Dois dias após o enterro de Gerson, ali no escritório do doutor Carlos no oitavo andar de um prédio situado em excelente local, conceituado e valor alto.
Augusto e Leonildo em trajes sociais, com direito a terno e gravata.
- Muito obrigado por terem vindo.
- Sim doutor, só estamos aqui por curiosidade.
- Sim eu sei, vamos ao assunto.
Ao final da leitura, Leonildo esfrega as mãos ali na cadeira em frente ao advogado, Augusto vai para a janela de onde observa a paisagem urbana que o rodeia.
- O doutor esta dizendo que eu e o Leonildo herdamos quase que tudo que aquele crápula possuia?
- Sim senhor.
- Eu não quero, não quero nada daquele verme.
- Bem, infelizmente, aqui reza se um dos beneficiários desistir, automáticamente o outro também o perde.
- A mim pouco importa esse dinheiro sujo, não sou e nem fui a favor das charlatices, aquele canalha, infame.
Leonildo vai até Augusto, o doutor observa.
- Por favor Augusto, pense melhor, é nosso por direito, precisamos dessa grana.
- Não Leonildo, eu estou indo muito bem obrigado, não quero nada que venha daquele monstro inescrupuloso.
Leonildo pede licença ao doutor, saindo dali traz consigo Augusto para o corredor, iniciando a conversa com ele.
- Eu não vou aceitar Leo, não preciso, não quero, deisita também, ele nos enganou, foi um monstro com a gente, já fizemos e muito a nossa parte, agora chega, quero é distância de qualquer coisa que lembre aquilo.
- Mais eu quero, preciso, me desculpe Augusto, eu tenho que aceitar, eu sim, quero tudo que possa ser meu.
- Não te entendo, por que quer tanto dinheiro daquele canalha?
- Estou sem trabalho, você sabe disso, preciso do dinheiro, estou sem meu pai, vai Augusto, faça isso, aceite, eu preciso.
- Por quê?
- Ele abusou de mim, por várias vezes fui obrigado a fazer coisas com ele e com seus amigos de negócios.
- Leo, então você sabia de tudo aquilo que ele fazia e não me disse nada?
- Sim, eu sempre soube.
- Por quê............
- Eu tive medo de te perder.
Augusto sai dali antes que Leonildo termine, entra na sala e diz aceitar assinar, ele assina, sai do escritório sem a companhia de Leonildo.
Dias depois, Leonildo recebe parte do dinheiro em sua conta, ele ainda vai a cozinha industrial de Augusto na esperança de ve-lo, porém sem sorte, ele nunca vê o seu amado.
Matilde que sempre trata com ele, nunca lhe dá qualquer pista sobre o paradeiro de Augusto, Soraia é que sempre dfaz companhia a Augusto que fica o dia inteiro trancado no quarto, aos choro, vendo fotos e vídeos no celular.
- Por que não larga essa marra e vai, vai logo, corre atrás de sua felicidade, aquele cara te ama.
- Acho que não, ainda não, ele me feriu demais, traiu tudo que acredito.
- Bem, você que sabe, eu só sei que ele te ama e muito.
Logo ela recebe mensagem de Matilde dizendo que Leonildo ja fora embora.
- Acho que vou junto de você pra cozinha, pronto é isso mesmo, preciso tomar um ar, assumir minha vida, sem ele.
- Amei finalmente assumiu, ouviu meus conselhos e vai fazer o certo, vamos quero estar lá junto de ti.
- Sério mesmo, olha So, como conselheira você nunca foi das melhores, só pra deixar em registro tá. Risos.
- Vai, vamos trabalhar já que começou a me pizanhar, ja esta bom até demais.
- Tá.
- Ah, e pode ignorar esse meu dom magnifico que possuo tá.
- Que dom?
- O de ser ouvida, pelo menos de vez em quando.
- A sim, sei. Risos.
O rapaz toma banho, se veste e segue com Soraia para a cozinha, chegando ali, Matilde festeja a volta do patrão sócio com um bolo todo decorado.
- Obrigado, olha eu tô pensando em ficar fora mais vezes e...........
- Nem pense nisso, o melhor é...........
Leonildo entra ali com flores e bombons.
- Oi Augusto.
- Você não foi embora?
Matilde entra no assunto.
- Me desculpe, ele esta um trapo e você também, vão logo deem as mãos se reconciliem e vão ser felizes, vocês merecem meu.
- Nossa Matilde, que bela amiga você se mostrou hein.
- Fui eu, eu sou culpado fiz a cabeça dela, por favor me ouça Augusto.
Augusto tenta correr para fora dali mais Leonildo é mais rápido o segurando pelo braço.
No escritório os dois se entreolham.
- Por favor, me ouça.
Quando Augusto vai dizer algo, é pego de surpresa por Leonildo que o beija loucamente, ali lábios presos a uma extensa paixão.
- Me perdoe.
- Te amo, eu só te amo, pode isso, porra?
- Você é louco, eu mais ainda por você.
- E agora, o que vamos fazer?
- Agora, vamos ser felizes.
- Ainda quer?
- Sério, esta mesmo me perguntando isso, vamos?
- Para onde?
- Só vem, vai.
O casal sai de mãos dadas pela cozinha sob aplausos, eles entram no carro de Leonildo seguindo para o motel.
Soraia comemora com champanhe e brigadeiro o retorno deles.
Matilde beija Ederson ali, Ivan ainda um pouco enciumado, olha para o outro lado recebendo de Soraia beijos e caricias.
Dois meses depois, Leonildo e Augusto compram um confortável apartamento e vão morar juntos, os negócios sempre a prosperar e logo abrem mais 3 lojas e 12 franquias pelo estado e em outros também.
Leonildo decide abrir sua panificadora e logo aumenta para mais 2 lojas em bairros periféricos.
O amor vence todo sofrimento e amargor ali passado por eles.
FIM.
02042020.........
NOTA: Bem pessoal antes de tudo, muito obrigado por lerem, prestigiarem este trabalho.
Quero de antemão pedir as mais sinceras desculpas por não ter feito o que sempre faço no inicio de cada texto.
Sim eu sei, fui um tanto esquecido, por tratar de assuntos tão atuais e de colocar nesse texto personagens gays.
Mais não fiz isso em maldade a vocês e sim para que saibamos esse é o brasil que vivemos cheio de diversidade.
Se em algum momento faltei com a verdade ou deixei que as cenas aqui fossem além do conteúdo permitido, me desculpem de todo coração.
Pois a vida é desse jeito cheia de imperfeições que nos fazem crescer e nos vigorar num êxtase de vivance.
Deixei a classificação para 16 anos por que fiz de tudo para não entrar em assuntos mais promíscuos e não detalhar as cenas mais íntimas, esse é o modo ao qual eu tenho de lhes mostrar meu todo respeito.
MEU MUITO OBRIGADO E CONTINUEM COM A GENTE, SEM VOCÊS NÓS ESCRITORES DESCONHECIDOS PORÉM AOS POUCOS SAINDO DISSO, DA TELA NEGRA DO DESCONHECIDO NOS TORNAMOS FORTE E MAIS CAPAZES, OBRIGADO A TODOS DE TOD MEU CORAÇÃO.
PAULO FOG.
Personagens e situações relatadas nesse texto nada tem a ver com a realidade, portanto são interamente ficticios.
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