Achas que eu não vejo
Mas fico observando
Teu ócio de viver zombando
Daquilo que não é (mas é desejo)
É todo teu...
Aquilo que o coração traz lá trás
Por detrás do teu bocejo.
É somente teu...
Aquilo que é feio e não se faz
Pelo o menos na frente do espelho
São os olhos, janela recôndita
Omissa e prostitua é a Alma!
Pelo podre é tão preterida
Mas que pela morte do que pela vida
Pelejas por mais que um bocado
(Da desgraça própria que não é)
Alimento desse sentimento caiado
Tão branco quanto à borra do café
Peço que não te faças de rogado
Ou de mim, obsequioso
Embora não te tenhas revelado
Teu coração é invejoso!
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