Sinto e não é pouco, demonstro e não é suficiente. Não para mim.
Essa necessidade de você é algo que me perturba, mas também é algo que me faz aprender.
Eu perdi, e tenho inúmeras hipóteses que me levam a essa constatação.
Talvez essa seja a trama da minha vida, retirar de mim as coisas das quais mais gosto.
O medo em arriscar e a crença em promessas feitas por mim me fez hesitar por muito tempo.
Faz falta receber alguma notícia tua.
Tenho saudade de quando tínhamos um a companhia do outro.
Gostava de poder falar coisas contigo, sem medir palavras ou me comedir.
Falar algo e não ter que esperar, ansioso, por uma resposta tua.
Hoje eu aceito o rumo que a vida me ofereceu, sei que é consequência das escolhas que fiz.
Das promessas que fiz e as deixei anotadas em um caderno que resolvi guardar no fundo de um baú.
E dessas a que mais me arrependo é a de não ter dado a devida importância para o que sentia.
É, a vida me tirou algumas coisas, me deixou outras.
Não sei se partilharei desse mesmo ponto de vista daqui a alguns anos, muita coisa pode acontecer. Tudo pode mudar e um novo rumo pode me ser ofertado.
Mas até lá quero que saiba: Posso estar a sentir, e não ser o culpado por isso.
Eu poderia fazer mais.
Tu poderia.
Nós poderíamos.
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