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SÓ VIVER 14 NOVEL LGBT 18 ANOS
DE PAULO FOG
paulo azambuja

Resumo:
BOM

26




            Manuel segue com Gabriel até a porta do restaurante onde o rapaz o ajuda abrindo os cadeados.
   - Obrigado.
   Marcelo se aproxima deles.
   - Manuel.
   - Marcelo.
   - Esta muito ocupado?
   - Vamos abrir, entre.
   - Obrigado.
   O rapaz olha para Marcelo com certo repúdio.
   Dentro da cozinha, Manuel coloca algumas panelas com água para a fervura e senta ali frente a Marcelo.
   - E então?
   - Estou sem rumo.
   - Falou com eles?
   - Como, você leu as mensagesn que lhe enviei?
   - Sei, o momento esta pra lá de dificil entre vocês.
   - Sim, eu nunca imaginaria que chegaríamos a isso.
   - E agora?
   - Vou trabalhar.
   - Quando?
   - Daqui ha dois dias.
   - Para onde?
   - Espanha e depois irei para França.
   - Nossa que bom, mais como vai deixar as coisas aqui, o Rogério?
   - Eu não estou com um pingo de vontade de enfrenta-lo.
   - Não se trata de enfrentar e sim colocar a limpo e defender sua união.
   - Estou cansado.
   - Dá para ver, comeu algo?
   - Sim.
   - Esta mentindo, vou preparar algo para a gente enquanto isso você trate de colocar seus neurônios em ordem e traçar um novo alinho para suas vidas.
   - Vidas?
   - Se esqueceu, agora você é também responsável por aquela moça e família dela.
   - Eu?
   - OU vai deixar sua nova amiga para trás?
   - Laysla?
   - Quem mais, sei que gostou dela por que na real vocês dois se parecem e muito.
   - Isso é verdade.
   - Bem fique ai com seus pensamentos enquanto eu preparo nosso lanche.
   - Obrigado.
   - Sabe, acho que este teu jeito tão cortês é que nos deixa fascinados.
   - Eu, cortês?
   - Se você não for, corto meus pulsos.
   - Sim eu sou, faço tudo que continue sendo meu melhor amigo e esse exímio cheff.
   - Cozinheiro, me sinto melhor assim.
   - Sim, cozinheiro.
   Na porta, Gabriel assiste a cena de amizade entre seu love e o cara que ele sente, poderá tira-lo a qualquer momento.
   Paty termina de arrumar suas malas quando Rogério bate á porta de seu quarto.
   - Oi.
   - Oi amiga.
   - E a Amanda?
   - Não me atende.
   - Desse jeito, só posso dizer que o fim esta ás portas.
   - O que faço?
   - Bem, acho que esta na hora de Sofia sair da escolinha.
   - Bem....... Rogério olha para Paty que lhe sorri e ele sai.
   Laysla chega próximo ao portão da escola quando Ro lhe acena.
   - Rogério.
   - Posso?
   - Lógico meu filho, quero que saiba não sou sua inimiga.
   - Eu sei, sogrinha.
   - Ah meu filho, tudo que mais quero é que vocês criem um tanto de juizo.
   Toca o sinal e logo as crianças aparecem para o afago de seus pais e cuidadores, Sofia surge no portão e logo vê a vó e Ro ali.
   - Ai que bom, o tio esta aqui.
   Ela corre e os abraça, Laysla alisa os cabelos da neta, porém Sofia desvia o olhar para a esquina e ali vem Eduardo com um grande pacote nas mãos.
   - Pai.
   A menina sai deles e corre até o pai que lhe abre os braços e recebe a filha que salta nele.
   - Minha querida.
   - Papai.
   Ro olha para Laysla que fica sem graça e olha para Eduardo.
   - Eduardo.
   - Me desculpe Laysla me deu uma saudade da minha filhota.
   - Sim eu entendo.
   - Oi Rogério.
   - Oi Eduardo.
   - Cadê a Amanda?
   Laysla olha para Ro e logo responde para Eduardo.
   - No trabalho ela esta no trabalho.
   - Tem algum problema eu leva-las para um sorvete?
   Laysla olha para Ro que se despede deles ali, Eduardo entrega o pacote para a filha que o rasga ali e fica alegrissima com a boneca e o tablet.
   - Olha só vó o que o meu pai me deu. No carro Ro assiste a cena enquanto tenta mais uma vez contato com Amanda, sem sucesso.
   Rogério escava o macarrão naquele molho bem preparado á puntanesca, Patricia olha a cena com certo pesar.
   - E ai nada?
   - Com o quê?
   - Oras, Amanda, quem mais?
   - Vai, fale de sua viagem.
   - Não Ro, eu não vou desistir disso.
   - Disso o quê Paty?
   - Você sabe o quanto será ótimo para mim.
   - Alguém esta te segurando?
   - Tudo bem, eu peço a conta.
   - Como queira. Ela faz sinal e logo Gabriel vem á mesa deles, Paty sempre sorridente lhe faz uma brincadeira e o rapaz lhe retribui com um leve agradecimento.
   - Aqui. Depois de passar o cartão e comprovante em mãos eles saem do restaurante, Manuel os observa pela janela da cozinha enquanto Brenda lhe traz mais pedidos.
   - Pai.
   - Sim filha.
   - Aqui, mais trabalho.
   - Obrigado. Manuel pega as anotações e já inicia os preparos, ela vem ao lado dele.
   - Quer ajuda?
   - Hoje eu vou aceitar.
   - Fique tranquilo vai dar tudo certo, afinal aprendi isso com um grande mestre.
   - É filha, mais ás vezes até os grandes mestres erram.
   - Será?
   - Acredite, pode sim. Gabriel chega ali com um sorriso e os abraça.
   - Agora vamos trabalhar senão vou ter de mudar de restaurante para a seita do abraço. Risos.
   De olho no telefone Marcelo fica a fazer planilhas e resolver alguns problemas já averiguados em primeira visita ao escritório de Madri.
   - Ele não vai me ligar. Leve bater a porta, ele atende, ali á sua frente a funcionária do hotel com o serviço de quarto.
   Ele agradece e a moça entra deixando ali o jantar e logo sai recebendo algum valor de Marcelo.
   Ao olhar para aquele mini banquete, seus olhos marejam, as lembranças de jantares e outros lanches ao lado de todos vem em sua mente.
   Eduardo termina o hot dog em um carrinho próximo a pensão onde se instalara, paga ao homem e sai em passos lentos até um ponto de ônibus onde senta e expira o ar.
   - Boa noite.
   - Oi, acho que te conheço....
   - Sou Paty, amiga dos rapazes, Ro e Marcelo.
   - Ah sim, deles, bem sabia que te conhecia.
   - Pois é, posso falar contigo?
   - Acho que já estamos bem....
   - Sim, vou ser direta, qual a sua real intenção depois de tanto tempo longe delas?
   - Tá, então tá, só que também quero saber o por quê desse interrogatório?
   - Como assim?
   - Olhe senhorita, eu vivi por poucos meses mais vivi com a Amanda, trabalhava em uma quitanda daí ela me disse numa bela noite que havia algo a mais entre a gente.
   Os olhos de paty se tornam mais vividos.
   - Ela estava grávida.
   - Sim, acho que com poucas semanas, meu tio quando soube o que pode fazer e me dizer era que teria de fechar o comércio, eu fiquei sem chão.
   - Nossa.
   - Sim, sai á procura de trabalho, porém não tive coragem de dizer para ela que estava desempregado, quando conheci uns colegas em um bar e eles me disseram de um serviço numa mineradora lá para o norte, eu ali naquela situação fui.
   - Te entendo.
   - Não quero ser vitimado tampouco herói, mais a vida me fez transpassar várias fases naquele momento.
   - Imagino.
   - Se gosto de Amanda, sim, mais sei que ela não vai voltar para mim.
   - Porém vai continuar na disputa?
   - Acabou virando um jogo, só o tempo vai dizer quem será....
   - O vencedor ou perdedor.
   - É a vida....
   - Sei, mais também acredito que essa vida pode melhorar quando a gente acorda para a realidade e entende que há novos caminhos, novos rumos.
   - Você realmente acredita nisso?
   - Sim, eu prefiro acreditar, sabe ppor que, eu agora estou sendo beneficiada por ter tido esta opção e toma-la para mim.
   - Boa noite.
   - Não vou te desejar isso, por que essa sorte que tanto almeja pode custar a felicidade de outras pessoas.
   Eduardo a olha profundamente.
   - Então você apóia esse relacionamento á 3?
   - Sim, por que não, quem fez esta tola regra que temos de ser dois?
   - Eu não sei, mais será o melhor para minha filha, Sofia?
   - Sabe Eduardo, não quero conceber em minha mente a idéia de que você é um canalha.
   - Sua opinião, só sua.
   - Acho que não temos mais o que falar.
   - Sim, com certeza. Paty sai dali, ele a segue com os olhos até ela entrar em um carro.
   - E então, ele foi cortês?
   - Como um verdadeiro jogador daqueles cassinos clandestinos que a gente entra e acaba por perder a alma.
   - Vamos para onde?
   - Olhe Roberto, me pague uma bebida e depois me deixe em minha casa por favor.
   - É para já.
   12022019................................
   


Biografia:
gosto de escrever
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