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Autopsicografia
Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

27/11/1930


Biografia:
Fernando Pessoa, considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa. (Lisboa, 1888. Lisboa, 1935).

Este texto é administrado por: Sérgio Vale
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