Sou um artista.
Entro em cena quando a vida me condena...
Por eu ser só, não aceita as minhas paródias.
Vivo da arte de ferir, de cortar,
de torturar e de matar através das palavras ou do olhar.
Moro em um circo sem cores,
que esplandece minha alma quando estou encenando.
Os números são fantásticos...
E todos me olham,
E todos riam,
Mas no final... todos choram.
Sempre chega a hora em que os malabarismos já não surpreendem mais...
E a platéia vai embora,
E novamente, eu fico sozinha,
E então, o espetáculo termina,
E o picadeiro fica vazio.
Podem aplaudir meus amigos,
esta comédia acabou.
Agora, sou eu quem vai embora.
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