Qual flor não entra em nosso coração?
Que insensível não lhe abriria as portas?
Só o medíocre não daria a mão
A uma flor! Suas hastes já são mortas.
Quem não gosta de flor não tem paixão,
É um peso-morto com idéias tortas
Que abandona a beleza, a inspiração,
Fugindo em vendaval qual folhas mortas.
A flor é o emblema augusto da beleza,
Doce favo de mel da natureza,
Sinônimo perfeito da mulher!
É o ramalhete do tristonho luto,
É o berço encantador do belo fruto,
Doce mimo que toda musa quer.
Soneto do poeta Lucas Candelária - LUCAN, com minha miúda colaboração na primeira estrofe. Obrigada Lucan, foi uma honra me permitir te ajudar a plantar essa Maria-flor.
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