os sonhos parecem desmoronar
a medida que o tempo avança
e as nuances do tempo
vão aos poucos
descolorindo a luz do sol
que brilhava ávida de luz.
nos solavancos da caminhada,
algumas peças foram se perdendo
e roscas se formaram para firmar
a alma em pontos obscuros ou não.
se neles ficou presa
só o vento pode dizer.
e esse? não sei, hoje
nem sua brisa senti.
mistério de cinco nomes
se criou ao redor do ser
que agora descansa os pés
das aventuras desesperadas
em busca da mentira da verdade.
tem agora a alma
a sensação de caminhar só.
hoje, exclusivamente hoje,
todos os amigos,
todos mesmo,
se calaram.
entrou para a história da terra árida,
da água salgada, que não serve
nem mais para beber,
quanto mais para regar
uma flor que já está a fenecer...
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