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relatorio de estagio 1 em serviço social ead unit 2015
alfredo jose dias

UNIVERSIDADE TIRADENTES
SERVIÇO SOCIAL
TARSILA CARVALHO MATOS
ALFREDO JOSE GONCALVES DIAS
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL I
ARACAJU-SE
2015
TARSILA CARVAHO MATOS
ALFREDO JOSE GONCALVES DIAS
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL I
Relatório de Estágio apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina Estágio Supervisionado em Serviço Social I, ministrada pela Profª.Ana Cristina de Sá, no 2 semestre de 2015.
Supervisor(a) Acadêmico(a): Nivea Karla de Oliveira
Supervisor (a) Campo(a): Martha de Carvalho Dorea
Aracaju
2015
IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO
• Instituição
Universidade Tiradentes - UNIT
• Unidade Operacional
Nome: COPEMCAN-Complexo Penitenciário Dr.Manoel Carvalho Neto
Endereço: BR 101, Povoado Timbó-S/N, São Cristovão/Se, CEP: 49.555-000
Telefone: (79) 3261-4027
E-mail: copemcan@hotmail.com
Home-Page: http://www.sap.se.gov.br/
• Disciplina/Carga horária
Estágio Supervisionado em Serviço Social I – 200 horas
• Estagiários(as)
Tarsila Carvalho Matos
Alfredo Jose Goncalves dias
• Supervisor(a) Acadêmico
Nivea Karla de Oliveira
• Supervisor(a) de Campo
Martha de Carvalho Dorea
• Professor(a) da disciplina
Ana Cristina de Sá
• Coordenador do Curso Serviço Social
Maria Ione V. de Menezes
• Período de estágio
• 07/10/2015 a 26/11/2015
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Vista Panorâmica do COPEMCAN
Figura 2 - Entrada para a revista de visitante
Figura 3 - Entrada para o setor de Serviço Social
Figura 4 - Rua de acesso ao COPEMCAN
Figura 5 - Entrada para a sala do setor de Serviço Social
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
• ABEPSS- Associação Brasileira de Pesquisa em Serviço Social
• ASPLAN- Assessoria de planejamento
• CDA- Casa de detenção em Aracaju • CERSAB- Centro Estadual de Reintegração Social Areia Branca I-II
• CFESS- Conselho Federal de Serviço Social
• CRESS- Conselho Regional de Serviço Social
• COPEMCAN- Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto
• COMAJAF- Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho
• CRAS- Centro de Referência da Assistência Social
• DIPOE-Divisão de Intervenção Penitenciaria e Operações Especiais
• DESIPE- Departamento Central do Sistema Penitenciário
• GOPE-Grupo de Operações Especiais
• GEPEM- Grupo de Escolta Penitenciaria
• HCTP- Centro de Referência da Assistência Social
• LED- Lei de Execução Penal
• PAC- Programa de Administração Carcerária
• PREMABAS- Presídio Juiz Manoel Barbosa de Souza
• PRESLEM- Presídio Regional Senador Leite Neto
• PREFEM- Presídio Feminino
• PNE- Política Nacional de Estágio
• SEJUC- Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7
2 RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL I .................................................................................................................................................... 9
3 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 17
APÊNDICES ........................................................................................................................... 18
Apêndice A - Fotos ............................................................................................................. 19
Apêndice B - Relatório Estatístico Mensal ....................................................................... 22
Apêndice C – Cadastro de visita íntima ............................................................................ 23
Apêndice D – Cadastro do Interno .................................................................................... 24
Apêndice E – Termo de Cancelamento ............................................................................. 25
Apêndice F - Requerimento ............................................................................................... 26
Apêndice G – Termo de Ativação ...................................................................................... 27
Apêndice H – Autorização de Torta .................................................................................. 28
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1 INTRODUÇÃO
O presente relatório tem como objetivo apresentar as atividades produzidas no decorrer do estágio I do curso de serviço social no período de outubro a novembro de 2015 no Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto-COPEMCAN, com respectiva carga horária de 200 horas.
O relatório é uma atividade obrigatória desenvolvida por meio da introdução do aluno no espaço sócio institucional tendo como objetivo promover novos conhecimentos a partir das experiências práticas, sendo uma fundamentação teórico-metodológica para enriquecer ainda mais o âmbito profissional do acadêmico, pensar o estágio curricular a todas as atividades práticas do acadêmico, que se apresenta na aprendizagem vivenciada e em situações reais do cotidiano profissional.
Sabe-se que o estágio por si só não é um fim em si mesmo, mas um processo que se inicia, desenvolve-se e se transforma por toda uma vida profissional, onde a principal função da prática de estágio é fazer com que o acadêmico(a) se confronte com as questões e dilemas de sua profissão no cotidiano.
O serviço social precisa ter um direcionamento ético-político comprometido com a classe trabalhadora.
O estágio, a partir das diretrizes curriculares de 1996, passa a ser parte integrante do processo de formação profissional que com seus doze princípios, firma a integração entre estágio, supervisão e acadêmico(a).
Em 2008 o CFESS- Conselho Federal de Serviço Social institui a resolução nº 533/2008 que regulamenta a supervisão direta de estágio em serviço social, entende-se:
[...] que a atividade de supervisão direta do estágio em serviço social constitui momento impar no processo ensino-aprendizagem, pois se configura como elemento, síntese na relação teórico-prática, na articulação entre pesquisa e intervenção profissional e que se consubstancia como exercício teórico-prático, mediante a inserção do aluno nos diferentes espaços ocupacionais das esferas públicas e privadas, com vistas a formação profissional, conhecimento da realidade institucional, problematização teórico-metodológica. (cfess, 2008, p.02).
Refletindo sobre o parágrafo, percebe-se mais uma conquista importante para o serviço social, foi a elaboração do PNE- Política Nacional de Estágio, em 2010 pela ABEPSS- Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em serviço social com o objetivo de fundamentar, direcionar e qualificar o Processo de formação do assistente social.
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A partir dai, o estágio supervisionado atribui-se ao novo estato estabelecendo que este deve ocorrer mediante a supervisão sistemática, tendo como base um plano de estágio feito pela unidade de ensino e ao campo de estágio.
Nessa etapa de aprendizagem, “o aluno é o principal agente do processo ensino-aprendizagem, enquanto alguém quer aprender, mas também ensina”. (BURIOLLA, 2003. P.95).
É fundamental que nessa relação os conhecimentos e saberes de cada estagiário(a) sejam compartilhados, coletivamente, para que haja trocas de conhecimentos, experiências, reflexões e debates que contribuirão nas construções e busca de compreensão em torno da realidade social.
O aluno deve valorizar e estar certo da fundamental importância da disciplina de estágio supervisionado na formação profissional, sabemos que por meio das vivências, presenciando e acompanhando cada atitude que ocorrerá a formação da identidade do futuro profissional e a consolidação das atitudes dos cidadãos.
Percebe-se que na atualidade, a formação profissional do assistente social demanda cada vez mais qualificação teórica e prática, para que assim possa desempenhar com presteza e qualidade sua intervenção profissional. Neste sentido, OLIVEIRA (2003, p.43) descreve que “[...] a contemporaneidade exige cada vez mais profissionais qualificados, dotados de conhecimentos especializados e atualizados, flexibilidade intelectual no encaminhamento de diferentes situações e capacidade de análise para decodificar a realidade social”.
O estágio é conciliado com um campo de treinamento, um espaço de aprendizagem do fazer concreto do serviço social. O estágio é o lócus onde a identidade profissional do aluno é gerada, constituída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, reflexiva e crítica e por isso deve ser planejado gradativa e sistematicamente. (BURIOLLA, 2001, p.13).
Neste sentido o estágio é o espaço que possibilitará ao acadêmico de serviço social a vivência de atividades profissionais que contribuirão não só para sua formação, mas na construção de sua própria identidade profissional.
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2 RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SERVIÇO SOCIAL I
O relatório traz informações do início do estagio supervisionado I, que foi realizado no Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto-COPEMCAN, no povoado timbó, e esta situado na rodovia BR 101, município de São Cristóvão/SE, no período de 21 de setembro a 20 de novembro de 2015 com o apoio da supervisora de ensino Martha de Carvalho Dórea e a supervisora de pratica Nivea Karla de Oliveira.
O complexo penitenciário Manoel Carvalho Neto-COPEMCAN, é um estabelecimento penal de regime fechado, é uma das unidades subordinadas do departamento central do sistema penitenciário-DESIPE- funcionalmente a secretaria de estado da justiça e da cidadania, SEJUC, regida pela lei nº 3.501 de 09 de janeiro de 1995, com alterações constantes da lei nº 3.597 de 13 de marco de 1995, combinados com a lei nº 2.608, de 27 de fevereiro de 1987 e 2.960 de 09 de abril de 1991.
Uma das informações interessantes é o tempo de atuação do Complexo Penitenciário para com a demanda atendida, o COPEMCAN foi inaugurado no dia 15 de dezembro de 2002, na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, do ministro da Justiça Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, do governador Albano Franco e secretario da justiça e cidadania Jugurta Barreto.
O COPEMCAN hoje é dirigido pelo Sr. Jean Guimarães Santos, tendo como Vice-diretor Sr. Fernando Freire da Silva, com um quadro bem amplo de funcionários distribuído entre os profissionais de administração, educação, saúde, recursos humanos, segurança, assistência e advocacia, o complexo penitenciário como todos os outros presídios brasileiros gera um efeito preocupante devido à superlotação, onde as celas de isolamento intimas estão sendo usadas por vários presos sem nenhuma privacidade, devido o numero elevado de internos, com isso leva a uma promiscuidade e a desinformação que levam a epidemia generalizada.
Atualmente a instituição objetiva em sua dinâmica, visualizando a integridade de seu corpo institucional, reintegrar os detentos na vida social minimizando o desequilíbrio criminal existente, através de serviço qualitario.
Os pavilhões principais (1-5) com seu complexo setorial em celas coletiva intimas, refeitório, etc., estão capacitados ao trabalho de reintegração de seus 800 detentos onde hoje contem 2.400, o triplo de sua capacidade, onde o P1 contem 490 detentos, o P2 com 454 detentos, o P3 com 479 detentos, o P4 com 507 detentos e o P5 com 452 detentos.
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Além dos pavilhões a instituição contempla o arcabouço de diretoria e vice-diretoria, administração, programa de administração carcerária-PAC, setor jurídico, serviço social, cozinha, enfermaria, auditório, panificações, biblioteca, inspetoria, divisão de intervenção penitenciaria e operações especiais-DIPOE, grupo de escolta penitenciaria-GEPEM, grupo de operações especiais-GOPE.
A população presidiaria frente ao fator etário varia de 18- 60 anos, onde o fator criminal contempla: homicídio qualificado se praticado no âmbito qualificado ou se típico a ação de grupos extermínio, é considerado como hediondo, homicídio, estupros, latrocínio, extorsão mediante sequestro, homicídio doloso quando há intensão de matar, ou crime premeditado, roubo, furto, porte ilegal bélico, estelionato e trafico toxicológico ou uso de propina.
A instituição fornece programas para redução penal carcerária através de atividades como manutenção de limpeza e jardinagem, cozinha, artesanatos entre outras. Contam com o suporte dos projetos Sergipe Alfabetizados, Supletivos, Eja-Enceja e Enem, onde alguns são renumerados, por não dispor-se vagas a todos os cárceres abrindo oportunidade da recepção do trabalho como também dispondo o beneficio de redução penal e demais voluntários beneficiando se apenas de progressões.
Já cronometria trabalhista segue logica pré-reforma onde 01(um) dia de pena a cada 03(três) dias de trabalho (art.126,§1.º, I da lei de execução penal-LED).
Art.126. O condenado que cumpre pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.(Redação dada pela lei nº 12.433, de 2011).
§ 1º A contagem de tempo referida no caput será feita a razão de: (Redação dada pela lei nº 12.433, de 2011).
 1(um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar – atividade de ensino fundamental, médio inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional – divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído pela Lei n º12.433, de 2011)
 1(um) dia de pena a cada 03 (três) dias de trabalho.( incluído pela Lei nº 12.433. de 2011).
Respectivo a progressão penal o detento frente a uma comissão técnica e munido de fatores como bom comportamento e trabalho integrais institucionais aplicados a pena reduzira consideravelmente e logo realizara a sua libertação. Ainda tal situação acompanha as
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ressalvas para casos de crimes hediondos (Lei 8.072/90). Frente constituição eletiva (para crimes hediondos) o recluso goza sua liberdade condicional via comprimento de 2/3 de sua pena, não havendo reincidência do ato criminoso, ainda considerando progressão de pena prevista em lei.
Os atendimentos do setor assistencial para a população são: declaração de custodia (auxilio reclusão), termo de reconhecimento, ativação de cadastro tanto dos internos como dos familiares, cancelamentos tanto solicitado pelos internos como por familiares, cadastro de visita intima e geral, declaração de comparecimento, requerimento para remissão e conduta carcerária, levantamento de atendimento diário/mensal, visita aos pavilhões.
O Serviço Social do COPEMCAN é constituído por três assistentes sociais. Elas são: Marta de Carvalho Dorea- CRESS-SE 855 com 27 anos de atuação profissional, Rivaneide Silva de Oliveira- CRESS-SE 133 com 12 anos e Maria Auxiliadora Prado Barreto Santos- CRESS-SE 525 com 11 anos de atuação, que atende aos familiares de segunda a quinta das 8:00- 12:00 horas, na instituição não existem planejamentos desenvolvidos, o planejamento e os programas são elaborados pela Assessoria de Planejamento –ASPLAN, através da secretaria da justiça e da cidadania-SEJUC.
Respectivo à questão magistral do funcionamento penitenciário tem-se a influencia do poder executivo dentro da pratica baseada no legislativo onde prevalece o cumprimento legislativo sobre a demanda institucional no tocante a seguridade e exclusão da máxima penal ao Cáceres e sua melhor reabilitação social, onde existe a preocupação assistencial da garantia de seus direitos básicos mesmo frente ao paradoxo vigentes na lei.
No período A.C, os crimes significantes compreendiam a desobediência, endividamento, desrespeito as autoridades, prisioneiros de guerra e deportados, e estes componentes eram destinados a masmorras, torres, castelos, locais abandonados já na atualidade em 1834 elevou-se no Brasil a primeira erguida por escravos e presos.
Já em Sergipe tem-se uma estatística de aproximadamente 4.115 presos distribuídos nos presídios estaduais, onde a capacidade estadual é de 2.203 presos, possuindo o estado 9 penitenciárias: O complexo penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto, Hospital de custodia e Tratamento Sergipano, Presidio Feminino, Presidio Regional Luís Manoel Barbosa de Souza, Presidio Regional Senador Leite Neto, Cadeia Territorial Nossa Senhora do Socorro, Centro Estadual de Integração Social de Areia Branca e Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho. Tais unidades regem-se por: Regime Semi-Aberto, Sentenciado, Regime Provisório, Regime Fechado.
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Quanto a Secretaria Estadual de Justiça e Defesa do Consumidor compreende 3 órgãos reunidos: O Conselho Penitenciário, Conselho Estadual de Entorpecentes e Conselho Estadual de Defesa Comunitária.
O Presídio Regional Juiz Manoel Barbosa – PREMABAS localiza-se no município de Tobias Barreto, sendo que o regime é fechado para detentos sentenciados. Tendo a capacidade de 346 detentos, hoje está com 546 internos.
O Presídio Regional Senador Leite Neto – PRESLEM está localizado no município de Nossa Senhora da Glória. O regime é fechado. Alguns internos trabalham fabricando móveis, que os beneficiam da redução de pena. Tem a capacidade de internos, hoje tem.
A Cadeia Pública Territorial de Nossa Senhora do Socorro – CADEIÃO foi inaugurada no dia 15 de abril de 2009, pelo governador na época Marcelo Déda, tem capacidade para 160 presos, mas abriga 188 detentos. São 16 celas e 3 são adaptadas e projetadas especialmente para deficientes físicos.
O Presídio Feminino – PREFEM fica localizado em Nossa Senhora do Socorro. Essa unidade prisional antigamente funcionava o Hospital Psiquiátrico Garcia Moreno. Tem capacidade de abrigar 175 presas tendo hoje 250. Houve um aumente muito grande de mulheres presas no estado.
A Penitenciária Estadual de Areia Branca – CERSAB tem o regime semiaberto. Antes mantinha 664 detentos, hoje com o decreto de 2006 de nº 23.722 no governo de João Alves Filho que classifica a penitenciária como unidade de reintegração social do mesmo Sistema Penitenciário. Tem a capacidade para 260 e hoje tem 194 internos.
O Hospital de Custódia – HCTP localiza-se próximo a antiga Casa de detenção de Aracaju (CDA), onde é uma casa para presos lesionados por surtos psicóticos ou outros tipos de problemas mentais. São realizados perícias, exames através de uma equipe de psiquiatras, onde enviam relatórios aos juízes quando solicitado. Já esta com sua capacidade no limite de 96 internos.
O Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho – COMPAJAF fica localizado no bairro Santa Maria em Aracaju, é um presidio terceirizado, mas o Ministério Público deu 90 dias para que o presidio fosse responsabilidade de Estado. Tem capacidade para 476 internos e abriga 486.
O Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto – COPEMCAN fica localizado no município de São Cristóvão, foi inaugurado no dia 15 de dezembro de
13
2002, quando foi inaugurado, só existiam três pavilhões, passado por uma longa reforma após a ampliação em 2006 e 2007 passou a ter cinco pavilhões com uma capacidade de 800 presos, atualmente tem em torno de 2400 detentos ativos.
O COPEMCAN é uma unidade profissional que conta com uma equipe de 15 profissionais graduados, 02 enfermeiros, 01 clinico geral, 01 professor, 02 nutricionistas, 04 auxiliar de enfermaria, 02 advogados e 03 assistentes sócias, o quadro de horários dos funcionários é dividido em: escala de plantões de 24 horas por 72, formando por 4 regimes A, B, C, D, cada equipe é formada por um inspetor do dia, já o diretor, vice diretor, coordenadores e os funcionários do setor administrativo trabalham de segunda a sexta feira das 08:00 as 15:00 horas, sendo que o quadro geral do total de funcionários do presidio são 181 pessoas.
O papel do assistente social no sistema prisional consiste no levantamento minucioso da realidade social dos internos, objetivando assegurar o acesso às informações propondo benefícios favoráveis às necessidades carcerárias, tendo por bussola na intervenção profissional, o objetivo de contribuir no resgate da identidade e possibilidade de convívio social do interno.
As praxes profissionais frente ao ambiente prisional encontram-se asseguradas no Código Ético Profissional, na Lei Regulamentar Profissional e Lei Executiva Penal.
A Lei Executiva Penal defende nos artigos 22 e 23 que a finalidade profissional objetiva amparar o carecer e o moribundo, capacitando-os a reintegração social. E as funções do serviço de Assistência Social na prisão são:
I- conhecer os resultados dos diagnósticos e exames; II- relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; III- acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; IV- promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; V- promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade; VI- providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; VII- orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vitima (art. 23 da LEP).
A assistência ao egresso é assegurada na LEP sob os artigos 25, 26, 27 onde no 25º artigo tal assistência consiste no orientar e apoiar objetivando a reintegração carcerária, na vivencia liberatória e concessão, se necessário de subsidio (comida e casa)
14
em recinto adequando, no prazo bimestral. onde o respectivo prazo arrisca, ser prorrogado uma única vez, firmado/ testemunhado por declaração do profissional/ assistente social, o labor na obtenção empregatícia. É no 27º artigo, o serviço sócio-assistencial subsidiara ao egresso sua recepção trabalhista.
Sobre pesquisa realizada por Myriam Mitjavila (2009) estudo e focaliza os olhares constituídos no serviço social brasileiro frente à problemática criminal e urbano-violencial no período de 1995 a 2005. Tal pesquisa expõe nos 104 trabalhos analisados, só 9 são relacionados ao sistema prisional e medidas de ceceasão libertaria, ou seja, 8,7% do caráter biográfico analisado os trabalhos estudados neste prisma foram tematicamente classificados:
(i) análise do sistema penitenciário brasileiro e os desafios para o Serviço Social; (ii) apresentação e avaliação de programas e experiências em estabelecimentos prisionais ou de custódia; (iii) a questão das penas alternativas à privação de liberdade: experiências, análises e avaliação (MITJAVILA, 2009, p. 56).
O arquétipo do povoado, onde se localiza o COPEMCAN as casas são simples, antigas, rua de estrada de barro, famílias carentes em situação de vulnerabilidade social, afastados da cidade com poucas casas, péssima infra-estrutura, iluminação precária, acesso a vias telefônicas e internet com muita dificuldade, só tem um único orelhão que está localizado na frente do presidio. Não tem hospital, praças, posto de saúde, CRAS entre outros.
A situação problema do sistema prisional repele a tal esperada ressocialização, a precariedade publico-setorial, onde encontra-se o transtorno, o caos das demandas fundamentais ao bem servir ao internos que desagua no impasse do processo jurídico.
15
3 CONCLUSÃO
O período de estagio supervisionado I é fundamental em seu caráter pedagógico e pratico-teórico, da vez que alicerça através do conhecer cotidiano dos entraves profissionais, o estagiário, no papel de militante da ordem assistencial e interventor da quebra do domínio da questão social.
No Sistema prisional, setor destinado a esta atividade de observação, coleta e definição de parâmetros interventivos com atenção a figura do preso e sua família, buscando a melhor adequação do elemento em questão, a igualdade social e de sua família nivelou-se assim nesta temática um instrumento ponte de aprendizado de valores sociais, integrando habilidades, competências e ética no desenvolvimento.
Através da aprendizagem, capacita-se o discente ao exercício de múltiplas atividades. No viés acadêmico, a essência deve retornar a absorção de conhecimento, dividindo-se em teorização e prática. Logo, ao confortar os momentos não dissociam-se estes, pois um complementa o outro, teoria e pratica caminham sempre integradas sendo a vertente atribuída ao longo da formação profissional.
Longe ao conhecimento teórico, as ações seriam praxes comuns, sem caráter fundamentado através de técnicas e diretrizes norteantes do serviço social. Teoria e prática em uníssono resultam de um processo profissional histórico e o estágio é sem duvidas a etapa para a integração dessas subdivisões.
Logo, ao realizar o projeto de intervenção, percebe-se de forma limpa e pratica do profissional no COPEMCAN, considerando também, que o estagiário deve conhecer não só as atribuições advindas do estágio, mas ainda, todas as garantias cabíveis a partir do mesmo.
Assim o estágio compreende o ápice do aprendizado, momento em que integra teoria curricular e sua prática. Logo, a relação estagiários e supervisores curriculares plasmaram-se de forma austera e interativa, onde todos os vácuos foram preenchidos e superou-se dificuldades, projetando grandes possibilidades de experimentação e atuação curricular, subsidiando majoritariamente a realização de sonhos coletivos.
Neste âmbito, o estágio concluiu-se vantajosamente direcionando futura plenitude profissional. Este estágio nos capacitou pessoalmente e „profissionalmente‟, nos mostrando a importância da informação diante dos fatos vivenciados, no dia a dia com as famílias dos detentos como muitas não sabem nem o que é um anticoncepcional, o que a falta de preservativo pode causar, e nos coloca frente a uma grande realização experimental de prática.
16
Frente ao exposto reforça-se um futuro campo de trabalho pleno e austero, atrelado a seus obstáculos que são imprescindíveis, a exemplo dos demais campos profissionais.
Deve-se então considerar que o quesito experiência constitui-se significativo e positivo ao contribuir a longo prazo na moldagem de nossa identidade profissional, ao confronta-se outra realidade em campo, revelando o valor de viver situações nunca vivenciadas .
Acentua-se, também, a influência e participação definitiva das supervisoras de ensino pratica e sua integra contribuição, durante o percurso, onde junto a sua didática, conectam-se conhecimentos teórico-práticos, levando a reconhecer e vivenciar de forma critica, a realidade no vindouro viver profissional.
Assim o evento estágio curricular I supervisionado além de capacitar-nos a uma pratica integral, despertou nossas potencialidades para o real papel do profissional.
17
REFERÊNCIAS
http://www.webartigos.com/artigos/estagio-supervisionado-em-servico-social-bases-para-um-aprendizado-pratico-profissional/7746/
SÁ (2003) SÁ, Alvino Augusto de. A "ressocialização" de presos e a terceirização de presídios: impressões colhidas por um psicólogo em visita a dois presídios terceirizados. In Rev. Fund. Esc. Super. Minist. Público Dist. Fed. Territ., Brasília, Ano 11, Volume 21, p. 13-23, jan./jun. 2003.
IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho formação profissional. 15. Ed. São Paulo: Cortez, 2008.
Lei de Execução Penal-LED-Nº 7.210 de julho de 1984-
BURIOLLA, Marta Alice Feiten. Superviso em serviço social: o supervisor, sua relação e seus papeis. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2003.
CFESS- Conselho Federal de Serviço Social. Código de Ética do Assistente Social. 1993.
________. Resolução 533\2008. Regulamenta a supervisão direta de estágio no serviço social.
www.sejuc.se.gov.br
ALMEIDA, Suênya Thatiane Souza de. A importancia do estagio supervisionado na formação profissional do assistente social. BH, 2013.
http://tcc.bu.ufsc.br/Geografia283197.
BURIOLA, Marta. F. O Estágio Supervisionado. São Paulo: Cortez, 1995.
Código de Ética Profissional do Assistente Social. CFESS: Brasília, 1993.
FALEIROS, V. de P. Saber profissional e poder institucional. São Paulo, Cortez, l991.
18
APÊNDICES
19
Apêndice A - Fotos
Figura 1
Figura 2
20
Figura 3
Figura 4
21
Figura 5
22
Apêndice B - Relatório Estatístico Mensal
23
Apêndice C – Cadastro de visita íntima
24
Apêndice D – Cadastro do Interno
25
Apêndice E – Termo de Cancelamento
26
Apêndice F - Requerimento
27
Apêndice G – Termo de Ativação
28
Apêndice H – Autorização de Torta

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