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O anjo do sertão
GABRIEL JOSE

Resumo:
Um homem vaga sofregamente no sol escaldante do sertão e encontra uma figura mítica e estranha, que começa a lhe aconselhar sobre sua vida.

O anjo do sertão.

O sol era escaldante e ferino, a pele esbranquiçada estava vermelha e quase assada, com a língua colando ao céu da boca por conta da sede medonha. Ele andava sem rumo e com destino impreciso.

A poeira daquele terreno árido era intensa. O seu estado de consciência estava tão alterado pelo calor e sede intensa, que ele não sabia distinguir se estava no deserto do Atacama, no Saara ou no sertão nordestino. Mas calculou que deveria ser o sertão, pois existiam alguns troncos de árvores pelados sem folhas, tudo seco e virando lenha sem seiva, o que ele presumiu não ter nos outros desertos tal tipo de paisagem, mas nos sertão sim.

Andou longamente, o que na realidade não era nem sequer andar, mas sim um manquejado forçado e constante. O corpo todo doía e ele todo era enfado.

Levantou os olhos e viu a uma certa distância imprecisa um homem, de semblante sereno e aspecto jovial, que trajava-se de roupa simples e cor branca. Tal homem tinha pendendo para trás um par de asas belíssimos. Ele tinha nas mãos um balde de água fresca e uma caneca.

Coxeando forçosamente, ele chegou para lá. O homem não olhou em sua direção, manteve apenas o corpo em posição ladeada e ficou como que olhar para a paisagem árida.

Pediu-lhe água.E obteve como resposta um "Daqui a pouco" sereno e suave. Só a voz do ser já lhe trazia paz. antes no entanto era preciso um acerto de contas justo. "Sair de casa não havia sido uma decisão acertada", lhe disse o ser angélico. "Era preciso mais cautela e equilíbrio na vida", continuou a falar-lhe com voz mansa.

Ao final fez-lhe falar que voltaria. Então enchendo-lhe a caneca lhe deu a beber da água. Ao que ele bebeu gulosamente. Logo então desmaiou. Quando acordou estava em casa deitado e doente, a mulher cantarolando na cozinha, o calor ardendo lá fora e o vento entrando pela janela. E ao lado da cama um balde de água fresca e uma caneca.


Este texto é administrado por: GABRIEL JOSE DA SILVA CAVALCANTE
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