Me bruta a incerteza
do que será o amanhã.
Nestes dias de silêncio
e navegar solitário
o espírito com certeza
subirá ao céu e descerá
ao inferno de lágrimas.
Mas não há que se desesperar
frente ao infortúnio
de sua dor e sofrimento.
Suportará o calvário
como guerreiro que é,
e se levantará
da bruma escura
em sublime vitória
de pássaro de asas de ouro.
Curvar-se-á sobre
o esquife lôbrego da lua morena
com a face resplandecente de luz
para em plena redenção
abrir asas e alçar vôo,
para vagar
nas ondas da vida
com as mãos firmes
na escota de sua nau
embriagada de luz...
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