Resumo: O presente trabalho se volta às reflexões relacionadas principalmente ao ensino de
Linguística nas aulas de graduação, relacionas ao curso de Letras. Visto que o tema das
vogais nasais e nasalizadas foi pouco discutido durante a nossa formação, pretendemos,
com este trabalho, discutir a teoria apresentada por Mattoso Câmara Jr. (1970), que
diferencia as vogais nasais e nasalizadas pela distribuição silábica dos segmentos nasais,
a qual diz que uma vogal, ao se encontrar na mesma sílaba que o segmento nasal será
também obrigatoriamente nasal; ao passo que uma vogal que se encontra em uma sílaba
próxima, porém diferente do segmento nasal, poderá ou não assimilar o traço nasal,
sendo considerada, assim, como uma vogal nasalizada. Apesar de verificável na maioria
das vezes, a definição de Câmara Jr. não leva em consideração, por exemplo, casos em
que a vogal dita nasalizada corresponde também à sílaba tônica da palavra, o que faz
dela uma vogal que obrigatoriamente assimila a nasalidade do traço seguinte. Este
trabalho tem, então, por objetivo mostrar e discutir o traço nasal de vogais de diferentes
vocábulos para se verificar a precisão da explicação de Câmara Jr., bem como para a ela
acrescentar novas reflexões. Para tanto, serão utilizadas letras de músicas contendo
palavras ricas para a discussão. |