É transformar dor
Em palavras apenas.
Considerações ou súplicas
Sobre um pedaço
De papel limpo e
Nenhuma fronteira
Da estupidez além
De desobstruir
A acidental dor
Incrustada em sua
Organização asséptica
Do coração.
E o coração não
Cometer o inverno
Do que há agora,
Crônica
Destinação
A promover mais
Obstáculos.
Passos
Atemorizados, há
Alguma imposição
Que escolherá.
Vai
Definir que há algo
Estupidamente humano e
Indecifrável
Como é;
Tão
Repentino em um mundo
Em transformação e disso não
Se lembrará
Além de si mesmo:
Há heranças bastardas:
Mais tarde a verdade íntegra
Sorrirá à toa.
Que sem saber mais
Que pretenda com isso,
Vilipendiando a última
Transformação
Essencial;
Vemos
O que somos.
Assim
A ideologia, é âncora
De salvação
A promover mais
Ziguezagues que alma
(Que alegremente queira).
Vai
Adoecer
De solidão, velha
Conhecida, a ânsia
Dilaceradora, sabe que
Não percebeu
O seu sabor cru,
Dominantes as formas
Enroscadas entre os dentes, pois
Amanhã há
Que conquistar mundos
E ideias que apenas
Interioriza...
Só para
Mistificar
Seu coração não
Convencido:
Ingênuo
Em seu desespero
— atônito —
Desatinou
A caminhar entre
Monopólios e cacos,
Inegavelmente
Atônito.
Transformador,
O seu sabor é
Invenção simplesmente
Sincera e, por isso mesmo, (só)
É ilusão
Da sensação livre
Do poder assombroso
Do que não é muito prático.
Transformador,
O seu sabor é
Artifício apenas,
Extremadamente único,
Essencial
Por aceitar crenças,
Consciência, torpezas,
Extremadamente cínico.
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