o porquê de ter me transformado em um monstro. Segundo ele “Eu estava morrendo e para salvar minha vida a única maneira era me transformando em uma imortal’, segundo ele “essa era a única solução”. Agora eu era um monstro sem alma, que para continuar a existir teria que matar, nesse momento me odiei, e odiei mais ainda á Karllos, ele não tinha o direito de transformar outros em um monstro como ele.
Com o passar do tempo comecei a aceitar o que eu era, o mais difícil era na hora da caçada, não me acostumava a idéia de matar para sobreviver, devido ao nosso estilo de vida alimentavamos apenas de animais, até porque não podíamos sair por ai matando pessoas, existia algumas lendas sobre a nossa existência, e a revelação dela traria a tona a fúria dos humanos. Com certeza o que mais gostava era que agora eu não era mais fraca, podia me defender sozinha.
Alguns anos depois de minha transformação, houve um surto de pessoas desaparecendo e a lenda se tornou real para todas as pessoas, a temporada de caça-vampiros, foi aberta. Com tanta perseguição os vampiros praticamente desapareceram, eu sobrevivi graças a uma família que gentilmente me acolheu, mas infelizmente o meu anjo salvador por quem estava completamente apaixonada e acreditava durar a eternidade não sobreviveu e por muitos anos sofri com essa perda. memórias era tudo o que eu podia ter, para continuar vivendo, um vida sem sentido e fria, e para piorar eu me encontrava em uma minúscula cidade esquecida por todos o que de certo modo era bom, isso fazia com a atenção á nós fosse menor, e assim podíamos ficar mais tempo num lugar fixo.



Sai do mar de lembranças onde mergulhara, ergui a cabeça, e sai em direção ao closet para me arrumar, escolhi o vestido mais lindo que encontrei. Vestido rosa claro tomara que caia, com cetim e uma sapatilha. ”De todas as cidades pelos quais já passei essa definitivamente é a pior”, pensei comigo mesma. Mesmo tendo em vista que nos escondemos, meus pais deviam procurar uma cidade mais viva. No caminho á escola, aproveitei para observar a paisagem, e sem duvida me traziam lindas lembranças, de um passado que mesmo me trazendo dor e sofrimento, eu queria viver de novo, daria tudo para ter Karllos de volta.
Mergulhei mais fundo nas lembranças: aquele dia em que meu anjo salvador foi tirado de mim, nunca iria esquecer, uma dor terrível tomou conta de mim, não uma dor física, mas uma dor no “CORAÇÃO”, se é que eu ainda tinha. Nunca me perdoei mesmo depois de tanto tempo. Quando voltei á realidade, estava prestes a atropelar um jovem, com um reflexo conseguir evitar o pior. Parei o carro, desci rapidamente, mas quando cheguei perto, senti algo que há muitos anos não sentia, uma sede incontrolável tomou conta de mim, e por mais que tentasse desviar a minha sede para outra coisa não conseguia, e para que a sede não me vencesse sai em disparada no carro, mas a imagem dele não saia da minha cabeça, aqueles olhos que mais pareciam águas cristalinas, e aquele cheiro, chegava senti o gosto de seu sangue.
Demorei um pouco no caminho, depois de algum tempo fui à escola, quando cheguei me deparei com uma cena constrangedora, todos olhavam para mim como se fossem,,, sei lá nem consegui descrever, todos em volta me olhando, eu odiava toda aquela atenção, estacionei o carro e fui ao encontro de minha Irma e seu namorado, já estavam a minha espera, desci do carro e entramos rapidamente para não nos atrasarmos.
-O que aconteceu Kystta?- perguntou Katryne, meio desconfiada - você estar tão estranha, não deu uma palavra - no geral eu era a sempre a mais tagarela, afinal de contas tínhamos muito tempo para conversarmos.
- Não é nada- respondi meio distraída, ainda lembrava daquilo que havia acontecido minutos atrás, “porque ele me deixou assim? O que ele tem de especial?” – essas perguntas ficaram em minha cabeça.
Minha primeira aula era de história, entrei na turma e katriny e Marcus foram para a aula de inglês. Quando entrei tinha apenas uma cadeira á disposição, “Em tantos primeiro dias de aulas nunca havia ficado tão nervosa, como estava dessa vez”, sem olhar para quem estava do meu lado, sentei e abri o livro que o professor Silver havia me dado. No momento que o professor me deu o livro, ele me olhou de uma maneira tão estranha, apesar de estar concentrada senti uma leve brisa e um cheiro estranho, por um momento observei que o professor tinha um odor diferente de todos os outros na sala, mas devido ao que havia ocorrido desconsiderei esse incidente totalmente.
Mesmo conhecendo cada aroma e distinguir cada fragrância, a dele e a do garoto na estrada eram irreconhecíveis para mim.
Não estava tão ansiosa quanto antes, mas mesmo assim comecei a sentir novamente aquele cheiro do qual fugira anteriormente. Quando olhei para o lado, reconheci aquele garoto, que tanto chamou minha atenção ele estava sentado na segunda fileira que estava do meu lado direito, e isso reforçou o leve odor que sentira antes. O restante da aula foi quase que insuportável, estava tentando me controlar, mas parece que cada vez mais o cheiro aumentava, queria que a aula acabasse logo, daria tudo para saber o futuro nesse momento, eram dois períodos que mais pareceram uma eternidade para mim. Quando o sinal tocou sair em direção ao corredor o mais rápido que pude,
No corredor encontrei minha Irma e fomos ao refeitório, ficamos conversando sobre o primeiro dia de aula, mas não conseguia tirar da cabeça o que aconteceu, quando olhei para o lado, ele vinha mais parecendo um modelo, com certeza qualquer um daria tudo para ter aquele corpo, usava uma calça jeans e uma camisa branca, e o cabelo estava caindo sobre os olhos, nesse momento percebi que ele lembrava muito o Karllos Henriky. Fiquei nervosa minhas mãos tremiam e minha garganta queimava, com uma vontade incontrolável de beber todo o seu sangue, “Você vai consegui se controlar” repeti para mim mesma.
Ele continuou vindo em minha direção, e agora o que faria, teria que controlar de qualquer maneira.
-Oi, meu nome é Alex Silver, sou filho do professor Silver, sejam bem vindos á ..., fui escalado para mostrar a escola a vocês – enquanto falava seus olhos fitavam os meus.
-Oi, Alex meu nome é Kystta Wildson, e esta e minha Irma Katriny e seu namorado Marcus, - Não sei como essas palavras soaram, pois nesse momento senti um arrepio em meu corpo e com luta consegui me controlar.
-Obrigada pela sua disposição, mas – olhando para Marcus disse - Já conhecemos a escola. – respondeu Katriny
-Mas faz pouco tempo que a aula terminou, como... Vocês?...
-Tivemos um horário livre – respondeu Marcus.
- E você Kystta? – perguntou Alex.
- Eu o que? – respondi meio indiferente.
- Quer conhecer a escola comigo?- perguntou meio constrangido.
- Não obrigada, quem sabe outro dia – ao dizer isso sair do refeitório, e fui para casa.
Uma coisa estava clara, ele mexia comigo, despertava em mim uma parte sombria e incontrolável, uma parte que eu jamais tinha imaginado existir. Quando cheguei em casa resolvi conversar sobre o assunto, ou pelos menos sobre parte dele, não mencionei nomes nem o quanto ele havia mexido comigo. Meu pai que ficou um pouco desconfiado, mas não demonstrou toda a sua desconfiança. Os dias foram passando e decidi fingir que ele não existia apesar de todas as noites continuar pensando nele e no que ele me despertava.
Na segunda semana, quando cheguei á escola ele estava me esperando na porta da escola, fiquei surpresa com seu gesto, já que eu não dava a mínima para sua existência que de certa forma se tornava insignificante diante da minha realidade, um ser sombrio temido por todos, ou pelo menos por aqueles que desconfiavam da nossa existência. É claro que ele não fazia idéia do perigo que ele corria ao querer se aproximar de mim.
- Estar disposta a conhecer a escola hoje? – perguntou ele com um sorriso.
- Aceito – disse isso para acabar com essa perseguição.
- Então vamos? – disse ele, segurando minha mão e levando em direção ao pátio da escola.
Ele me mostrou a escola, e paramos no pátio debaixo de uma arvore rodeada de rosas: amarelas, brancas, vermelhas e muitas outras flores. Sentamos na grama desfrutando o ar da natureza, ele arrancou uma rosa vermelha a beijou e entregou na minha mão, e ficou olhando fixamente em meus olhos.
Seus olhos eram sinceros, meigos, apesar de a sua presença me incomodar, não ligava muito, o tratava apenas como mais um ser insignificante na sua existência e desviava o pensamento cada vez que o meu lado sombrio tentava me controlar.
- Kystta Wildson! – ele ficou alguns segundos em silencio – que segredo você esconde? O que te faz tão infeliz a ponto de afastar todas as pessoas que tentam se aproximar de você? Do que você tem medo? – ficamos em silencio por um longo momento, nesse instante bateu uma brisa suave no meu rosto, ele segurou o rosto, olhava como se estivesse perdido em pensamentos distantes e indecifráveis.
- Daria tudo para descobrir o seu segredo... – disse ele, no mesmo instante algo o tirou daquele transe, e o fez acordar para a realidade – Mas me fala porque você se afasta de todas as pessoas? Você não tem amigos aqui, porque você me evita como se...
- È que... Que eu não sou muito sociável, às vezes meio que perco o controle das coisas e quando isso acontece – bem... – fiquei sem saber o que falar, meus olhos dispararam em direção aos dele e fiquei perdida naquele mar de águas cristalinas... e nesse momento me veio a mente a primeira vez que vi karllos. A primeira vez que olhei aqueles olhos dourados, corpo perfeito, pele pálida, a minha reação surpresa, meio tonta, era a ultima lembrança que tinha da minha vida humana.
- Desculpa Alex, mas eu não sou a melhor companhia que alguém possa ter.
Ele fitou-me meio confuso, sem entender minha reação.
- Mas porque você diz isso? Você é linda. Como alguém não poderia ficar bem ao seu lado. Você parece um anjo. Seus olhos, sua boca, sua pele é tão linda – disse ele com gestos afagando meu cabelo.
- Você não entenderia. Mesmo. É melhor que você... Que você fique longe, eu não quero magoá-lo. E... Não sei como dizer isso, mas, eu não sou confiável, não posso... – parei de falar antes que dissesse algo do qual pudesse me arrepender.
- Ah! Antes que eu me esqueça. Desculpe-me por outro dia na estrada – mudei logo de assunto antes que falasse algo que prejudicasse não só a mim, mas principalmente minha família.
- Então, foi você? Você que depois de quase me atropelar, fugiu?! – disse ele surpreso – não parece seu estilo.
- Me desculpe foi sem querer.
-Não foi nada – disse ele com voz serena que me cativou.
- Até porque – ele riu – eu amaria ser atropelado por você, só para você ficar se sentindo culpada e não ter a chance de tentar me ignorar como estar fazendo agora – disse ele em um sorriso meio torto.
- Pare com isso, eu jamais me perdoaria se algo acontecesse com você, não.. Nunca, jamais permitiria que isso acontecesse. - falei desta vez com um tom suave e ao mesmo tempo com tom de proteção. Ele era tão frágil, não me perdoaria nunca se eu perdesse o controle e o machucasse, mesmo sem admitir estar perto dele me fazia bem, de certo modo, eu conseguia ser um pouco mais humana, lembrava de todas as sensações de ser normal. Mas por mais que ficasse bem ao seu lado não podia correr o risco, não com ele.
- Você às vezes me confunde, não consigo entender- disse ele olhando os meninos que andavam no pátio. – porque você age dessa forma? O que você tenta esconder de todos. – ao falar ele pegou a minha mão, mas me afastei não podia permitir que ele se apegasse mais a mim do que tinha. Se para protegê-lo teria que me afastar eu o faria.
- É que o melhor para você é ficar longe de mim, eu... -parei no meio da frase. Não podia dizer a ele que do meu lado correria um risco mortal, afinal bastava um segundo de descuido e ele estaria morto, eu era um monstro e aceitando ou não, a mim não era permitido ficar perto de seres como ele. - desculpe tenho que ir. E sair deixando-o só, como se fosse ficar ali parado, para sempre á minha espera.
No caminho para casa, Katriny e Marcus pegaram uma carona.
- O que aconteceu Kystta, você esta tão estranha? Você não resistiu e bebeu todo o sangue daquele humano? Podia ter me chamado. - disse katriny em tom de zombaria.
- Fala isso de novo eu te jogo do outro lado, não tem graça, se o papai te ouvir falando assim.
- É só brincadeira maninha – disse ela batendo em meu ombro.
- Mas é incrível como ele tem a capacidade de... De despertar o que há de pior em mim, mas ao mesmo tempo é como se ele... Fizesse-me sentir mais humana. – depois disso houve um longo tempo de silencio.
- Acredita que senti algo diferente referente a ele, parece que a algo nele que.., claro que não é o que você sente, porque eu acho que você gosta dele... Mas o seu cheiro desperta uma fúria incontrolável, me lembra... Lobisomens – disse ela meio incerta.
- Não acho que seja, possível, os lobisomens desapareceram, eles não existem... Desde que,, Marcus interrompeu o raciocínio. Esse era um assunto que me machucava muito e eles faziam o possível para evitar isso.
- Eu sei meu amor mais aquele garoto tem algo nele que é diferente dos outros humanos – disse Katriny .
Não acreditei no que acabara de ouvir, “Seria possível? Não tinha nada contra, nunca me fizeram nada, era um tipo de guerra de natureza sem explicação, mas mesmo assim...
- Não é possível, vocês estão delirando, eu saberia; - disse num impulso que todos se assustaram.
- Não se preocupe. E esquece o que eu disse Kystta. – disse Katriny para me acalmar.
Nesse momento fiquei em silencio ouvindo a tagarelice de Marcus e Katriny até em casa. Imersa em pensamentos, nas lembranças do passado e do presente.





-E então Kistta não vai contar a novidade? – Disse Katriny enquanto desfilava pela sala.
- Pare com isso! Não há nada para contar estar bem. – disse num tom autoritário, enquanto sentava no sofá ao lado de Davyson, meu pai.
- Oi Jennifer, oi Davyson – as palavras soaram um tanto frias,
- O que aconteceu kystta? – disse Jennifer.
- Nada, é que.. aconteceu algo, esquece não foi nada.
- Lembra daquele garoto, que me deixou desnorteada. – disse em meio a frases incompletas.
- É que a Katriny.. – parei no meio da frase, não queira deixá-la preocupada, por achar que eu estava começando a gostar de um humano que segundo katriny poderia ser um lobisomem.
- O que tem ele filha? Algum problema em relação a ele?- perguntou Jennifer.
- Não é nada, não precisa se preocupar.
- Calma Jennifer ele vai contar na hora certa, não é filha? – disse Davyson.

- È que ela estar gostando de um humano – intrometeu-se Katriny “que ótimo só falta ela falar que ele não é humano” – pensei comigo mesma. Nesse momento direcionei um olhar e ela entendeu o recado e calou-se.
- Melhor assim irmã, não quero que você tenha que passar a noite do outro lado da cidade. – dei um sorriso e ela correspondeu.
Nesse momento decidi precisava falar com alguém e a única pessoa confiável, e que provavelmente iria me entender era meu pai,
- Pai preciso falar com você.
- Claro filha, vamos dar uma volta.
-Pai – parei por alguns segundos.
- Sim. Pode falar sabe que pode contar comigo.
- Eu sei que nunca mostrei interesse, mas... O que eu vou lhe perguntar é uma coisa que me incomoda desde a escola.
- Fale, estou ouvindo, o que pode ter acontecido de tão interessante na escola que despertou sua curiosidade?
- O senhor acha possível que... Os lob... Lobisomens possam. De alguma forma, não sei ter sobrevivido, - as palavras saíram um pouco fora de ordem.
Ele parou de repente, e ficou pensando algum tempo.
- Bom – interrompeu e depois continuou – não posso dizer com toda certeza, mas se nós conseguimos sobreviver, há possibilidade deles também terem sobrevivido, até porque eles são uma raça interessante, se adéquam rápido ao meio para sobreviver. Mais porque isso agora? Desconfia que haja algum por aqui na região? Eu acho pouco provável - a ultima frase saiu um tanto sem firmeza.
Durante algum tempo ficamos em silencio, ouvindo cada movimento dos animais, das aves no alto das arvores, o rastejar até dos menores, cada canto, cada vôo, acontecendo em uma sintonia perfeita, isso me fez pensar em todas as minhas aventuras quando humana. “Será que realmente faço parte dessa natureza ou sou apenas uma anomalia, quando Karllos vivia comigo era tudo tão simples, era só viver”.
- Porque você quer saber sobre tudo isso? Tem algo a ver com Alex?- disse Davyson interrompendo o silencio. – Você nunca mostrou interesse. Sempre viveu apenas em estudos humanos, quer dizer, em estudo que qualquer humano se empenharia. Já parou para pensar em quantas vezes você estudou Platão, Homero... ? – ele riu – não entendo porque esse súbito interesse em lobisomem?!
- Não é nada de mais, é apenas curiosidade. Como você mesmo falou perdi a conta de quantas vezes li o mesmo livro.
“O que ele diria se soubesse.. que .. bom eu não tinha certeza e não podia tirar conclusões precipitadas, mas independente de qualquer que fosse a verdade eu precisa ir embora daquele lugar, não continuaria ali , não poderia corre o risco, não com Alex por perto: “Se ele fosse humano, seria ótimo, ele estaria livre do fardo de ter que esconder meu verdadeiro eu, mas e se fosse um lobisomem o nosso destino seria sermos inimigos para sempre?!, eu não poderia permitir, eu não merecia ser amada, não quando para ganhar esse amor eu tivesse que tirar o que há de melhor na vida, que é viver” – imersa em pensamentos continuei olhando para meu pai na alto da arvore, na qual muitas vezes passava noite e noites.
- Mas por curiosidade, o que aconteceria de. Se um de nós se envolvesse com um lobisomem? – Na verdade eu já sabia a resposta, na época em que os humanos vieram, a saber, da nossa existência foi feito um pacto para garantir a sobrevivência de ambos, mas fora isso, éramos destinados a sermos inimigos mortais. Mas sempre existiam aqueles que arrumavam uma maneira de burlar as regras apesar de que seria muito difícil, já que durante meus anos de vampiro nunca tinha ouvido uma história desse tipo – “Mas o que eu estava pensando? O Alex não era um lobisomem, era apenas um humano que mexeu um pouco comigo mais logo passaria.”
- È meio complicado esse assunto, como você sabe selamos um pacto, mas, há determinadas coisas que são cruciais para a manutenção dele, principalmente porque vai depender de como reagirão às pessoas que estão envolvidas.
- Em outras palavras?- “Na verdade o que eu realmente queria saber era: e se fosse eu o que aconteceria”?
- Simplificando, o pacto deixaria de existir, e a guerra entre vampiros e lobisomens estaria declarada, ou melhor, se intensificaria até porque mesmo depois do que houve os lobisomens não são muito confiáveis – ele parou por alguns segundos – se bem que provavelmente eles pensam o mesmo de nós. – Apesar de nunca termos encontrado eles, não sabemos se é porque deixaram de existir, mas eles ainda nos responsabilizariam pelo que aconteceu... – de repente ele ficou em silencio por algum tempo; ele sabia como me sentia, a respeito e fazia o Maximo para não me magoar.
- Lembro-me bem, quem foi a culpada por tudo o que aconteceu.. Se eu não tivesse.
-Shiii não foi culpa sua... Nunca diga isso, você não teve culpa se aqueles humanos te viram, além do mais, a rivalidade entre lobos e vampiros não é de uma natureza qualquer, não é por instinto, nem porque somos...
- Anomalias?! – falei um pouco atordoada...
Ele me abraçou ternamente – Você não é culpada de nada. Aconteceu, poderia ter sido qualquer um.
- Eu sei, mas,... - sempre ficava triste ao falar desse assunto, e ultimamente não conseguia tirar isso da cabeça, não conseguia esquecer Karllos.
- Não precisa se preocupar, porque eu estou falando de algo que aconteceu há muito tempo, algo que aconteceu muito antes de você ser criada, é certo que nunca houve um relacionamento achegado, entre vampiros e lobos tanto é que não conviviam em um mesmo território, mas houve algo que definitivamente declarou guerra entre nós.
- Como assim? Do que você estar falando? – “o que poderia ser eu sempre imaginei que... na verdade eu não tinha mais certeza de nada, do que ele estava falando, o que tinha haver algo que aconteceu antes de vir a existir com o fato de eu ter deixado todos saberem da nossa existência, e de causar uma dizimação das espécies, eu sempre pensei que a inimizade era apenas da natureza deles, e que eles realmente achavam que nos éramos culpados de deixar vir a tona nosso segredo, mas agora eu estava confusa o que mais poderia ter acontecido? – essas duvidas ficaram rondado minha cabeça.
- De algo que aconteceu há muito tempo, e que influenciou no que aconteceu anos atrás.
“Na cidade onde vivia, havia uma jovem vampira que assim como você foi criada por alguém que desejou salva-la mais que qualquer coisa. Pouco tempo depois ela conheceu um jovem, que também era da cidade, era muito bonito. E... – ele interrompeu a frase. E pela sua expressão, eu deduzi o que havia ocorrido.
- Ele era... - a palavra não saiu.
- Isso esmo que você estar pensando filha, era um lobisomem – a sua expressão era de medo?! Ele ficou paralisado, imóvel, como se estivesse revivendo tudo o que aconteceu.
Depois de alguns segundos ele continuou.
- E como na época não havia, aliança, nem uma simples aproximação entre eles, terminaria em uma guerra inimaginável.
“Mais os dois se aproximaram, e decididos a ficar juntos, a lutar para ficar juntos. Decidiram fugir, mas não mediram as conseqüências ate porque por mais que fossem para longe na época, havia lobisomens em toda parte do mundo. Quando estavam para fugir, os lobisomens descobriram e com era previsto, começou uma guerra, mas os dois fizeram o possível para ficar de fora. Mas um vampiro o pegou desprevenido e o matou, e para se vingar um lobisomem tentou matar a moça, porque considerava isso justo. Foi nesse momento que... – ele ficou imerso em pensamento,.
- O que aconteceu? Fale-me. O que ouve? – Perguntei com curiosidade e medo da resposta, estava sentada no alto da arvore ouvindo atentamente a cada palavra que ele dissera.
- Eu... Cheguei na hora e consegui salva-la, - “- ele:?! Meu pai estava envolvido em tudo isso que acabara de contar!. Era algo inacreditável.” – Não precisei matá-lo, apenas o induzi-o a deixá-la em paz – disse isso em meio a um sorriso.
- Com a morte de “Mauricio”, tiveram o pretexto perfeito para declarar a raça dos vampiros como seus inimigos mortais e desde então a rivalidade aumentou ainda mais. – Deu um suspiro grande e continuou – e desde então eu vivo com a... - ele parou no meio da frase como se tivesse falado demais.
No mesmo instante todas as informações se juntaram, e a conclusão veio direta – Jenniifer! É Ela não é?!
Ele ficou em silencio por alguns segundos. – Sim é Jennifer.
- mas porque nunca contou toda essa historia?
- Porque não era a hora, e ela não gosta de lembrar disso, ela ainda se culpa pelo que aconteceu,. Assim como você,
Não acreditava em tudo que acabara de ouvir, será que havia mais coisas que eu não sabia, em tantos anos de vampira, será que ainda havia mais segredos, eu nunca quis saber sobre o mundo deles, eu preferia “viver a minha triste sina sem me importar com o mundo que mesmo eu fazendo parte dele, não era o lugar onde queria estar.
- Então isso prova que você não é a causa da rivalidade, mas sim da reconciliação. Alem disso o que aconteceu iria acabar acontecendo de uma forma ou de outra, as coisas estavam ficando fora de controle, não fosse o que aconteceu, hoje o mundo talvez nem existisse mais. Não o mundo de pessoas normais como existe, e isso tudo estaria um caos, sempre é bom manter o controle sobre a quantidade – disse ele sorrindo.
- Bom então isso reduz a minha pena. Digamos que eu contribuir para antecipar os acontecimentos – disse num tom irônico – mesmo assim isso não tira a minha culpa.
- Esqueça isso, você não tem culpa – disse ele tentando consolar – me. – Filha! Você quer me contar alguma coisa?
- Não. Vamos para casa, Jennifer deve estar ansiosa, ah é melhor que você não fale nada sobre o que eu lhe contei ela não gosta de falar sobre isso.
- Claro, estamos de acordo. Aposto que chego mais rápido que você. – disse sorrindo

Quando cheguei à escola, como sempre colocava meu carro perto do carro de Alex, tinha virado um hábito nas ultimas semanas, por mais que eu tentasse não conseguia me afastar dele, minha Irmã tinha parado de encher minha paciência e já estava acostumada a andar com ele, apesar de seu pai sempre me olhar de um jeito estranho, Não havia como negar que eu estava apaixonada por ele, mais fazia o maximo para não deixar isso transparecer, e sempre que eu tentava me afastar dele algo me trazia de volta ate ele, era como se uma força me arrastasse e com a convivência acabei me acostumando com seu cheiro que deixou de ser mais forte que meu auto controle.
Quando cheguei o carro dele não estava no lugar de sempre, na aula de história também senti a falta dele, imaginei que ele estava atrasado, porque ele nunca faltava a aula e seu pai não permitiria.
Durante a aula fiquei inquieta, queria que a aula acabasse logo. Fiquei imóvel, queria vê-lo, tocá-lo, ter certeza de que ele estava bem. Como se ele fosse o centro da minha vida, se é que eu vivia, com Karrlos era tão simples, apesar da culpa que sentia, eu era “feliz”, porque tinha ele ao meu lado alguém que me dava consolo, que estava do meu lado a todo momento me protegendo de qualquer perigo, e era esse sentimento que eu tinha por Alex, queria protegê-lo, não que ele precisasse, ele forte o suficiente para isso, mas eu tinha a impressão de que ele talvez precisasse de mim em algum momento e não suportava a idéia de não poder ajudá-lo e algum de ruim acabasse o machucando. Mas ao mesmo tempo, lembrei-me de que eu era o maior perigo, eu poderia machucá-lo mais que qualquer coisa.
A aula pareceu uma eternidade, por mais que desviasse meus pensamentos, eles sempre eram direcionados para Alex. Tentei ouvir algo sobre ele, mas foi em vão.
Estava tão imersa em pensamento que nem me dei conta do momento em que Sabriny, uma colega de classe que raramente dirigia-se a mim, mas era amiga do Alex, chegou. Aposto que ela era a fim dele, pensei em pega-la e levá-la a um local escuro e fazê-la falar, mas logo tirei isso da cabeça apesar disso me parecer uma boa idéia.
-Você soube o que aconteceu com Alex? – disse ela com um pouco de tristeza, ótimo isso confirmava que ela realmente gostava dele, sem falar na raiva que estava claro que ela sentia por mim.
- Não. O que aconteceu? – respondi tão rápido e com um interesse tão súbito que não acreditei que reagi daquela maneira. “Não tinha escutado nada, e geralmente eu escutava muito bem. As únicas coisas que eu tinha ouvido eram aqueles garotos atrás de mim, - Nossa que gata, mas ela é estranha, não acha Davi? – Com certeza, respondei o pequeno de cabelos loiros, observou que o modo como ela olha para aquele exibido do Alex, todas as garotas daqui só olham para ele. Sinceramente não sei o que elas viram nele. Tomara que ele tenha sofrido um acidente, e que não volte mais”“. E os comentários das meninas ao meu lado: -” Que metida, o que ela acha, que e só ela chegar aqui e arrastar o Alex, ela não perde por esperar.” Me limitei a ri, ela decididamente não sabia o que estava falando, ela era que não tinha idéia do que encontraria se mexesse comigo. Uma passagem só de ida. Era incrível como os humanos são fracos e declinados á vingança, “mais o que eu estava pensando eu era uma assassina! “.
- Ouvir dizer que ele... – a menina ficou sem palavras, branca, que pensei que ela iria desmaiar.
- Estar muito doente.
Segurei-me para não encher a menina de perguntas e deixei que ela me contasse tudo que sabia, ela parecia realmente preocupada.
- Eu fui até na casa dele, mas seu pai não deixou que eu o visse ele falou algo sobre ele ter uma doença rara e ter que viajar, mas, algumas pessoas juram que o viram totalmente fora de si na mata, mas eu acho que era só especulação, fui ao posto medico falar com meu irmão que é medico, mas ele disse que ninguém do hospital sabe sobre essa “doença rara”, e – ela estava escorrendo lagrimas dos olhos – estou muito preocupada.
- E hoje eu falei com o professor e ele disse que ele foi viajar! E não deu nem atenção quando eu perguntei sobre o Alex, e para minha amiga ele disse que ele foi visitar uns parentes, mas ele não tem parentes não que eu saiba.
Fiquei tentado juntar todas as peças, “primeiro ele fica doente, depois foi visitar uns parentes que ele supostamente não tem, e Katriny falou que ele talvez fosse um lobi... não queria nem imaginar. Nem conseguia acreditar,
- E você? – perguntou Sabriny, o que acha?
- Não sei, não mesmo, eu também estou preocupada como todo mundo – exceto por todos os garotos da escola.
- Se souber de mais alguma coisa eu te aviso. – disse isso e saiu.
Fiquei pensando, e resolvi sondar algumas conversas, mas não conseguir nada mais do que sabia, apenas as mesmas duvidas e a conclusão de que havia algo muito errado em tudo isso. E um menino dizendo que jurava tê-lo visto, quando vinha para a escola.
As informações não combinavam o que me fez ter mais dúvidas, de repente todas as informações colhidas durantes todos esses dias começaram a se encaixar, e tudo fazia sentido o que não fazia sentido algum era a conclusão que eu havia feito, não podia aceitar.
Na volta para casa, lembrei-me de algo que me fez pensar ainda mais na minha conclusão. “Não faz nenhum sentido, o pai dele iria mentir para as amigas dele, o que ele estava tentando esconder?”
Decidi fazer uma pesquisa, sobre o lugar, até porque deveria ter alguma coisa que me ajudasse a entender o que estava acontecendo, em minhas décadas de existência, nunca havia passado por uma situação daquela, ter em minhas mãos um mistério me deixava feliz e triste. Feliz porque tinha algo em que podia cair de cabeça, triste porque eu estava muito envolvida no mistério. Envolvida mais do que podia imaginar, procurava respostas mais não podia simplesmente chegar até ele e perguntar se ele era lobisomem ou se eu estava paranóica. Decidir então esperar e ver o que iria acontecer.
Passaram-se alguns dias, e ele não veio. Todo o dia chegava à escola com a esperança de vê-lo. Nem eu mesma conseguia entender o que estava sentindo. As pessoas começaram a ficar desconfiadas do professor, mas logo as suspeitas deram lugar á preocupação e colaboração.
Eu não conseguia esquecer sabia que algo estava errada, na verdade eu já estava convencida de que ele poderia mesmo ser um lobisomem. Menos mal, agora não corria o risco de machucá-lo, só estávamos destinados a sermos inimigos imortais. Ultimamente, ficava sentada debaixo da árvore rodeada de rosas, pensando naquele ser encantador.
- Sexta – feira – disse Katriny em risos – enfim férias, o fim de semana inteirinho. Vamos acampar Marcus? – perguntou á Marcus mais parecendo estar dando uma ordem. – enfim me sentirei livre – não agüentava mais, estava prestes a... melhor não comentar. – disse ela com a voz quase falhando. Katriny era a única da família que levava a vida como se fosse um mar de rosas, segundo ela “Ser vampira era a melhor coisa do mundo... fazer o que “bem entender”, e para ela caçar tinha se tornado a melhor coisa”
- Se para você ser livre é passar o fim de semana inteiro acampando no meio do mato... Você precisa rever seu conceito de liberdade.
- Eu amo acampar, mas. Tudo tem limite... Prefiro curtir apenas o necessário e depois voltar, ficar lendo é muito melhor – ao dizer isso tanto Marcus quanto Katriny começaram a rir.
Apesar de tantos anos nunca me acostumara a me alimentar de sangue, era difícil aceitar isso, mesmo sem nunca ter matado ninguém às vezes eu me considerado uma assassina por desejar tanto o símbolo da vida.
- Claro que você prefere ficar lendo, você já leu praticamente todos os livros escritos desde os tempos de Aristóteles. – disse Katriny em meio sorriso - mas .. cada um vive o que escolhe. – disse saindo com Marcus. Às vezes me dava nos nervos ele parecia mais capacho dela.
Na segunda-feira, á caminho da escola, tive a impressão de estar sendo seguida, parei o carro para examinar quem poderia ser, quando desci senti um cheiro estranho, me incomodava, apesar de ter passado muitos anos reconheci, era cheiro de lobisomem “não é possível !” algo se moveu tão rápido, que não consegui segui, desistir e fui para a escola.
No intervalo sentei no lugar de sempre. Onde depois de muitos anos senti a mesma coisa que senti ao conhecer Karlos. Sentada no alto da arvore pensativa, quando fui surpreendida pela minha irmã, pousando lentamente ao meu lado.
- O que aconteceu Kystta? Estar apaixonada? – de inicio seu tom pareceu irônico – é ele não é? – falou num tom que as vezes me irrita. Como sempre ate nos momentos mais tristes ela consegue me tirar do serio.
- È claro que não. – respondi quase no mesmo instante que ela parou de falar.
- Ate parece que não te conheço Kystta.
Depois de alguns segundos de silencio, olhei para ela e ela estava com olhar angelical de sempre.
“Não pode ser” – repeti para mim mesma eu tinha que estar errada. Mesmo com todos os indícios, não queria acreditar, não desejava aquela vida á ninguém.
-Hoje eu vi um lobisomem – disse Katriny interrompendo meus pensamentos.
- O que? É serio? – houve alguns segundos de silêncio – quando vinha para a escola, tive a sensação, ou melhor, senti o cheiro e era de lobisomem.
-Não é possível – disse trincando os dentes. Na verdade estava tentando convencer a mim mesma de que tudo não passasse de paranóia.
-Temos de falar com o Davyson a respeito disso.
- Não é melhor não, você nem tem certeza disso- é claro que eu tinha certeza...
Depois de algum tempo ela saiu e novamente sozinha mergulhei no mar de lembranças.
Quando entrei na sala faltavam apenas alguns minutos para o Sr. Silver entrar, sentei no lugar de sempre. Sabryne e Elizabeth acenaram para mim, para não ser mau educada, cumprimentei-as com um sorriso quase forçado, mas estavam tão distraídas que nem perceberam meu completo desinteresse.
Do meu lado havia duas cadeiras vazias, veio um rapaz de cabelos pretos, em pouco arrepiado e sentou-se do meu lado.
-Oi meu nome é Jhon Silvera e você é Kystta certo? – ele estava todo entusiasmado.
-Sim. Como você sabe meu nome? Geralmente eu parecia “invisível” para as pessoas, ate porque não podia correr o risco de me aproximar delas.
-Eu estudo aqui desde o inicio do ano. Sou do primeiro ano. Eu sempre quis falar com você, mas tive medo- disse ele rindo – você é sempre tão séria. – até que ele tinha razão em ficar com medo. Na verdade era uma questão de sobrevivência.
-Medo? Sou tão assustadora assim? – nesse momento abri um sorriso, mas dessa vez não parecia um sorriso forçado, saiu naturalmente. - Talvez ele devesse mesmo ter medo – ssussurei para mim mesma. Ele devia ser uns dois anos mais novo que eu,
- O que?
- Nada. O que você estar fazendo aqui. Não deveria estar assistindo sua aula.
- To sem aula nesse período. Eu preciso muito falar com você. É muito importante. E você não é assustadora.. é que - ele interrompeu a frase, quando Sabriny e Elizabeth começaram a rir do seu jeito meio atrapalhado apesar de parecer confiante naquilo que dizia.
- Bom dia Sr. Jhon...
- Bom dia Sr. Silver. – Disse Jhon interrompendo a frase que começara a falar e fiquei feliz por isso, pois não estava prestando atenção, sempre tinha uma facilidade de me desligar.
- O Sr. Não deveria estar na sua sala.
- Já estou indo Sr, Silver. Kystta é serio eu preciso falar com você. Espero você depois da aula. Dizendo isso e depois saiu.
- Gostaria que todos dessem as boas vindas ao meu filho – disse o Sr. Silver todo animado.
Quando ele entrou todos ficaram surpresos, ele não parecia mais o mesmo, estava mais forte completamente diferente do Alex que há semanas atrás me levara para conhecer a escola.
Sentou-se do meu lado e pareceu nem notar a minha presença. No termino da aula ele saiu tão rápido ignorando seus colegas de classe e a mim.
Por um lado estava feliz, se ele nunca mais falasse comigo não precisaria me preocupar em tentar me controlar para não matá-lo, mas por outro lado tive a certeza do que ele era, e pela sua reação, ele também sabia sobre mim, ou pelo menos desconfiava. Na porta da sala ele lançou-me um olhar que de certo modo me assustou.
- O que houve com ele? – indagou Sabryne a si mesma tentando entender sua reação.
- Não sei – respondi num reflexo e sai da sala.
Quando estava indo embora me lembrei do que Jhon dissera: - é algo muito importante. Busquei na mente o que um menino da idade de Jhon quisesse me dizer de importante, mas algo em mim fez com que eu fosse ao seu encontro.
Quando cheguei ao lugar marcado não tinha ninguém, imaginei que ele havia cansado de esperar, quando ele me chamou, estava no alto, na copa da arvore, onde eu costumava ficar.
-Sobe até aqui o que tenho a dizer é muito sério e creio que aqui ninguém vai nos incomodar.
-Mas como você acha que eu vou chegar até ai.
-Não se faça de sonsa eu sei bem que pode, já a vi muitas vezes aqui, e não creio que tenha sido delírio meu, ate porque uma vampira como você é desejável de se ver escalando as arvores e correndo atrás da caça.
No instante que ouvi isso eu quase que entrei em choque, ele sabia quem eu era. Ele sabia que eu era vampira, mas como,, eu sempre tomei o cuidado necessário para que coisa assim não acontecesse novamente.
- Você deve estar delirando, eu não sei do que você estar falando, vampiros não existe. – disse isso, pois não podia crer que ele poderia saber de um segredo desses sendo humano e não era um vampiro, pois se fosse eu saberia.
- Minha cara, posso saber mais do que imagina. – ele falou como se fosse realmente do século XXVIII. Creio que é uma surpresa para você mais ainda pode haver coisa bem interessante para se ver em uma cidadezinha dessas.
Nesse instante subi rapidamente – Quem é você? Como pode... Você não é um vampiro, se fosse eu saberia...
- Minha história não interessa no momento o que realmente interessa é o que vai acontecer por esses dias, à única coisa que deve saber é que em breve vai acontecer uma coisa muito seria e você precisa estar pronta para enfrentar. Estive observando você e o Alex por esses dias.
-O que?-Interrompi um tanto furiosa – com que direito?
-Calma, eu só queria tirar as conclusões certas, tanto ele quanto o seu pai são lobisomem.
-Isso eu já percebi. – respondi um pouco descontrariada. - mas o que você quer com tudo isso?
- Como eu disse, em breve vai acontecer algo que vai mudar a vida de todos nós. E você e ele estão na linha de frente disso, resta a vocês decidirem se estarão do mesmo lado ou não,
- Mas quem é você para saber de tudo isso? Você e parece um adolescente. Eu nunca imaginaria o que você é, decerto não é humano.
- E não sou.
- Então o que você é? Lobisomem?
-Sim e não. – respondeu, segurando um colar que carregava no pescoço. Suponha que não vai me ouvir a não ser que diga quem sou eu de verdade, não é?
-Não. - respondi em meio sorriso.
- Escuta bem Senhorita Kystta. Eu venho de uma linhagem muito antiga de vampiros, mas aconteceu algo além da imaginação de qualquer ser vampiro ou lobisomem, eu fui atacado e mordido por um lobisomem e sobrevivi, mas desde então passeia ser metade vampiro e metade lobisomem, um hibrido, uma especie unica, e ´por isso,venho sendo perseguido tanto por lobisomem quanto por vampiro.
- Nossa que fardo e eu que julguei apenas como um adolescente comum... e pior reclamando da minha situação – ele lançou-me um olhar de desagrado e parei para ouvi-lo, nesse momento estava claro que eu realmente não entendia nada do mundo no qual eu vivia.
- Por isso não me reconheceu, nem você nem o Senhor Silver, que a julgar pelos anos, me parecia ter muita experiência.
-Mas poderia me dizer o que tudo isso tem a ver comigo? Já não basta minha vida sem sentido, cheia culpa e solidão?! Para que mais problema.
- Estar enganada, você é a única que pode resolver tudo isso.
-Mas como?
Ele olhou-me nos olhos, por um momento pareceu meu pai quando me dava conselhos – Você não ouviu nada do que falei, os lobisomens estão caçando novamente, eles resolveram varrer da terra todos os vampiros, sem trégua, sem pacto, todos os mortos vivos, como eles nos chamam, devem morrer, e os que se opuserem a isso. Creio que o que o Alex sente por você vai fazer com que ele fique contra... Então...
“Ele também deve ser morto, e isso definitivamente não estava nos meus planos, abriria mão dele para salva-lo mais jamais o condenaria para poder viver.”
-E como eu ia falando Kystta – continuou ele - acho que vai querer salva-lo não é mesmo? E além do mais alguns acham que talvez você e Alex, juntos possam terminar com essa guerra, ou pelo menos ajudar nessa batalha. – Ele parou por alguns instantes, pensativo. Nesse momento estávamos na floresta, e algumas coisas nele me chamavam a atenção a sua velocidade, era incrível. – mas para isso vocês precisam estar juntos, caso contrário, fracassarão. Já dei o meu recado agora é com você...
-Mas eu não sei o que devo fazer?
– Você saberá na hora certa - respondeu se distanciando de mim, desaparecendo na floresta escura, já era noite e depois de tanta informação achei melhor não ir para casa, era muita informação para absorver, sem falar que explicar isso para toda a minha família, não era o que estava nos meus planos naquele momento. Como já era de costume eu passava dias sem ir para casa apesar de detestar ficar na floresta por mais tempo que o necessário.
Na manhã seguinte olhei o jornal e um noticia me chamou a atenção: em destaque:

“Escola Devone é invadida”

O Chefe de policia investiga a invasão que ocorreu á noite passada. A sala da diretoria foi arrombada e alguns registros sumiram A diretoria não deu detalhes sobre de quem eram esses registros. Os investigadores formulam hipóteses e possíveis explicações sobre o acontecido.
A primeira hipótese é que algum aluno tenha invadido com o objetivo de mudar notas, mas logo foi descartado, já que os registros são de alunos excelentes. O chefe de policia prometeu que fará o possível para ir a fundo às investigações.

Nem terminei de ler o artigo e fui para a escola, como meus pais haviam saído para a caçada, não precisei me preocupar em contar nada para eles, nem explicar o que nem eu mesmo havia entendido. Chegando á escola fui levado á diretoria com Marcus e Katriny .
- Bom dia, eu os chamei aqui por que... – o diretor interrompeu a frase=, direcionando o olhar em direção á porta.
-Com licença, Sr. Diretor, mas eu tenho que falar com o senhor é urgente. –no mesmo instante reconheci aquela voz, estava um pouco mais rouca, mas reconheceria a quilomêtros de distancia. – mas vejo que o Sr. estar ocupado, volto outra hora – e abriu a porta para sair.
- Não Alex pode falar não tem problema, a não ser que seja assunto confidencial.
- Não, na verdade é de interesse dos alunos aqui presentes. Quando estava a caminho... Encontrei esses registros escolares, soube que a escola foi invadida e eu acho que o desastrado não fez o trabalho direito, direcionou o seu olhar para mim enquanto falava com o Sr, Nilton.
- Obrigado, foi gentil da sua parte. Respondeu o Sr. Nilton apertando a mão de Alex.
- Só fiz minha obrigação. Tenha um bom dia. – disse isso e saiu rapidamente, e mal consegui acompanhá-lo com o olhar.
- Era sobre isso que eu queria falar com vocês registros de vocês foram roubados, mas pelo visto já foi recuperado.
- Obrigado – agradeci a ele e sai da diretoria.
- Esperem... Isso não significa dizer que as investigações vão parar.
- Quaisquer novidades, serão imediatamente avisados, tenham um bom dia.






Estávamos Alex e eu, frente á frente. Ele me olhava com olhos de predador, prestes a pegar sua presa, nesse momento, tomei minha posição de vampira, não queria machucá-lo, mas mesmo assim sem querer senti a necessidade de me defender, e sabia que se quisesse poderia matá-lo, mas ele também era rápido, num movimento que durou menos de um segundo, ele ficou parado ao meu lado. E na defensiva deslizei para longe dele. Mas ele continuou vindo em minha direção, como um predador em direção de sua presa.
Quando me dei conta, vi que tudo aquilo não era real. Teria sido um sonho? Isso nunca tinha acontecido comigo antes. E para me certificar que não estava sonhando, encontrava-me no meio da floresta, no mesmo lugar que eu tinha visualizado aquela cena assustadora.
Estava confusa quanto ao que acontecera, não era sonho, mas também não foi real. Fiquei assustada e decidi falar com Davyson, talvez ele pudesse me ajudar. No caminho de volta, a floresta mais parecia um muro verde. Quando cheguei meu pai estava na porta á minha espera, como se já soubesse de meu desespero. Quando cheguei, ele me abraçou ternamente, e encarou-e durante alguns segundos.
-Calma filha. Ta tudo bem... Quer dizer vai ficar tudo bem, o que você viu não foi imaginação sua, vai acontecer... Mais não se preocupe eu sei que vai acabar tudo bem... E você tem muita coisa para explicar...
Fiquei atônita, imóvel, sem consegui falar nem pensar. Precisei de algum tempo para processar tudo o que ocorrera nos últimos minutos.
-Pai como você sabe? – perguntei depois de alguns minutos- Como você sabia que eu precisava de ajuda? – parece que leu meus pensamentos. – O que estar acontecendo comigo, estou ficando paranóica,...
- Calma filha, vai ficar tudo bem, e eu sabia que você precisa de ajuda sim, mas não somente porque li seus pensamentos, digamos que eu recebi uma visita de seu colega de escola, Jhon e sua colega de classe, Sabriny. Filha porque você não me falou nada...?!
- Espere... Sabriny, o que ela tem a ver com tudo isso? O que ela sabe exatamente? – Eu estava simplesmente sem saber o que fazer. Como poderia ... ela era apenas uma garota insignificante e sem graça que gostava do Alex.
-Não filha, ela é a namorada do Jhon, - disse Davyson, em resposta aos meus pensamentos especulativos, o que me deixou ainda mais confusa, e quando eu olhei para a sala estava Jhon e Sabriny em pé no canto da sala, ela veio em minha direção, andava de um jeito tão sublime, que a diferenciava completamente, da garota infantil e ciumenta que eu pensei que era...
-Desculpa se agia daquela maneira, eu gostaria muito de ser sua amiga, e pode contar comigo, eu só agia daquela forma porque era preciso, para ficar perto de Alex e descobri o maximo possível sobre ele e seu pai. – dizendo isso voltou para o lado de Jhon que me cumprimentou com um sorriso.
-Vocês têm muito que conversar- disse ele ao meu pai, saindo pela porta em menos de um centésimo de segundos, eu não havia percebido o quanto sabriny era linda e tão rápida quanto Jhon.
- Dá para explicar o que foi tudo isso? – Nesse momento o pânico tomou conta de mim, o medo provocou em mim o que mais tentava controlar, a minha sede, meus olhos ardiam como fogo, minha garganta, estava seca, era uma sensação insuportável.
-Filha há muita coisa que você precisa saber, e quero que você preste muita atenção, eu vou contar tudo mais não em detalhes, apenas o suficiente com o passar do tempo você saberá de tudo, o mais importante é que a partir de agora não haverá mais segredos na nossa família, eu tentei esconder por anos uma coisa que seria inevitável, e que por vezes pensei não serem importantes mais que agora vejo que é imprescindível que vocês saibam, mas no momento a mais importante é que você entenda o que estar acontecendo com você.
Entramos na sala e ali imóvel eu comecei a ouvi-lo. Queria saber exatamente tudo, para que pudesse salvar Alex,
- Há muitos séculos atrás, por volta de 100 a.c os vampiros reinavam na terra, não em um reino sobre os humanos, mas reinavam no sentido de haver milhares deles. Havia uma cidade habitada apenas por vampiros, ninguém mais além deles tinham acesso a ela. Era uma cidade escondida da civilização, andavam á noite e durante o dia a cidade ficava vazia.
Nessa cidade vivia certo jovem, chamado David, como todos os outros ele se escondia do mundo. Mas em uma coisa ele era diferente, ele conseguia andar á luz do sol, além disso, ele tinha a habilidade de ler a mente das pessoas ao seu redor, quer fosse humana ou “mortos –vivos” – nesse momento ele riu, mas depois continuou – dessa forma ele sempre conseguia escapar das encrencas que ele se metia.
“Apesar da proibição ele constantemente visitava os humanos, e convivia com eles como um ser humano normal. Ate que um dia – ele parou, e ficou um pouco pensativo por alguns instantes- ele conheceu uma jovem muito bonita, Adriana.”
- Nome um pouco comum para uma imortal – interrompi.
-Ela... Não era imortal.
-Como assim? – perguntei mais ele nem pareceu me ouvir.
-Ela era humana, logo que ele a viu se apaixonou por ela e mesmo sabendo que era um amor impossível, ele se envolveu com ela, e por incrível que pareça ela também estava disposta a fazer qualquer coisa para ficar com ele.
-Mas ela sabia sobre os vampiros?
-Não, mas quando ele contou, ela, facilmente aceitou, e para ele foi fácil saber se ela aceitaria ou não. Ele sabia de tudo que ela pensava. E por isso tinha certeza que ela o amava mais que do que a si mesma. Passado algum tempo ele resolveu casar-se com ela, mas os vampiros descobriram e eles não tiveram piedade, exigiram que ela fosse morta e o obrigaram a matá-la, mesmo ele tendo dito que a transformaria como fez logo após o casamento, mas como ele se recusou a matá-la, ele fugiu levando-a, e como ele, ela também tinha habilidade especiais, ela tinha uma velocidade incrível, juntos andavam pelo mundo, não matavam pessoas, mas - seus olhos brilharam como se estivesse imaginando como tudo aconteceu – houve um dia que a nossa existência se espalhou, quase todos os vampiros desapareceram e para se defender eles tivera que matar pessoas.
Depois disso, eles continuaram a viver nas sombras, mais também podiam viver entre pessoas, mas os remorsos o forçaram a passar mais tempo escondido que vivendo com os humanos, por isso nunca ficavam em um lugar por muito tempo.
-E foi assim que eu os conheci, bem na verdade, eles me salvaram me encontraram quase morrendo, e decidiram me salvar, e assim começamos andar os três juntos, só que claro não éramos os únicos, e infelizmente sempre cruzamos com outros vampiros, apesar de vivermos de maneiras diferentes, no fundo tínhamos a mesma natureza assassina, mas sempre procuramos ser humano o maximo que conseguíssemos. Foi assim que encontramos Karllos Henriky, ele foi atacado por um deles e o encontramos quase morto, e decidi salvá-lo, e passamos a viver os quatros, ele nos ensinou tudo o que sabemos, treinou nossos dons, e isso nos tornou diferentes de todo os outros e por isso nunca estávamos desprevenidos.
-Espera um momento, você conheceu Karllos. E foi você que o transformou; por que. Ele nunca me contou nada, e nem você?
- Porque não havia necessidade, e alem do mais cada vez que tocávamos no nome dele você ficava triste, então achei melhor não falar nada. E ele ficou pouco tempo e só o vi quando encontramos você e infelizmente... – ele nem terminou a frase. Essas eram lembranças que eu queria esquecer.
“Mas porque ele não me contou nada disso? Ele escondeu de mim os dons que ele tinha... será que ele não confiava em mim?”
-Filha havia um pacto de que nada seria dito a ninguém, porque se alguém soubesse correríamos um risco grande, com certeza ele fez isso para te proteger.
-Mas que risco? De quem vocês poderiam ter tanto medo.,e como começou a sua linhagem?
- Infelizmente isso eu não sei dizer, o que sei é que existem vampiros que são muito interessados em nossos dons e é por isso que ninguém pode saber,
- E foi exatamente sobre isso que Jhon veio nos alertar.
- Por isso ele falou que era perseguido? São os mesmos?
-Sim. – falou com firmeza – e provavelmente descobriram sobre você e eu e estão vindo nos procurar.
- Mas o que o Alex tem a ver com isso?
- Ele é um lobisomem, você é uma vampira.
Nem precisei ouvir o resto. Era lógico “se descobrirem, o que provavelmente já o fizeram, eles vão usar o Alex para chegar ate a mim.” Por isso era importante que ele ficasse ao meu lado, só assim eu estaria mais forte e ele estaria protegido, Jhon tinha toda razão, mas, o Alex talvez quisesse acabar comigo, e aquela cena deixava claro isso. O que seria de mim?
“Depois de anos de culpa descubro que não sou culpada, conheço finalmente alguém que despertar meu lado humano e depois descubro que ele não é humano, para piorar é destinado a ser meu pior inimigo. Só depois descubro que Karllos escondeu de mim que existiam vampiros que andavam atrás dele porque ele tem poderes, ah meu pai também tem e eu,,, mas ninguém pode saber, porque se isso acontecer, tudo pode acabar mau. Ninguém da minha família sabe, as únicas são Davyson e Jennifer, porque eles estão envolvidos, E qual seria o “poder” dela?
- Digamos que ela tem um sorriso encantador. – disse Davyson, em resposta aos meus pensamentos. “Que ótimo agora nem pensar eu podia? Porque Davyson sabia tudo”. Tudo isso era demais ate para uma vampira.
-Acho que nós temos que fazer uma reunião familiar – falei um tanto irritada com Davyson...
-Você tem toda razão. Esta na hora de acabar com todos os segredos. É por uma questão de sobrevivência.
-Mais agora eu estou com uma duúvida. Você tem esses dons porque quem o transformou tinha, mas todos vocês tiveram logo esses dons, mas porque só eu demorou tanto tempo.
-Porque você nunca esteve em perigo real. Nunca conseguimos entender bem como funciona, mas como você pode ver, tudo pode acontecer, digamos que você é um tipo especial. Porque seus poderes só se manifestam diante de um perigo,
-Mas e na guerra? - Será que uma guerra entre vampiros e o resto do mundo não é perigo suficiente? Pensei comigo mesma.
- Você era recém-criada e não tinha experiência nem foi treinada, e alem do mais Henriky sempre a protegia.
-Quer dizer então que eu sou um tipo de dispositivo que da o sinal de alerta quando há perigo por perto?! Legal, só preciso descobri como isso funciona.
-Mais ou menos – disse ele sorrindo.
- Se eu soubesse como funciona eu teria protegido Henriky.
-Só que infelizmente nem tudo estar em nossas mãos.
-Mas como funciona?
-Não sei bem, diferente do meu que posso usa - lo quando quero, o seu... Na verdade eu nunca ouvi falar.. Nunca ouvir falar de alguém como você. Seus poderes são um tanto intrigantes, mas com o treinamento adequá-lo vai consegui usá-lo.
Passou alguns minutos, e tudo foi sendo processado aos poucos, eu já estava mais calma apesar de não ter entendido tudo.
“Metade das minhas duvidas estavam tiradas, mas agora outras milhões vinham em minha cabeça. “Porque só agora? Quando aquela visão se tornaria realidade? E o mais importante, porque Alex agora era Lobisomem?”.
Meu pai me deixou sozinha a meu pedido, precisava organizar minha mente, pensar em todos os acontecimentos, estava completamente perdida, era como se todas as décadas não significassem nada diante da situação que me encontrava, e eu que pensava que o meu mundo não tinha como piorar, tinha inveja dos humanos, tudo o que precisavam era passar por algumas dificuldades que comparadas as minhas naquele momento não significavam nada. À noite eles podiam dormir e esquecer nem que fosse por alguns minutos todos os problemas, mas e eu que nem dormir podia. Isso era injusto, tudo que eu queria era a minha vida de volta, ou melhor, queria não ter sido salva. Não quando para salvar-me, eu tivesse que colocar a vida de inocentes em perigos, pois por mais que nos fossemos de certa forma civilizados não éramos confiáveis, a qualquer momento podíamos perder o controle e não havia como saber o que aconteceria.
Mas agora era tarde, eu tinha que sobreviver, eu queria, para proteger quem eu mais amava Alex, mesmo se naquele momento ele quisesse me matar, eu faria o possível para salva-lo, precisava treinar meu dom, ficar forte, por mais que não soubesse com clareza qual seria meu futuro, o que eu mais queria era que ele fosse ao lado do Alex.
- Pai! O que eu faço? – estava na porta de casa, pronta para sair, tudo seria revelado aquela noite, agora tudo seria sem segredos.
- Não se preocupe tudo vai acontecer na hora certa.
No caminho para a escola, andava a mais de 100Km/h, para não chegar atrasada, quando fui surpreendida por reflexos de lembrança, as imagens nítidas em minha mente, Alex, lobo e logo depois senti um cheiro inebriante, então o vi, estava vindo em minha direção. Num piscar de olhos ele desapareceu e em seu lugar, surgiu um lobo enorme, quase da minha altura, avançando cada vez mais em minha direção. De repente, voltei á realidade, e me dei conta de onde realmente estava, no meu carro prestes a dar a partida, e vi que era mais uma das minhas visões distorcidas e sem sentido, que vinha tendo nos últimos dias. Mas ao mesmo tempo algo me dizia que isso ocorreria e em breve. O relógio me fez lembrar que eu estava atrasada, rapidamente liguei o carro e pisei delicadamente no acelerador e sair o mais rápido que pude.
Minha casa ficava um pouco afastada e no caminho passava por uma floresta, enquanto passava por ela, meus pensamentos vagavam por todas as informações que havia recebido nos últimos dias. Quando olhei para a estrada minha visão sendo cumprida ali na minha frente estava Alex na estrada, sem camisa, estava como sempre lindo. Desci do carro rapidamente, e como em minha visão ele desapareceu e em seu lugar surgiu um lobo avermelhado, com pelos aveludados, vindo em minha direção. Corri para o meio da floresta, visto que a conhecia muito bem. E mais uma vez me deparei com a realização de outra visão em relação a ele.
Estávamos exatamente no mesmo cenário, as árvores robustas, os pássaros voando. Quando ele chegou perto voltou á forma humana, fitou-me por um longo tempo, imóvel. Em questão de segundos ele estava ao meu lado, seus olhos pareciam olhos de um predador olhando á sua presa, no mesmo instante sai de perto dele ele continuou vindo em minha direção. Quando percebi, ele estava atrás de mim, e eu estava imóvel. Ele tinha uma velocidade incrível, mal dava para acompanhar seus movimentos.
-Kystta ,precisamos conversar.
- O que? – perguntei furiosa. Um rugido baixo soou entre dentes – Você me ataca me persegue pela floresta, tenta me matar, só para me dizer que precisa conversar comigo. Poderia simplesmente ter me ligado. Pouparia tanto....
- Desculpa se te assustei, não foi minha intenção, pensei que você que não iria querer falar comigo.
Passou alguns minutos e o silencio continuou.
- E então vai falar o que quer ou vai ser preciso correr mais alguns quilometro pela floresta. Você poderia se decidir, tenho muita coisa para fazer.
Em um movimento rápido, ele me libertou das suas mãos, e postou – se em minha frente desta vez com olhos doces e gentis, o que me fez mudar de idéia e eu voltei a ser a mesma Kystta de sempre, apesar de não entender bem minha reação, Não parecia mais aquele predador que há pouco parecia que queria devorar-me.
-Me desculpa kystta, fui um idiota, que às vezes é difícil me controlar perto de vocês.
-O que você quer?
- Apenas conversar.
- Sobre o que?
- Você continua tentando me ignorar. Por quê? O que eu fiz de errado? – ao dizer isso seus olhos expressaram uma tristeza que me fez contorcer-me por dentro. Eu não estava irritada com ele, mas a maneira como ele me tratou na escola, a cena não saia da minha cabeça, sem falar de desencadeou uma serie de emoção que já havia esquecido: “amor, raiva, decepção, e tudo que um humano sente”.
- Além de ser um lobisomem?! – respondi com palavras duras e frias.
- Mas eu não tenho culpa.
Ele fitou - me com um olhar tão sereno que era difícil resistir.
- Tudo aconteceu tão rápido, não queria, não queria que tudo isso estive acontecendo, eu daria tudo para não ser um monstro.
- E que eu também não fosse, não é mesmo Alex?
- Seria perfeito. Se o Jhon não tivesse falado comigo, talvez eu não estivesse aqui agora, mas quando ele falou que você está em perigo...
- O jhon foi falar com você?
- Sim. Ontem, ele me contou do perigo que vocês estão correndo, e conversei com meu pai, apesar dele não aceitar de bom grado, ele disse que a minha felicidade está acima de tudo, principalmente depois que ele descobriu que são os lobisomens que fazem parte dessa organização.
- Como assim? Quer dizer que não são vampiros?
- São. – fiquei sem entender uma palavra. Quando ele falou isso. – também. Os vampiros e os lobisomens se juntaram para pegar vocês, porque segundo eles vocês que são especiais são os únicos que estão no caminho deles, meu pai não conseguiu descobri mais, mas tem algo muito serio acontecendo, e o que eles estão tramando vai afetar parte da humanidade.
- Mas o que pode ser? – ele ficou por alguns segundos em silencio como se estivesse tentando ver exatamente o que dizer.
- Na verdade eu não sei bem, mas isso nós vamos descobri. O importante é que eu estou do seu lado, e juntos nós vamos vencer tudo isso. Mas primeiro temos que deixar algumas coisas claras de agora em diante sera tudo sem segredos. – “sem segredos” isso me lembrou que mais tarde tudo seria dito, nem imaginava como seria a reação de Katriny, Marcus provavelmente iria amar ele de amarrava em uma aventura, mas katriny ela não admitia ser contrariada, muito menos que escondesse algo dela principalmente algo como isso.
- Kystta? O que estar acontecendo?
- Nada. - respondi saindo do mar de lembranças na qual havia mergulhado.
Houve um minuto de silencio, o observei atentamente, tinha um olhar sereno e ao mesmo tempo feroz, eu tentava entender o que estava acontecendo comigo, com a minha vida, de repente minha vida, que já era dura, só pelo fato de existir, agora era praticamente um castigo. A única coisa boa de tudo era ele. Mesmo assim minha vida estava completamente sem sentido.
“Alex era um lobisomem, eu era uma vampira, e eu estava loucamente apaixonada por ele, um amor destinado a sofrer as maiores contradições, já que éramos destinados a sermos inimigos imortais. E depois de tudo, revelações recentes nos colocava em um perigo maior ainda, lutar para sobreviver. Separados não éramos ninguém, mas juntos apesar de fortes seriamos perseguidos mais ainda. Decisões precisavam ser tomadas, restava decidi o que fazer já que éramos os únicos capazes de resolver isso.”
- Quando pretendia contar que era um lobisomem?
- E você quando pretendia contar? – disse ele em resposta á minha pergunta. Como se eu fosse culpada.
- Euuu...
- Esquece isso. Agora é a hora de conversarmos , eu vou te contar tudo, mas peço que você tenha paciência, pois nem eu mesmo consegui aceitar tudo que aconteceu nas últimas semanas.
- Logo após o inicio das aulas. Assim que te conheci alguns dias depois que você começou a estudar aqui. Meu pai me contou tudo sobre sua família, tudo o que aconteceu nos últimos 500 anos de sua vida. Ele disse que estava na hora de eu continuar o que ele começou planejar a vingança contra aqueles que mataram a família dele, o único problema que ele queria que eu matasse você, por isso que eu me afastei... Ele mencionou algo que aconteceu no passado que ele não consegue esquecer tentei fazer com que ele falasse mais ele não disse nada sobre o assunto, e depois ele falou que essa “vingança” poderia esperar, que agora o mais importante era resolver isso o mais rápido possível.
- Mais e quanto a mim o que ele tem contra mim?
-Nada, não contra você, só que ele não entrou em detalhes o importante é que ele aceitou que eu te amo e isso nunca vai mudar.
- Alex, foi você que invadiu a escola, não foi? – não me Conti e dei um meio sorriso, eu costumava invadir locais quando ainda era recém criada.
- Ahn! . – ele ficou meio sem graça, deu um sorriso, que há muito tempo eu não via – foi sim, só queria confirmar uma coisa, - ele ficou me olhando como se estivesse me analisando – ah! Você poderia me dar o endereço do seu falsificador. Talvez agora eu precise.
-Será um prazer ajudá-lo.
- Você nem imagina uma razão para seu pai odiar tanto a minha família especificamente? Ele parece tão sensato. Tudo bem que lobisomem e vampiros são inimigos naturais, mas seu pai ele parece ser diferente, alem do mais eu já lutei ao lado de vocês... Quer dizer dos seus antepassados – minha voz falhou e não consegui continuar.
- E... O que aconteceu depois?
- Deixa pra lá não é nada de importante. Aconteceu há tanto tempo, são lembranças do meu passado que faço questão de esquecer.
Por algum tempo ficamos em silencio, apenas ouvindo o som das arvores e dos animais, que aos poucos se tornava uma canção para meus ouvidos, como uma sintonia única que apenas eu poderia ouvir, o som da natureza.
- Kystta o que vamos fazer agora? Eu te amo, mas o meu pai disse que apesar de me apoiar de certa forma, ele disse que será mais difícil do que imaginamos. Bem, na verdade eu quero saber se você realmente me ama o suficiente para aceitar do jeito que eu sou.
- Claro que sim, eu te amo mais que tudo, nunca ninguém, você me fez sentir tão... Humana, - eu o amava antes e agora o amava ainda mais, e agora estava feliz, pois agora ele poderia se defender, e apesar das diferenças eu estou disposta a viver esse amor, mesmo que seja necessário enfrentar o mundo inteiro.
- Tenho certeza que juntos seremos fortes o suficiente para vencermos todas as barreiras impostas ao nosso amor. E saber que você me ama, é o suficiente para me dar forças pra suportar tudo. Você é pessoa mais importante da minha vida. Você é a razão que me fez suportar tudo isso, depois que soube pelo Jhon o que você estava passando eu decidi que estava na hora de eu tomar minha posição que é ao seu lado.
-“Desculpe-me se antes eu não te dava muita atenção, eu fazia isso para te proteger, não poderia deixar que nada te acontecesse, você era apenas um humano e o seu cheiro me inebriava, era como se me chamasse, Na verdade minha Irma que desconfiou que você pudesse ser um lobisomem. Só que pelo que você me disse você ainda era humano?!”
- Deve ser porque eu morava com um, - ele deu um sorriso que por um momento me lembrava de Karllos. Um sorriso que eu poderia ficar olhando pela eternidade.
Por um momento pensei que tudo poderia acabar ali, e aquela cena durante pela eternidade, eu e Alex, juntos, sem precisarmos enfrentar o resto do mundo. Que de tudo que vivi aquela fosse a cena mais durável, e o tempo não existisse, um mundo na qual eu realmente merecesse aquela felicidade. “
Mais apesar de tudo que eu sentia por Alex. Não era justo para mim. Eu era uma assassina por natureza, não merecia o amor dele, mesmo ele mesmo sendo o que era, principalmente porque o motivo dele agora ser o que e, era culpa minha, querendo ou não karllos tenha morrido por minha causa. E por não isso eu não merecia aquela felicidade.
Durante algum tempo eu e Alex ficamos abraçados, e nesse momento éramos um só, não havia como negar nem fingir que eu o amava, e mesmo eu não merecendo, eu iria sim pegar essa felicidade, eu só não sabia se isso era errado ou não, essas duvidas ficaram na minha mente. Eu queria estar ali, eu tinha que estar ali, agora que ele tinha decidido ficar comigo, eu poderia salvá-lo e não perderia chance de me redimir comigo mesma.

Um conto de Adolescente!

Direitos autorais
Poliana Lima e Silva


Biografia:
Número de vezes que este texto foi lido: 52807


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Entre Lobos E Vampiros POLIANA LIMA E SILVA


Publicações de número 1 até 1 de um total de 1.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 68971 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57894 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56714 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55790 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55038 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 54936 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54838 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54810 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54723 Visitas
O TEMPO QUE MOVE A ALMA - Leonardo de Souza Dutra 54711 Visitas

Páginas: Próxima Última