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Zandes - O Começo de Tudo - Parte 8
Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades
Kaleb da Costa Portal

Resumo:
Editado em 14/12/2018

Enquanto isso em Mariana...
Já se passava quase um ano que Daniel havia saído de Turrinha. Diferentemente de Thock, Daniel não tinha informações sobre os acontecimentos depois de sua saída, muito menos sabia se Thock ainda andava à sua procura ou não. Daniel não tinha informantes e deveria ter para sua própria proteção. Dentre os poucos contatos que Daniel ainda tem desse tempo é somente Dany e Simão, mas eles também se guardavam para não ser localizados, o que colocaria suas vidas em jogo novamente.
À essa altura, Daniel gerenciava uma Loja de Informática, KPCel em Mariana. Claro que havia novos amigos e uma namorada, mas ninguém sabia seu verdadeiro passado. Para o pessoal que o conhecia, Daniel morou no RJ e mudou para Mariana depois da morte de sua mãe. Mesmo assim, alguns questionam o fato de haver dois vídeos no YouTube em que aparece uma pessoa muito semelhante à Daniel. Porém ele insiste em negar.
A notícia da explosão do caminhão de combustível próximo à Turrinha chegou em Mariana porém a imprensa não deu muitos detalhes justamente por causa das restrições de Thock. Mesmo assim, a imprensa deixou claro que um mutante com os mesmos poderes de Thock havia fugido depois de um confronto com o ele à quase um ano. Isso preocupou um pouco Daniel, visto que qualquer atividade anormal será um sinal de que esse mutante está por perto. Isso chamaria a atenção de Thock.
Porém, depois de mais alguns meses, Daniel se viu tentado a usar seus poderes para salvar um casal de um espancamento dentro do ônibus. Daniel ainda usava os transportes coletivos para ir trabalhar e certo dia, quando voltava do serviço, seu ônibus foi tomado por três assaltantes. Daniel nada poderia fazer. Qualquer coisa que fizesse, cairia na mídia, em seguida nos ouvidos de Thock. Até mesmo os próprios ladrões informariam a ele. Mas, durante o assalto,um deles começou a espancar um casal no meio do ônibus enquanto o outro o ameaçava com a arma. O terceiro ladrão rendia o motorista. O marido havia escondido o celular embaixo dos sapatos e um dos ladrões percebeu. Quando o marido negou, começou o espancamento e continuou mesmo depois deles terem pego o celular. Quanto mais ele se defendia, mais apanhava. Em seguida começaram a bater em sua esposa também. Daniel, tomado de raiva sabia que poderia acabar com isso facilmente, mas resistia para não pôr em risco sua nova e tranquila vida. Porém, algumas pessoas dentro do ônibus resolveram falar alguma coisa na defesa do casal, dizendo para eles o deixarem, visto que já tinham o que queriam. Os ladrões atacaram também esses outros e Daniel percebeu que um deles ia reagir. Daniel tinha apenas frações de segundo para decidir se intervém ou não, pois o passageiro avançou para segurar o braço de um deles com a arma. Pensando rapidamente, Daniel disparou raios contra as duas câmeras do ônibus. Isso impediu de ser filmado e o clarão ofuscou todos no ônibus, inclusive os ladrões que não poderiam atirar sem ver. O motorista pisa forte nos freios jogando todos pra frente, pois estava cego por causa do clarão Os ladrões, mesmo sem enxergar poderiam no desespero sair atirando para todos os lados. Mas, rapidamente Daniel disparou mais outros raios contra os dois ladrões armados e mais um contra o terceiro, porém evitando matar os três. Apenas imobilizando dando tempo para os passageiros decidirem o que fazer assim que recuperarem a visão. Enquanto isso, Daniel dá uma braçada na janela do ônibus estilhaçando se atira para fora antes de ser visto. Daniel começou a correr com a camisa enrolada na cabeça tentando sumir da vista de algumas pessoas que viram a cena e começaram a correr atrás julgando ser um dos ladrões fugindo do crime. Mesmo com as pessoas correndo atrás de Daniel, alguns ficaram intrigados com a cena das faíscas dentro do ônibus e o salto de Daniel pela janela. Algo incomum. Agora Daniel não poderia sair voando ou as coisas ficariam pior. O jeito era correr bastante e atravessar alguma parede sem deixar eles perceberem passando a imprensão de que eles o perderam de vista.
Enquanto isso no ônibus, os passageiros e o motorista retomam a visão gradativamente, mas os ladrões continuam inconsciente com o choque. Então eles amarram os três, enquanto tentam entender o que aconteceu ali. Daniel ainda correndo, entra numa rua sem iluminação, atravessa o muro de uma casa, corre sentido contrário por trás do muro, espera um pouco a turma passar e atravessa de volta à rua correndo para outras ruas. Tira a camisa da cabeça, coloca seus óculos escuros e segue naturalmente para outra parada de ônibus.
No entanto, o tumulto estava feito na cidade. Os ladrões acordam do choque amarrados nos corre-mãos do ônibus e os passageiros começam a espancar sem piedade. Enquanto isso, suposições sobre as raios que pararam os ladrões, começam a surgir. Era visível que algum passageiro de alguma forma fez isso e depois se atirou pela janela, mas como???
Uns diziam que ele tinha uma arma de choque avançada, outros diziam que era um Anjo de Deus e outros diziam que era um mutante. Depois que a imprensa chegou e começou a entrevistar o pessoal que correu atrás de Daniel, ficou a dúvida se o mutante que fugiu de Turrinha a um ano é o mesmo que atacou os ladrões no ônibus e depois fugiu da população.
Esse incidente gerou polêmica em Mariana. As imagens das câmeras do ônibus foram verificadas, mas não foi possível constatar de onde saiu o raio pela velocidade em que ocorreu, além disso, com as câmeras destruídas não dava pra saber qual passageiro falta no ônibus após o incidente.
Embora muitas teorias surgiram, a imprensa e a Polícia chegaram à conclusão de que se trata de um mutante e provavelmente aquele que fugiu de Turrinha. Embora tenha prestado um bom serviço em prol das vidas dentro do ônibus, mas o fato de não se saber quem é, visto que há mutantes criminosos em Turrinha, não faz dele um ser confiável.
Depois desse acontecimento, a tranquilidade de Daniel ficou um pouco abalada, mas nada que não desse pra seguir em frente afinal, a notícia permaneceu como notícias locais, não chegando à Turrinha, porém haviam riscos de alguém postar algo sobre isso no YouTube.
Dois meses depois, mais uma vez o segredo de Daniel foi desafiado. Dessa vez, ele resolveu atrapalhar a morte de um suicida.
Enquanto trabalhava, da janela Daniel viu uma aglomeração ao pé da torre de rádio próximo dali. Pela metade da torre subia um homem e logo Daniel deduziu que se tratava de um suicida. Daniel tentou ignorar fechando a janela, pois sabia que podia ajudar, mas isso lhe traria complicações. Logo em seguida, Daniel ouve a sirene dos bombeiros. Um suicida é bastante imprevisível. Os bombeiros teriam apenas 50% das chances de salvarem a vida desse cara, caso ele ainda aceitasse conversar, senão ele se atiraria logo para baixo antes que os bombeiros dissessem: "Calma lá!". Se Daniel intervisse, as chances dele viver subiria para quase 100%.
Então, alguém entra na sala de Daniel trazendo informações estilo fofoca dizendo que o suicida pediu que os bombeiros mantivessem distância, senão ele pularia dali mesmo e sua morte seria mais dolorida, pois estaria próximo do chão. Daniel pede licença e sai pra refletir. Pelos corredores da loja Daniel se pergunta se ele teria algum sentimento de culpa se deixasse esse cara morrer sabendo que poderia salvar...
Então Daniel decide sair para a torre e no caminho até lá tenta traçar algum plano para salvar a vida do suicida sem ser reconhecido caso os bombeiros não tivessem sucesso no resgate. Enquanto se aproxima, Daniel arrasta duas camisas de lojas por ali, rapidamente atravessa paredes de lojas e casas até chegar próximo do local vestido com uma e com outra enrolada na cabeça estilo ninja. Mas antes que pudesse chegar no local para ver a situação, o suicida se joga mesmo antes de chegar no topo. Como os Bombeiros ainda não tiveram tempo de preparar alguma plataforma para amortecer a queda, a morte do suicida seria certa. Daniel ao ver o sujeito caindo, se atira por cima dos curiosos e passa voando em direção ao suicida que já vinha se aproximando do chão. Essa cena foi suficiente pra chamar a atenção de todos ali. Daniel acelerou seu vôo pra pegar o cara antes de chegar muito perto do chão, senão seria perigoso até pra ele. Faltando pouco mais de 100mt, Daniel tromba com ele no ar e o agarra com força, mas com a velocidade que o sujeito já vinha caindo, Daniel não aguentou o peso mudando a direção da queda, afinal ele não tinha tanta força assim. Enquanto os dois caíam, Daniel tentava reduzir o impacto impulsionando-se pra cima e pra frente até os dois baterem no chão. Enquanto isso, os Bombeiros e curiosos corriam na direção dos dois com celulares filmando e fotografando. A vida do suicida foi salva, mas os dois se bateram muito na queda. Os curiosos começaram a cercar o local, então Daniel levanta e tenta voar por cima deles pra sair da vista, mas com dores, mancando e sem força, perde o equilíbrio caindo por cima das motos à frente. Daniel se tornou mais centro de atração ali do que o suicida. Os bombeiros e a Polícia também vinham se aproximando junto com o povo. Daniel tenta mais um vôo. Mesmo com a perna direita batida, corre e tenta voar fazendo o teto de um carro e o muro de escadas. Levanta vôo baixo lentamente passando por cima da Avenida movimentada e toma mais um impulso na ponta do poste de energia alcançando a janela de um apartamento e se segura ali mesmo. Pessoas vão surgindo de todos os lados para ver o "homem que voa" causando muita confusão e aglomerados no local. A Polícia tenta parar Daniel dando voz de prisão, mas o povo mesmo na curiosidade o defende por ter salvo a vida do suicida e enfrentam a Polícia. Com isso, Daniel tenta mais um vôo. Pega impulso, na direção oposta da Avenida e voa até outra ponta de poste na esquina e se impulsiona para a rua a direita até a parede de outro prédio. Da parede, toma outro impulso forte e consegue subir um pouco mais seguindo sobrevoando essa rua por mais umas centenas de metros até perder altitude descendo sobre o telhado de uma grande casa. A população vinha atrás em carros, motos, bicicletas, etc. Era impressionante a cena de Daniel sobrevoando ruas, carros e postes. Não é a toa que chamou a atenção de toda a cidade. Parecia que Daniel flutuava vagarosamente a cidade suspenso por fios e cabos. Descendo sobre o telhado da grande casa, Daniel corre e toma outro forte impulso da cumeeira para o alto levantando vôo e subindo lentamente até sair da vista do povo. Dessa vez indo mais longe, Daniel sobe até o terraço de um prédio bem alto. Na verdade, Daniel queria voar pra longe, mas ainda estava em serviço e seu sumiço chamaria a atenção.
Parte da população viu Daniel descendo no terraço do prédio, então novos curiosos foram pra lá inclusive a Polícia. Mas ele começou tirou a camisa da cabeça e a que estava vestido, ficando de camiseta. Antes que o pessoal chegasse, Daniel começou a descer andar por andar observando a área e atravessando o chão até chegar próximo do térreo, então se misturou no meio do pessoal e já estava fora de perigo. Agora era só voltar ao trabalho, mas a imagem do "homem voador" só estava no início da mídia e a Polícia, Bombeiros e a população continuaram fazendo buscas por tempo imprevisível.
A Imprensa chegou a conclusão de que o homem voador moraria na cidade, pois essa foi sua segunda aparição desde o assalto ao ônibus.
Desde esse dia, a Polícia começou a divulgar avisos nos jornalismos local, para o homem voador comparecer à Delegacia da cidade apenas para registros de informações com a promessa de que não seria preso por ter prestado sua boa cidadania salvando vidas, mas Daniel não estava interessado nisso, visto que sua vida estaria em jogo se expondo dessa forma, aliás... já estava em jogo!


Biografia:
Desde criança, tenho personagens fictícios convivendo comigo em minha mente. Eu sonhava em um dia levar essa imaginação às telas de cinemas. Se isso vai acontecer ou não um dia, eu não sei, mas vô aproveitando as oportunidades pra divulgar em textos

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