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Rosas de Ocasião
José Ernesto Kappel

Uma pétala de rosa:
Foi só o que consegui fazer,
neste dia que sol bate fundo,
e arranha o espetáculo menor
do meu interior.

Calejado de augustos e
esperas. Hoje sou só eu!

Hoje, foi só o que consegui:
chorar de lado,
e tentar entender
que o que começa acaba,
mas o que acaba fica prá sempre;
como uma espada dourada
cravada no fundo d'alma.

Foi uma pétala de rosa
que eu comprei no bar
da esquina
que, nessa época,
vende aguardente
e flores.

Optei por ambas:
estavam juntos demais,
coesas e fincados no
espírito de duas perguntas
e nenhuma resposta.

Andei prá um lado
e para o outro,
como bonde de
um trilho só,
e, me perguntando,
se eu perdi, perdi
avulso.

Tristeza veio na hora,
todo mundo chorou,
mas o tempo passou
agreste e dividido,
e tudo como um mormaço,
adendo de suor,
foi esquecido.

E me pediram para falar.
Falar o quê?
Se não há sentido nem
para festejar,
nem prá chorar?

E disse um proverbista
de ocasião:
o que tem hoje
falta amanhã.

Por isso deixe o dia
passar como se nada
houvesse acontecendo
dentro de você.
Finja como uma criança
que surrupia um doce.

Mas, lá fora, reis e rainhas
brindam um dia qualquer,
que não quero nem saber o nome,
porque dele nada me resta:
a não ser a rosa rubra
e uma imagem que o
tempo está levando e
cada dia fica mais longíncua
e brade meu coração
de angústias!

Hoje, meu senhor,
não comemoro nada!

A vida me ensinou
prá deixar passar.

E,se ainda duvida,
visita me coração,
e pergunte pela vida dela.
Todos vão dizer:
já foi...já foi,
como o vento
que carrega o amor!

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