Eu estou presa em um ciclo
No qual tudo que acontece é inevitável.
Há um ano foi inevitável,
Daqui há um ano é inevitável.
Não consegui quebrar o tempo
Que nos aconchegou
Nem o que nos escondeu.
As tuas palavras continuam em minhas mãos
Me acompanhando no frio do inverno,
E no calor do verão.
E o teu manto,
Teu cheiro,
Você por inteiro,
Acompanha minhas noites dormidas
E mal dormidas,
Me aquecendo mesmo longe
Enquanto coloco as mãos
Sobre o bolso do seu casaco.
Um preto claro,
Ou escuro
E um obscuro.
Pois me curo quando entro nesse mundo desconhecido,
Que é o teu abraço solidário
E sem ele,
Me afogo no meu Eu solitário.
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