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SORTEIO FALSO
Rubemar Costa Alves

Aceitei colaborar num centro cultural de localidade – como dizer sem magoar? – “menos favorecida...” com palestras para a garotada. Temas bem escolares (interessantes e fáceis para mim...), e fui o primeiro nome de ‘professor’ que sortearam. Possível! Dei a palestra. Fui o segundo nome sorteado. Estranho! Dei a palestra. Fui o terceiro nome sorteado... Meu limite é 1 – 2 – 2. Desconfiei e exigi que a organizadora (bonitinha... sem ser ordinária / desculpe, NELSON RODRIGUES) despejasse a sacola do sorteio - só havia o meu nome. Bom, se a primeira palestra tivesse saído ruim, não me repetiriam. Ou EU a seduzi e hipnotizei?!...
PALESTRA 1: FERROVIA AINDA VITORIOSA (com lindas projeções a cores)
A primeira linha de trem foi a Estrada de Ferro Mauá, em 1854, e durou até os anos 60.
Os trens turísticos ainda fazem sucesso no Brasil, na carona das várias atrações ecológicas e naturais do nosso país. Há antigas e conhecidas linhas, como por exemplo a do Corcovado, no Rio de Janeiro, e a da Inconfidência, locomotiva “Maria Fumaça”, fabricada há mais de cem anos, ligando São João Del Rei a Tiradentes, cidades históricas de Minas Gerais. Não sei se já instalaram o Trem do Pantanal (projetado há cerca de 10 anos) entre Campo Grande e Corumbá, em Mato Grosso do Sul... Também como sonho de governante o Ouro Preto-Mariana, em Minas Gerais, o Madeira-Mamoré, em Rondônia, o Rio-Petrópolis (extinto há anos) e outros ao longo do Brasil. De um total de 19 linhas instaladas, 15 são efetivas e 4 sazonais, ligadas a grandes datas, como por exemplo o Trem Do Frevo, que em fevereiro sai em Recife, e o Trem do Forró, durante as festas juninas, que liga Campina Grande e Galante, na Paraíba. No Rio, o Estrada de Ferro Corcovado, inaugurada em 1884, a primeira exclusivamente turística, e a que recebe o maior número de passageiros; em São Paulo, 47 quilômetros entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão (era um simpático trenzinho vermelho, visto na neblina, e a população ‘pulou’ e esbravejou com uma nova cor cinza... – havia no trem, não sei se conservaram, estátuas de barro dos personagens de Monteiro Lobato, pois o Sítio do Pica-Pau Amarelo é em Taubaté, mesma região); e no Rio Grande do Sul, 48 quilômetros do Trem da Uva, na Serra Gaúcha.
          Garotada sedenta de carinho (e EU???) gostou muito. Nada recebi e ainda paguei refrigerante para todo mundo. Uns quarenta ‘sedentos’, pode? (Segredo: Fui menino de cinema gratuito no paredão da igreja católica. Muita saudade!)
FONTE:
“Ferrovias turísticas mesclam ecologia e cultura” – Jornal O GLOBO, Rio, 11/12/05.

                   F I M



Biografia:
PARVUS IN MUNDUS EST. (O MUNDO É PEQUENO DENTRO DE UM LIVRO) Ser dedicado, paciente, ousado, crítico, desafiador e sobretudo enlighned são adjetivos de um homem cosmopolita que gostaria de viver mais duzentos, ou quem sabe trezentos anos para continuar aprendendo e ensinando. Muitos de nós acreditam que uma vida de setenta, oitenta anos é muito longa, contudo refuto esse pensamento, pois estas pessoas não sabem do que estão falando. Sempre é tempo de aprender, esquadrinhar opiniões, defender, contestar ou apoiar teses, seguir uma corrente filosófica (no meu caso, a corrente kantiana), não necessariamente crer num ser superior, mas admirar e respeitar quem acredita nele. Entender a diversidade de costumes e culturas denominados de forma polissêmica nas diferentes partes do mundo, falar um ou dois idiomas, se perguntar o porquê e tentar encontrar respostas para as guerras, a segregação racial, as diferenças étnicas, o fanatismo religioso, o avanço tecnológico, o entendimento político. Enfim, apenas estes temas já levaria uma vida para se ter uma compreensão média. A leitura é o oráculo para estas informações, é ela que torna o mundo cada vez menor capaz de se acomodar nas páginas de um livro. É por isso que se diz que não há fronteiras para quem lê. Atualmente as pessoas confundem Balzac com anti-inflamatório, Borges com azeite, Camilo Castelo Branco com rodovia estadual, Lima Barreto com laranja de determinado município paulista, Aristóteles com marca de carro e por aí vai. Embora, eu tenha dissertado sobre o conhecimento culto, os meus trabalhos publicados aqui demonstram o dia a dia das pessoas comuns narrados através de divertidas e curiosas estórias. Meu público alvo são as mulheres. É para elas que escrevo, pois são elas possuidoras de sensibilidade capaz de entender o conteúdo do meu trabalho.
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