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mestrado literatura letras dissertacao
alfredo jose dias

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA







ALFREDO JOSÉ GONÇALVES DIAS







A IMPORTÂNCIA DA SEGUNDA FASE DO MOVIMENTO MODERNISTA PARA A ESCOLA LITERÁRIA: A PROSA














Campina Grande-PB
2011
I – TITULO


A IMPORTÂNCIA DA SEGUNDA FASE DO MOVIMENTO MODERNISTA PARA A ESCOLA LITERÁRIA: A PROSA


II – INTRODUÇÃO


O Modernismo Literário e conseqüentemente sua modalidade, a prosa, iniciou-se no Brasil com a SAM de 1922. Mas nem todos os participantes da Semana eram modernistas: o pré-modernista Graça Aranha foi um dos oradores. Apesar de não ter sido dominante no começo, como atestam as vaias da platéia da época, este estilo, com o tempo, suplantou os anteriores. Era marcado por uma liberdade de estilo e aproximação da linguagem com a linguagem falada; os de primeira fase eram especialmente radicais quanto a isto.
Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases: a primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo; uma segunda mais amena, que formou grandes romancistas e poetas; e uma terceira, também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira e era por isso ridicularizada com o apelido de neoparnasianismo.
A prosa da 2ª fase modernista caracteriza-se pelo regionalismo, pela relação do homem com o meio em que vive. A Literatura Brasileira já apresentava uma tendência regionalista. Desde o Romantismo, a busca de traços particulares da realidade brasileira já estava presente em algumas obras, entretanto, neste período, a partir das conquistas da primeira fase modernista e das idéias socialistas, os autores dão um novo tom a esse regionalismo. (www.scrib.com).
A segunda fase modernista literária brasileira, considerada uma das épocas mais férteis da categoria, tanto em termos de produção poética quanto prosaica, inicia-se em 1930 com a publicação de Alguma Poesia de Carlos Drummond de Andrade, estendendo-se até 1945 com o lançamento de O Engenheiro, de João Cabral de Melo Neto. Os escritores deste período recebem de herança todas as conquistas adquiridas pela geração de 1922, entretanto, as atitudes rebeldes e transgressivas caracterizadoras desta geração são substituídas por nova mentalidade literária. Os próprios participantes da geração de 1922 estão mais preocupados em edificar uma literatura mais madura voltada às questões sociais do país. Logo, a necessidade de construir uma neolinguagem e o combate ao academicismo literário definidores da geração precedente, cedendo lugar à construção de uma linguagem que exprima a realidade social da nação (exposição dos ideais reprimidos pela classe política dominante). (LEITE, 2007, p. 48).
Estendendo-se de 1930 a 1945, a segunda fase foi rica na produção poética e, também, na prosa. O universo temático amplia-se com a preocupação dos artistas com o destino do Homem e no estar-no-mundo. Ao contrário da sua antecessora, foi construtiva. Não sendo uma sucessão brusca, a poesia da geração de 22 e 30 foram contemporâneas. A maioria dos poetas de 30 absorveram experiências de 22, como a liberdade temática, o gosto da expressão atualizada ou inventiva, o verso livre e o antiacademicismo. Portanto, ela não precisou ser tão combativa quanto a de 22, devido ao encontro de uma linguagem poética modernista já estruturada. Passara, então, a aprimorá-la, prosseguindo a tarefa de purificação de meios e formas direcionando e ampliando a temática da inquietação filosófica e religiosa, com Vinícius de Moraes, Jorge de Lima, Augusto Frederico Schmidt, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade. A prosa, por sua vez, alargava a sua área de interesse ao incluir preocupações novas de ordem política, social, econômica, humana e espiritual. A piada foi sucedida pela gravidade de espírito, a seriedade da alma, propósitos e meios. Essa geração foi grave, assumindo uma postura séria em relação ao mundo, por cujas dores, considerava-se responsável. Também caracterizou o romance dessa época, o encontro do autor com seu povo, havendo uma busca do homem brasileiro em diversas regiões, tornando o regionalismo importante. (WIKIPEDIA, 2011).
O humor quase piadístico de Drummond receberia influências de Mário e Oswald de Andrade. Vinícius, Cecília, Jorge de Lima e Murilo Mendes apresentaram certo espiritualismo que vinha do livro de Mário Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917). A consciência crítica estava presente, e mais do que tudo, os escritores da segunda geração consolidaram em suas obras questões sociais bastante graves: a desigualdade social, a vida cruel dos retirantes, os resquícios de escravidão, o coronelismo, apoiado na posse das terras - todos problemas sociopolíticos que se sobreporiam ao lado pitoresco das várias regiões retratadas. (WIKIPEDIA, 2011).


1.1 CONTEXTO HISTÓRICO-SOCIAL


O contexto político, econômico e social dessa época é caótico. O mundo ainda processava as conseqüências causadas pela depressão econômica originada pela quebra da bolsa nova-iorquina, em 1929, elevando os problemas sociais de diversos países, fortalecendo a organização de forças esquerdistas. O nazifacismo adentra (cresce) pela Europa, causando a deflagração da II Guerra Mundial (1939-1945), culminando com o lançamento das bombas atômicas depredantes em Hiroshima e Nagasaki.
Nacionalmente, em 1930, Getúlio Vargas sobe ao poder, consolidando-se como ditador com a criação do Estado Novo (1937-1945).
A “Era Vargas” evidenciou-se pelo espírito antidemocrático, a repressão do comunismo, às forças de esquerda, o conservadorismo e o populismo.
Apesar das medidas repressoras da Era Vargas afetarem a instabilidade política da nação, produziu, contudo, um clima de debate e discussões entre os intelectuais e artistas, tornando-se cada vez mais politizados e voltados aos problemas sociais preocupantes para a nação.
Objetivando melhor didatizar o estudo deste amplo e rico período literário, o mesmo, dividir-se-á em duas partes: 1ª) Prosa de Ficção; 2ª) Poesia. (LEITE, 2007, p. 48-49).


1.2 A PROSA FICCIONAL


Para Alfredo Bossi (1994, p. 388), os Decênios de 1930 e 1940, lembrar-se-á como a ‘Era Romântica Brasileira’, deveras o surgimento significativo de novos e talentosos romancistas, com destaque para a ficção regionalista nordestina de Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e Jorge Amado, assim como os romances urbanos de Érico Veríssimo, Marques Rabelo e José Geraldo Vieira, também os romances intimistas de sondagem psicológica de Lúcio Cardoso, Cornélio Pena, Otávio de Farias e Ciro dos Anjos.


1.3 A PROSA REGIONALISTA


Regionalismo é o conjunto das particularidades linguísticas de uma determinada região geográfica, decorrentes da cultura lá existente. Uma de suas principais expressões é o dialeto.
O termo Regionalismo aplica-se à prosa ficcional produzida a partir da década de 1930 cuja temática era a realidade rural do país. Porém, alguns críticos questionam essa denominação por acharem que todo escritor, por mais urbano e intimista que sejam seus relatos, apresenta em sua obra aspectos da sua região.
Ulísses Infantes (2000 apud LEITE, 2007, p. 49), chama a atenção para que o termo Regionalismo não seja confundido com localismo, caracterizado pela preocupação excessiva em apresentar as peculiaridades e o exotismo de uma determinada região geográfica, o Regionalismo Modernista traz uma neoproposta: A preocupação político-social.
A obra (romance) Regionalista inauguradora desta fase é A Bagaceira (José Américo de Almeida), publicado em 1928.
O regionalismo no Brasil é muito diferenciado, temos culturas do mundo inteiro, povos também a base dos estrangeiros no Brasil são: os brancos dos europeus, o negro da África e o nativo do Brasil, os índios que aqui já moravam quando os portugueses chegaram. Devido ao fato de a povoação do Brasil ter ocorrido em regiões distintas e distantes entre si (litoral nordestino, litoral fluminense e interior mineiro, por exemplo), o traço cultural de cada região influenciou o próprio desenvolvimento idiomático do português, ao longo da história. Em outras palavras, em cada região brasileira a língua portuguesa sofreu diferentes influências culturais, e por isto incorporou diferentes formas de expressão, o que aos poucos deu origem a diferentes dialetos, diferentes modos de expressar ou representar uma mesma idéia ou história, um mesmo sentimento ou conceito. (WIKIPEDIA, 2011).
Ao longo do século XIX, surgem escritores voltados à produção de obras saudosistas, que se propõem a realizar uma retomada romântica do Brasil dos séculos XVI, XVII e XVIII.
Por conta disto, costuma-se estudar o regionalismo a partir dos romances coloniais de José de Alencar e das poesias indianistas de Gonçalves Dias, que no século XIX nascem daquela aspiração patriótica de fundar a nobreza do país em um passado mítico, estando muito presente o conceito de cor local nas obras. Esta aspiração põe o regional acima do nacional, e esta pode ser a definição mais simples e eficiente a respeito do que vem a ser o sentimento regionalista. São obras simbólicas dessa época O Gaúcho e O Sertanejo, ambas de José de Alencar.
No começo do século XX a matéria rural voltou a ser tomada a sério, assumida nos seus precisos contornos físicos e sociais dentro de uma concepção mimética de prosa. É o caso do regionalismo de Valdomiro Silveira e de Simões Lopes Neto, que resultou de um aproveitamento literário das matrizes regionais.
Simões Lopes Neto chega a transpor para o português escrito a linguagem própria do gaúcho, com termos castelhanos e expressões características. Algo muito semelhante fazem os Modernistas, ao buscar no interior do país a síntese do próprio Brasil. [Macunaíma], de Mário de Andrade, também transpõe a linguagem do brasileiro – no caso, do nortista e do nordestino – com termos indígenas e expressões populares.
Mais tarde, em Guimarães Rosa, o regionalismo sofre uma metamorfose que o trará de novo ao cerne da ficção brasileira. É a permanência e transformação do regionalismo no Romance de 30 de escritores como o baiano Jorge Amado, o gaúcho Érico Verissimo, o paraibano José Lins do Rego e o alagoano Graciliano Ramos. Aqui, o autor realista descreve sua terra e sua gente não com exaltação, mas de maneira mais centrada e reflexiva, numa tentativa de compreender o momento presente, as desigualdades sociais, a formação da elite etc.
Esta é, aliás, a grande diferença entre o regionalismo visto pelos românticos e o regionalismo ressaltado pelo Realismo. No primeiro havia um sentimento de idealização, de caráter otimista, de exotismo, ao passo que no segundo investiga-se o humano em suas relações com o meio, com a linguagem, a paisagem e a cultura de uma determinada região.
Contemporaneamente, alguns textos (especialmente os de investigação histórica) preservam matizes fortes de regionalismo, como no caso dos gaúchos Luiz Antônio de Assis Brasil, Fernando Neubarth, Valesca de Assis, Pedro Stiehl. (WIKIPEDIA, 2011).
































III – JUSTIFICATIVA


O presente trabalho, pautado no tema - A Importância da Segunda Fase do Movimento Modernista Para a Escola Literária: A Prosa-, objetiva expor ao público docente e discente do curso de Literatura e Interculturalidade da referida instituição (UEPB), através de um levantamento minucioso e individual das características e fatos ocorridos no período que abrangeu o evento (13, 15 e 17 de 02 de 1922), evidenciar a questão do pensamento e atitude da classe literária que outrora influenciava a massa popular com suas idéias e atitudes em suas obras (romances, poesias, poemas, contos, crônicas e etc), visando a transformação e aperfeiçoamento do panorama sócio-cultural abrangente e até ali limitado pelas escolas antecedentes.





















IV – OBJETIVOS E HIPÓTESES


4.1 GERAL


•     Levar ao público acadêmico discente e docente, assim como o público leigo e outras gerações, o conhecimento das manifestações literárias, ocorridas na segunda fase do modernismo-prosa, abrangendo o período de 1930-1945.


4.2 ESPECÍFICOS


•     Demonstrar sua contribuição na formação intelectual e social da massa constituinte da nação brasileira;
•     Revelar o resultado deste empreendimento no comportamento individual e coletivo.
















V – ASPECTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS


Será realizado um estudo qualitativo a partir da seleção de fontes terciárias de informação obtidas através de palavras-chave selecionadas, as quais serão inseridas em sistemas de busca de bancos de dados tendo como as principais fontes de indicação o portal terra, o site folhetim, a revista agulha e o site Itaú cultural e o google scholar. Como também pesquisa em livros texto.
Depois da seleção das referências terciárias, a estrutura temática será definida através da organização do assunto na forma de tópicos.
As principais informações das diferentes fontes serão então agrupadas dentro dos tópicos e comparadas, tanto em relação ao conteúdo, quanto à sua relevância e atualidade.
Desse modo, serão analisados os resumos de artigos científicos, bem como publicações integrais.
As informações oriundas destas fontes serão introduzidas nos tópicos específicos e comparadas com as informações originais, originando à reestruturação e atualização do texto.
















VI – REFERÊNCIAS


BORDINI, Maria da Glória. A criação literária em Érico Veríssimo. In:______. Criação literária em Érico Veríssimo. 1995.


BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 2.ed. São Paulo: Cultrix, 1978.


CADERMATORI, Lígia. Períodos literários. 9.ed. São Paulo. Ática.


CANDIDO, Antonio. No raiar de Clarice Lispector. In: Vários escritos. São Paulo: Livraria Duas Cidades.


CARPEAUX, Otto Maria. História da literatura ocidental. Rio de Janeiro. O Cruzeiro. 1954/1966.


CARVALHO, Ronald. Poesia e prosa. Org. Peregrino Júnior. 2. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1977.


COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Sul-Americana. 1968/1971.


FARACO e MOURA. Literatura Brasileira. 17.ed. São Paulo: Ática. 2000.


INFANTE, Ulisses. Textos, leituras e escritas. São Paulo: Scipione. 2000.


LEITE, Zélia Carvalho. Pesquisa e Literatura Brasileira. 2007 (Módulo Unit, p.48-64).


Proença Filho, Domício. Estilos de época da literatura brasileira. 15.ed. São Paulo. Ática. 2002.


SILVEIRA, Nise da [1968]. A obra de arte e o artista. in:______. Jung: vida e obra. 9. ed. p.159-160.


Referências eletrônicas:


http://www.scribd.com/doc/13667640/literatura-aula-25-modernismo-no-brasil-2-fase-prosa.acessado em 06/01/2011 às 18:47.


www.terra.com.br/literatura brasileira


www.folhetim.com.br/literatura brasileira/modernismo


www.itaucultural.com.br/movimento modernista/prosa/2a fase


www.revista.agulha.com.br/literariedade/modernismo





   

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