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Sobre a morte do compositor austríaco
Luís Eduardo Fernandes Vieira

Calbierie... Perdão! Abafei teu sonho. Deixei para trás anos e anos de pura confiança e admiração. Pelo que sei, deves pensar, devias! Por assim dizer, “calhorda, calhorda és tu, Calbierie! Que te devo para assim deixar-me morrer...?”, respondo ao corpo que agora é entregue aos vermes. Nada mais Calbierie, nada! Vi nascer em ti todo valor que sempre levantavas como bandeira, e sei – por quem sempre tu demonstravas... Ciúmes. E, agora? Fazes questão de dizer-me nesta carta um “Adeus, Raymond! Meu ultimo, no entanto, não menos importante! Obrigado, por fazer-me acreditar que eu – simples amante do TEATRO, assim, puro e simples – poderia ser mais profissional do que agora... Raymond esta é uma carta daquele que inspirou a semente da humildade! Da minha mais sincera convicção, e; talvez, do âmago fleumático – este seja o verdadeiro CALBIERIE! O Fantasma sorriu para mim! Estou louco, só você sabe o porque, não sabe? Acreditei em você, Raymond. Como sempre; como sempre. Quando lhe disse: - Queres saber quem sou? Decifre-me. Não quis nunca te decepcionar, meu doce príncipe! Mas, boa noite! Sempre soube que você seria o meu “divisor de águas” e; eu... fui eu quem precisei de ti, nunca imaginei isso. Mas, meu amigo, como dizer-te?” sua voz embargava... Mesmo assim, lutou por “ar... queria respirar!” e, disse-me, como se fosse o fim. “Raymond, (sua voz falhava) quero lhe revelar meu ultimo segredo... permite-me?”, lhe respondi que sim! “Eu já sabia que tudo isto iria acontecer... por isso telefonei há três anos atrás e falei tudo aquilo, lembra?”, ele fora buscar um conhaque, dizendo - “uma feliz coincidência”, filme que nunca esqueci o titulo pelo que havíamos conversado! AO TELEFONE, bem como também o “ETTORE SCOLLA, CHAPLIN E GRANDE OTELO”, por fim, com a cabeça em meu colo, disse-me: “RAYMOND, meu amigo”sei que – o AGORA já teve um significado para mim, nesta época, de que vale? Sou como o “FANTASMA DA OPERA”, mas... Ray! Não quero que – neste momento absorva como... um simples personagem que li, ou estudei... falo-te do “AGORA!”Como podem... dezoito anos em um? Esta é minha dor, RAY! Eu já previa isto, por isso... pedi-lhe! CONFIE EM MIM, plenamente... eu lhe peço! Perdi, por uma vez! DR. FERNANDO MARINHO sentiu o que senti... será, RAYMOND que sou tão – mau ator, como diz? Estou à beira da “LOUCURA”, RAYMOND! Pois, sinto... sinto RAYMOND! Sei que posso alcançar – PODERIA!” disse-me isso suspirando. “Sei que posso mais, dentro de mim... RAYMOND! Ajude-me! Preciso desta sua afirmação.” e então, o doce príncipe morreu... Almejando aquilo que sempre expus: “faça sua própria historia!” e ao fim, o seu ultimo suspiro, fora: “(...) Eu vi, Raymond... o corpo do CONTRA-REGRA enforcado! O desespero estampado no publico! Sei que não te faz sentido, AGORA! (pelo que me lembro, foi a ultima afirmação enfática dele) mas, lembre-se... ao menos, uma ultima vez a amei... agora, tenho em meus olhos o sorriso “de um peixe, morto” como sempre havíamos sorrido... sorri! RAYMOND apelo-te que entenda! Eu o vi!” e me veio a ultima imagem, FANTASMA DA OPERA – ANDREW LLOYD WEBBER, MARCA REGISTRADA PELA ACADEMIA DE ARTES E CIENCIAS LTDA. “Por que me trouxestes aqui?” “para te salvar!”“ “temos que voltar...” “ele vai matá-lo...” e por fim, é esta minha interpretação, de tudo!”

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