Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
O OLHAR QUE FAZ A ARTE, A ARTE QUE FAZ OLHAR
Flora Fernweh

De acordo com a escritora francesa Simone de Beauvoir, é na arte que o homem se ultrapassa definitivamente. De modo análago, a arte assumiu diferentes papéis e concepções na vida das sociedades no decorrer da história, assumindo um importante valor estético em defesa do belo na arte clássica, religioso em busca da salvação eterna no século das trevas, cultural no mundo moderno em vias de movimentos de efervescência política e ideológica, e crítica na contemporaneidade instável e imprevisível, tendo em vista, a formação humana.
     A discussão acerca daquilo que pode ser considerado arte ou não, permeia séculos e sempre adquiriu o caráter polêmico da representação do mundo. Marcel Duchamp, o precursor do Ready-made e um dos artistas pertencentes à vanguarda dadaísta da anti-arte, proporcionou uma reflexão sobre os limites da interpretação artística ao expor um urinol em um ambiente erudito e tradicional. Seu ponto de vista defendia a importância dada ao contexto para que um simples objeto de caráter utilitário fosse considerado uma peça de grande valor e semiótica.
     A ideia supérflua de arte, presente no imaginário de uma parcela significativa da população, está associada unicamente com a pintura e com a escultura. Observa-se deste modo, que há uma indiferença quanto ao fazer artístico, pois a arte é livre, é um organismo vivo e dinâmico, independente, e não necessita de uma tela e uma tinta para se manifestar. A música, a dança, o teatro, o cinema e a literatura são meios de expressão intimamente ligados a ela, a publicidade cotidiana pode estar impregnada pela arte, um simples pensamento ou uma poesia lida no jornal são o suficiente para despertar o lado artístico. Crescer, aprender, amadurecer, conviver e aceitar que arte não é apenas relíquia pictórica, é fundamental para que ampliemos nossos horizontes. Arte é sinônimo de cultura, subjetividade, olhar diferenciado e partilha do sensível.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
Número de vezes que este texto foi lido: 52877


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Literatura feminina Flora Fernweh
Sonetos Ah mar (ço) Flora Fernweh
Crônicas Temor à técnica Flora Fernweh
Crônicas Bissextagem Flora Fernweh
Crônicas Textos ruins Flora Fernweh
Contos Um gato na campina Flora Fernweh
Crônicas Crônicas de Moacyr Scliar - impressões pessoais Flora Fernweh
Artigos Exílio, de Lya Luft - impressões pessoais Flora Fernweh
Poesias Confins de janeiro Flora Fernweh
Crônicas Crítica ao fluxo de consciência Flora Fernweh

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 383.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 68968 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57889 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56704 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55781 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55016 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 54891 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54827 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54792 Visitas
O TEMPO QUE MOVE A ALMA - Leonardo de Souza Dutra 54706 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54691 Visitas

Páginas: Próxima Última