Corria incansável
pela negra estrada.
Sentia o cheiro
do vento no ar.
Cheiro de tempestade.
O sol já havia desaparecido
completamente.
No horizonte o temporal
se aproximava.
E como sempre acontece
no prenúncio da tempestade
o silêncio me envolvia.
O mundo dormia o sono
que precede o abrir
das pálpebras da vida.
Todos dormiam,
somente eu,
mantinha-me alerta,
em agonia diante
do que estava por vir.
Uma tempestade lá fora
e outra aqui dentro de mim...
|