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Uma ciranda no bosque
Francisco Martins Silva

Uma ciranda no bosque – (Peça de Teatro)

A peça de teatro Uma ciranda no bosque retrata as aventuras, as belezas e o verdadeiro sentido que as espécies vegetais de matas nativas, plantas e flores representam em meio à natureza, e a contribuição salutar que dão ao meio ambiente e também a nós, humanos. Retrata também a necessidade que as mesmas têm de serem cuidadas com zelo e com amor para que assim se evite a poluição, a degradação e a extinção das espécies vegetais. Traz no contexto a finalidade de dar a conhecer a identidade e o valor de algumas espécies buscando despertar por meio da exposição do bosque, a consciência e o compromisso com a preservação da natureza usando a dinâmica da ciranda como forma de união, partilha de conhecimentos e informações buscando contribuir com a cultura da paz e do amor pela natureza.



UMA CIRANDA NO BOSQUE


Gênero: drama
Personagens: 12
Por Francisco Martins Silva
Uruçuí-PIAUÍ
2017

PERSONAGENS
Iris
Narciso
Carvalho
Cedro
Acácia
Ipê
Juazeiro
Mandacaru
Cravo
Lírio
Margarida
Orquídea

ÉPOCA: Primeira metade do século XXI
LUGAR: Em um bosque em meio à natureza

PRIMEIRO ATO
[Num cenário que representa um bosque, alguns dos personagens encontram-se em círculo e cada um usando um traje que o identifique a uma planta, flor ou árvore da qual seu personagem recebe o nome e a quem esteja representando. Logo aproximam-se Narciso e Iris, embora estes dois personagens também recebam nomes de flores, entram naturalmente como pessoas humana]

CENA I
NARRADOR:
(Voz pausada e grave. Fundo musical)
– A natureza sempre e sempre nos comove. Ela é arte sagrada, criada e abençoada pelo Deus da criação. É um mosaico de florestas, matas, de verdes, muitos verdes, de flores, de solo, de águas e do ar.
Os animais, as aves e as plantas são seus filhos amados.
A exemplo de tudo isso é o que vemos de mais colorido, vivo e belo, é o bosque a quem temos o prazer de neste momento contemplá-lo.
(O narrador silencia. Pausa o fundo musical)
NARCISO:
(Surpreso e admirado).
- Veja Iris, que lindo bosque!
IRIS:
(Comovida)
- Nossa, que encanto de lugar!
CARVALHO:
(Em tom delicado e gesto acolhedor).
- Como se chama, menina? Que fazes aqui?
IRIS:
- Sou Iris, vim passear no bosque.
CARVALHO:
- Seja bem-vinda ao nosso habitat. O seu nome é Iris, nome de uma flor. Eu sou o Carvalho, uma das árvores mais antigas deste bosque. E este seu amigo, quem é ele?


NARCISO:
- Eu sou Narciso, também fui batizado com o nome de uma flor.
CEDRO:
(Envolvendo-se no diálogo).
- O Carvalho é nativo do hemisfério norte, seus frutos chamam-se bolotas ou landes, já eu, o Cedro, sou uma árvore de conífera lá das regiões mediterrâneas, necessito de luz solar e muita água, pois sem esses bens não consigo sobreviver.

IRIS:
- Nossa, estou encantada!
ACÁCIA:
(Em tom de lamento e busca de ajuda).
- A nossa Mata Atlântica e a nossa Amazônia estão sempre sendo devastadas, e eu, a Acácia, estou sendo ameaçada de extinção. Peço e imploro que cuidem de mim.
NARCISO:
- Sim, podemos cuidar. Vamos nos comprometermos com isso.
IPÊ:
- O nosso bosque deve ser preservado pra manter toda essa luz, beleza e história, e eu, o Ipê, recebo este nome por lembrar os povos indígenas que me utilizam para fazerem os arcos de flechas.
JUAZEIRO:
- E eu, o Juazeiro, que sirvo para tanta coisa boa! Sirvo para fazer geleia, sabão, alimentar o gado, pra produzir creme dental e limpar os dentes, principalmente das criancinhas, adoro ser útil.
MANDACARU:
- Eu, o Mandacaru, sou nativo do Brasil, bem do semiárido do Nordeste. Tenho resistido às grandes temperaturas. Sou adaptado a viver em ambiente de clima seco e com pouca água, mas, meus amigos aqui não; eles precisam de muita ajuda.

CARVALHO:
- É por isso que nosso bosque precisa da atenção especial de vocês.
IRIS:
- Sim, depois de todas essas informações, fiquei comovida. Esse bosque é lindo, tem muita vida aqui.
NARCISO:
- Vamos nos unirmos para zelar e proteger todos vocês e mantermos este bosque sempre vivo e sempre belo.
CARVALHO:
- Este bosque é um lugar encantado de muitas cores, fragrâncias, perfumes e flores. Tem o Cravo que além de belo e exuberante é usado como fins medicinais e na culinária, deixando comidas, lanche e doces bem mais saborosos.
CRAVO:
- Fico nos doces pra não deixar as formigas se aproximarem.
CEDRO:
- Tem os lírios, considerados os reis das flores, muitas vezes usados como buquê pelas noivas. Tem fragrância agradável.
LÍRIO:
- Minha fragrância é utilizada até como perfume pra cativar os jovens enamorados.

CARVALHO:
- Tem a Margarida, bela flor que representa a inocência, a pureza, a paz, o afeto e a bondade.
MARGARIDA:
- Sou considerada a flor das donzelas. Adoro um beijo de um beija-flor.
ORQUÍDEA:
- Eu sou a Orquídea, faço parte de uma das maiores famílias de plantas existentes. Nós apresentamos muitas e variadas formas, tamanhos e cores e estamos presentes nos continentes da Ásia, da África, da Europa e Oceania.
(Todos em ciranda, em movimento circular embalados por um fundo musical olham-se uns aos outros, sorrindo e contemplando-se uns aos outros fazem gestos de reverência à natureza e ao Deus da criação).
NARRADOR:
(Em tom pacífico e solene)
- Todos reunidos em ciranda a manifestarem emoção e alegria ouvem os discursos de amor e apelo pela natureza e pelo bosque.
CARVALHO:
(Em discurso num tom de enaltecer a existência do bosque)
- Bendito seja o nosso bosque. Amado e cultivado seja este mosaico de belezas da natureza. Que cada árvore nativa, cada planta, cada flor... seja respeitada, tratada com zelo e amor. Que todas as aves, passarinhos e beija-flores sintam-se acolhidos no aconchego deste habitat. Que as águas, o solo, o ar e todas as espécies vegetais, animais e minerais deste bosque vivam na plenitude do amor.

IRIS:
(em discurso selando o compromisso com o bosque)
- Precisamos com urgência e com dedicação cuidar deste lindo bosque; vocês aqui, todas as árvores, plantas e flores dão enorme contribuição ao meio ambiente: trazendo sombras, fragrâncias e purificando o ar. Produzindo os frutos e legumes que servem para alimentação e remédios medicinais contribuindo com a saúde e o bem-estar de todos. Por isso temos compromisso de cuidar do bosque e nunca o deixar ser destruído e nem suas espécies de plantas e árvores nativas serem ameaçadas de extinção.
TODOS:
(Todos de mãos dadas declamam um breve poema em dedicação à natureza e ao bosque)
Somos filhos da natureza,
Somos do bosque, a quem amamos com dedicação
Somos seus amigos e protetores,
Somos eternos amantes deste habitat, espaço de flores, árvores e animais,
Somos gratos por toda sua forma de vida,
Pelas árvores, pela purificação do ar e pelos frutos,
Somos admiradores de suas riquezas naturais.

(Todos fazem reverência ao público e fecham-se as cortinas)

FIM



Biografia:
Francisco Martins Silva (10 de dezembro de 1974) São Félix de Balsas – Maranhão. Reside em Uruçuí – Piauí. Professor, escritor e poeta. Compõe poemas, contos, crônicas e ensaios. É membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni – MG-Brasil, Patrono: Luiz Almeida Cruz; Membro Titular da Litteraria Academiae Lima Barreto cadeira nº 43 do Rio de Janeiro-Brasil; Membro Corresponde Imortal da Academia Luminescência Brasileira (Ciências, Letras e Artes) ALUBRA – cadeira nº 23, Araraquara – SP-Brasil, Patrono: Pio Lourenço Correa; membro correspondente da Academia de Letras e Artes de Fortaleza – ALAF – CE - Brasil, Patrona: Cora Coralina; membro da Academia Mundial de Cultura e Literatura – AMCL, cadeira nº 47, Patrono: Gonçalves Dias, Rio de Janeiro – Brasil; membro correspondente da Academia Pan Americana de Letras e Artes do Rio de Janeiro e membro do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires - Argentina. Autor do livro Um tributo à natureza pela editora Câmara Brasileira de Jovens Escritores – RJ. Autor da peça de Teatro “Uma ciranda no bosque”. Autor da peça de Teatro “A Senhora dos Livros” da coleção Cirandas para Gostar de Ler. Autor do conto “A Barca” da coleção Cirandas para Gostar de Ler. Autor da crônica “Um abraço ao Lago das Águas Claras” da coleção Cirandas para Gostar de Ler. Autor de “Cirandas Poéticas” – Poesias, da coleção Cirandas para Gostar de Ler. Recebeu a Medalha de Mérito Literário da Litteraria Academiae Lima Barreto. Rio de Janeiro. Recebeu a Láurea troféu Maestro Wilson Dias da Fonseca pela Academia de Ciências, Letras e Artes - ALUBRA – Araraquara – SP. Recebeu o troféu Evita Perón pelo Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires - Argentina. - É Embaixador pela defesa da paz mundial, direito das mulheres e pela cultura sem fronteiras pelo Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires - Argentina. - É Comendador – Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino - SBACE – São Paulo.
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