Primeiro a minha mão sobre seu seio.
Depois o beijo doce de ternura,
Depois a mão roçando na cintura,
Enfim, a invasão do que é alheio.
Além do alheamento há o passeio
De quatro mãos da mesma criatura.
Dois prazeres num só, uma só loucura
Ao rito do amor em grande anseio...
Mas ao descer do céu, já consumado,
Deitamos bem juntinhos, lado a lado,
E abraçados pegamos no sono.
Retorno ao nosso céu real e lindo:
Sinto seu seio em minha mão dormindo,
E o corpo exausto em doce abandono.
*Autor Laerte Tavares
- Silo Lírico
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