Dentro de mim
Dentro de mim há um desejo matemático,
Que habita como um ser inquieto.
Ah! Se eu tivesse que pintar algo desse desejo,
Seria o teu corpo em movimento,
Deitado,
De frente,
Em verso.
Pintaria suas cores,
Suas curvas, por cada ângulo,
Pintaria as retas,
Os suaves volumes matemáticos,
Da forma como viestes a este mundo.
No seguir horizontal e vertical,
Admirando o início,
Me perdendo pelo infinito.
Oh! Adorável escalada matemática.
Que para trilhar por estes caminhos molhados e escorregadios,
Morou dentro de mim,
Esta vontade secreta,
Intensa e fantástica.
Que pecado!
Foi-se embora minha pintura,
Pelo lindo bailar dos teus passos,
Deixando este ser inquieto,
Cada vez mais apaixonado.
Marivaldo Pereira Souza (mperza)
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