Ela era encantada com a vida que tinha.
Porém, Sofia vivia uma vida irreal, ou seja,
a de uma jovem que deveria chamar se Alice.
Não havia experimentado os dissabores mundanos.
Sua felicidade era tão ilusória a tal ponto de seus pais
a considerarem uma alienada.
Foi então, que os anos começaram a desenvolvê la.
Foi aí que Sofia começou a conhecer a escuridão.
Foi preciso tapas, tapas e mais tapas para acordá la desse delírio.
A moça relutou tanto que até em sanatório foi parar.
Mas, foi lá que encontrou a sua força interior passando a encarar de frente a realidade.
Apesar de todas as mazelas, Sofia não apagou sua luz interior.
...Tanto que em seu coração teve até um espaço para um real amor,
amor de realidade, e não aqueles infantis e platônicos que outrora sentira.
A pedra de seu sapato era a tal da morte.
Mas, depois que uma pessoa, a qual ela amava se foi desta para melhor, a garota não tinha mais medo de nada,
...até chegou a desejá la.
Mas nada que a deixasse tão valente!
Mas sim, somente com juízo para resolver coisas do cotidiano.
Porém, o que Sofia mais temia era a solidão, a qual, às vezes era prazerosa, noutras, tediosa!
Na verdade, ela tinha aversão ao tédio!
Por isso, ao conhecer o seu marido, passou a dar bastante valor em seu relacionamento,
o qual, de início, era sem nomenclatura, porém, com o passar do tempo, foi tomando diversas formas.
...Até a forma de tédio, o que era tudo que Sofia não gostava, mas ela sentia que valia à pena viver este amor.
No entanto, um dia desses, a moça estava vendo uma reportagem na TV em que falava sobre caverna submersa.
Foi então que ela se questionou " será que eu teria coragem de ir tão longe assim para salvá lo?!
...e ele, será que faria o mesmo por mim?!
O que se perguntam é " qual é o limite do humor?"....e ela lançou " qual é o limite do amor, pelo menos do dela e do dele?!"
Mas, pelo menos foi por isso que ela nunca abriu mão desse relacionamento, o qual, ela o considerava, porque não a cegava....É o que é! Talvez, pelas suas experiências, Sofia já tinha conhecimento de seu limite, pelo menos da sua parte.
....E como diz a gloriosa Glória " depois que passa dos trinta, não dá mais para pirar na batatinha!"
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