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Sob O Olhar Da Lua - Capítulo 2
Débora Costa

Capítulo 2
Cena 1

São Paulo
Casa de Abner
Quarto de Abner
ABNER: (olhando Karen, emocionado) Karen... Quanto tempo, senti tanto a sua falta.
KAREN: (se aproxima de Abner o olha) Sentiu falta do que? De me enganar? Ou de ter uma idiota sempre a sua espera.
ABNER: Por favor, Karen... Já te pedi perdão muitas vezes... Me arrependi de tudo que fiz.
KAREN: (se senta na poltrona) Eu não te perdoei antes, não farei isso hoje e nem nunca.
ABNER: Você tem todo direito... Mas peço que me de outra chance... Eu te amo.
KAREN: (sorri) Não, você não me ama você ama a si próprio.
ABNER: Te amo sim, eu posso ter errado, mas sei o que sinto.
KAREN: Você esta se sentindo sozinho, por isso se lembra de mim.
ABNER: Não, sempre me lembro de você, pode perguntar á Julio, quando você embora te procurei feito louco!
KAREN: Olha não estou aqui para ficar remoendo o passado, vim porque Julio me pediu.
ABNER: (segura a mão de Karen, a olha) Estar com você... É tão bom meu amor.
KAREN: (puxa a mão se levanta um pouco nervosa) Não me toque! Não me chama de meu amor!... Você... Só sabe mentir e enganar.
ABNER: Volta pra casa Karen, eu mudei.
KAREN: (da risada) Abner você esta louco? Já se passaram anos, eu me casei novamente, tenho duas filhas e fiquei viúva, o tempo não para, ele passa e o nosso já foi.
ABNER: Volta... Você pode trazer suas filhas.
KAREN: Eu vim te ver, já vi agora vou embora. (vai saindo).
ABNER: (tenta se levantar) Não vá, por favor! (cai da cadeira)
KAREN: (se aproxima de Abner preocupada) Você esta bem? Vou chamar Julio.
ABNER: (segura o braço de Karen, a olha) Estou bem, não se preocupe...
KAREN: (olhando Abner) Não vou conseguir te levantar sozinha...
ABNER: (olha Karen, as lagrimas escorrem) Acredita em mim... Te amo.
KAREN: (O olha muito).
Cena 2
Rio de Janeiro...
Hotel Montenegro
GUSTAVO: (entra correndo atrás de Carolina, a segura pelo braço) Carolina! Por favor, me ouve!
CAROLINA: (chorando) Pra que? Você já não riu o suficiente?
GUSTAVO: A Aline é louca! Acredita em mim porque é verdade! Eu era namorado dela sim, era, mas terminei com ela porque ela tem esse jeito, louca de ser! Eu não sinto nada por ela.
CAROLINA: (enxuga as lágrimas, olha Gustavo) Isso de aposta... Não existe mesmo?
GUSTAVO: Claro que não, se você quiser pode falar com Murilo, ele é irmão de Aline mas é o oposto dela, ele pode te falar se você não acredita em mim, isso tudo que ela falou é invenção... Tudo que fiz com você foi especial Carolina... O que sinto por você... Nunca senti por ninguém.
CAROLINA: (olha Gustavo) Eu acho melhor... Não falar mais com você... Vai ser melhor pra mim... Não sofrer entende... Por favor, não vem atrás de mim. (entra no elevador).
GUSTAVO: (fecha os olhos, triste) Droga! Eu vou matar a Aline! (fica com vontade de chorar).
Cena 3
São Paulo...
Casa de Caetano
Quarto de Caetano
CAETANO: (está se arrumando, o celular dele toca, atende): Alô.
ANGÉLICA: Como vai meu irmão postiço? (sorri)
CAETANO: (sorri) Angélica... Vou muito bem e você?
ANGÉLICA: Ótima, senti sua falta sabia você nunca mais veio aqui em casa.
CAETANO: Eu tenho tido muitos compromissos anjo, e a mamãe?
ANGÉLICA: Foi pra falar dela que te liguei.
CAETANO: Aconteceu alguma coisa?
ANGÉLICA: Sabe o seu titio Júlio, ele veio aqui em casa e pediu para a mamãe visitar o Abner.
CAETANO: Claro que ela recusou.
ANGÉLICA: Ela aceitou e essa hora deve estar tomando chazinho com o velho.
CAETANO: (fica nervoso) Eu não acredito!
ANGÉLICA: Calma Caetano, te avisei porque sei que esse homem só causa mal a ela.
CAETANO: Obrigado. (desliga o celular, joga longe) Droga! Maldito! Eu não vou deixar você se recuperar! Não vou! (pega o palito, sai de seu quarto).

Cena 4
Casa de Abner
Quarto de Abner
ABNER: (caído no chão olhando Karen)
KAREN: (se levanta) Vou chamar Julio...
ABNER: (fecha os olhos)
KAREN: (sai do quarto uns instantes, volta com Julio).
JULIO: Abner, você não pode se levantar! Nem deve tentar! (levanta Abner, o arruma na cadeira).
ABNER: Me deixa a sós com Karen.
JULIO: Obrigado seria a palavra correta.
KAREN: Eu já estou de saída.
ABNER: Por favor... Fica... Me deixa ficar mais um pouco com você...
JULIO: (olha Karen pedindo que fique)
KAREN: Está bem, só mais uns minutos, e me traga Martini, só assim para aturar esse velho.
JULIO: (sorri) Vou trazer. (sai).
KAREN: (se senta na cama, olha em volta) Você sabe... Quantas noites eu passei sozinha aqui... Quantas vezes me preocupei porque você estava demorando... E quando você chegava... Era bêbado, com cheiro de perfume barato de alguma prostituta mais barata ainda.
ABNER: (fecha os olhos) Eu sei que errei muito com você... Eu te amo Karen, mesmo errando assim com você, eu me casei com você por que te amo!
KAREN: Eu só errei uma vez Abner... Quando disse sim á você.
ABNER: (se aproxima de Karen, segura a mão dela) Eu amo você.
KAREN: Você não sabe dizer outra coisa?
ABNER: Não quero dizer outra coisa, quero que você sinta meu amor.
KAREN: Já senti... Por isso me casei com você, porque te amava e porque você me amava... Mas também senti dor... Muita dor Abner... Fui humilhada de todas as formas por você... Ate que não suportei mais... (as lágrimas escorrem) Você não faz ideia... Do que fiz por te odiar... Mas não vem ao caso agora...
ABNER: Você esta aqui porque também me ama.
KAREN: (da risada) Estou aqui porque Julio me pediu, aliás ele implorou, e ele sim é uma pessoa que merece favores, vim por ele e não por você.
ABNER: (acaricia o rosto de Karen, a olha muito) Me perdoa... Por favor...
KAREN: Tira a mão de mim...
ABNER: (beija Karen)
Cena 5
Casa dos Maldonado
(Celine e Ramon estão na sala)
CELINE: Ramon precisamos resolver nossa situação! Você já falou com o Caetano?
RAMON: Não quero pedir nada a ele Celine, Caetano é um homem que só ajuda se tiver algo em troca e nós não temos nada que interesse a ele.
CELINE: (O celular dela toca atende): Alô... Aline! (sorri) Como vai querida?
ALINE: Muito Mal Celine... Sabe onde estou? No Rio de Janeiro, vim atrás de Gustavo.
CELINE: Mas isso é bom querida, você já o encontrou?
ALINE: Já... E não é nada bom... Ele está com outra mulher... (sorri maldosa, faz voz de tristeza) Não sei o que farei sem ele Celine.
CELINE: Calma querida e me explica... Que outra mulher?
ALINE: Eu vi Gustavo se agarrando com uma fulaninha Celine... Uma empregadinha do hotel.
CELINE: (se levanta do sofá brava) O que!
ALINE: (sorri com a reação de Celine)
CELINE: Você deve estar enganada.
ALINE: Antes fosse... Mas ele disse que a ama e que quer ficar com ela.
CELINE: Não se preocupe querida, amanhã irei até ai resolver tudo.
ALINE: Obrigada Celine, sabia que poderia contar com você... Até amanhã. (desliga, da risada) Gustavo se prepara... Você vai voltar pra mim.
RAMON: O que aconteceu?
CELINE: Creio ter algo que possa agradar Caetano e a nós também... O casamento de Aline e Gustavo.
RAMON: Gustavo não quer saber de Aline.
CELINE: Mas quer saber de uma garota que não deve ter onde cair morta! Aline me disse que viu ele se agarrando com uma empregada do hotel, que ele quer ficar com ela.
RAMON: Ele ficou louco?
CELINE: Se ficou, amanha mesmo dou um jeito nisso.
Cena 6
Casa de Cecília
(Cecília e Gabriela estão sentadas na sala).
CECILIA: Eu não sei o que poderia ter acontecido se eu não chegasse em tempo...
GABRIELA: Mamãe você acha mesmo que Caetano faria algum mal ao Murilo?... É filho dele.
CECILIA: Você não conhece Caetano querida, ele é um homem frio... Mexer com ele pode ser perigoso.
GABRIELA: Mamãe... Porque vocês se separaram?
CECILIA: Por que ele me traiu... Ele ainda está com a tal Olivia... Com certeza ele deveria me trair antes dela, mas eu estava tão apaixonada que nem notei...
GABRIELA: E porque Murilo e Aline ficaram com ele?
CECILIA: Aline é a princesa de Caetano, você já deve ter notado... Infelizmente ela é igual ao pai, em tudo, ela quis ficar com ele e Murilo ficou porque ela pediu eu deixei... Caetano é um bom pai apesar de tudo, mas depois do que eu vi, quero meu filho aqui comigo.
(a campainha toca)
GABRIELA: Vou ver quem é. (se levanta, vai abrir a porta, é Rodrigo, Gabriela sorri). Oi Rodrigo! Tudo bem?
RODRIGO: (sorri) Melhor agora, estava com saudades de você. (entra, olha Cecília) Oi tia.
CECILIA: Oi Rodrigo... Você não errou de casa não, a Aline não mora aqui.
RODRIGO: Eu acertei tia, vim convidar a Gabriela para ir ao cinema comigo.
GABRIELA: (fica feliz) Claro! Eu não demoro, vou me arrumar. (sobe as escadas).
CECILIA: Rodrigo... Você não gosta de Gabriela e sim de Aline, não faça a minha filha de boba.
RODRIGO: Tia, gosto da Gabriela, afinal somos primos, é isso e nada mais.
CECILIA: Se é como primo que você veio está certo, mas se for para enganar minha filha você vai se ver comigo.
Cena 7
Casa de Caetano
Quarto de Murilo
(Murilo está em frente ao computador lendo seus e-mails, vê um de Gustavo que está com o assunto “A Mulher da minha vida”, ele abre o e-mail, vê as fotos que o amigo mandou de Carolina, olha as fotos achando ela linda).
MURILO: Você tem sorte Gustavo... Ela é linda.
Cena 8
Casa de Abner
Quarto de Abner
(Karen empurra Abner começa andar de um lado para o outro, nervosa)
KAREN: Nunca mais faça isso! Você me ouviu?
ABNER: Calma Karen... Eu não resisti.
KAREN: (em tom alto) Pois deveria! Eu tenho nojo de você!
CAETANO: (entra no quarto) Eu sempre soube que o encontro com meu titio não te faria bem Karen
ABNER: Como você entrou aqui?
CAETANO: Pela porta... Vamos mamãe, esse lugar não te faz bem.
ABNER: Karen não é sua mãe! E o que não faz bem a ela é sua Companhia!
KAREN: Eu já estava de saída querido, vamos.
CAETANO: Fico feliz em te ver bem titio.
ABNER: Vá embora daqui!
CAETANO: Já estou indo (sorri), e Karen vai comigo.
KAREN: (olha Abner com desprezo) Você não muda nunca, odeio você, ouviu bem, te odeio. (sai).
CAETANO: (sorri) Melhoras titio.
ABNER: Pode rir sobrinho, porque quando eu sair dessa cadeira e retomar meu lugar no hotel, você não terá motivos para sorrir.
CAETANO: (fica sério, vai atrás de Karen).
ABNER: Eu tenho que melhorar... Eu sei que ela me ama... Eu senti isso.
JULIO: (entra).
ABNER: Julio... Pode chamar a babá e o melhor ortopedista que o dinheiro pode trazer, eu preciso sair dessa maldita cadeira, recuperar meu lugar no hotel e trazer Karen de volta a essa casa.
JULIO: (sorri) Farei isso amanhã mesmo.
Cena 9
Noite
Rio de Janeiro
Praia
(Carolina está na praia sentada na areia olhando a lua, pensativa).
GUSTAVO: (se senta ao lado de Carolina) É... Realmente esse namoro da lua e do mar é muito bonito.
CAROLINA: (o olha sorri) Por que você esta aqui?
GUSTAVO: Porque nós combinamos (sorri), e eu nunca deixaria de vir.
CAROLINA: Sim, mas...
GUSTAVO: Mas nada Carolina... (segura à mão dela) Não deixa Aline estragar tudo... Ela é uma pedra no meu caminho.
CAROLINA: Ela deve gostar muito e você.
GUSTAVO: Se gosta não me importa, o que me importa é você.
CAROLINA: (sorri) Sabe... Eu estava pensando... Nunca senti nada assim por ninguém e tão de repente...
GUSTAVO: (fica feliz) Então você vai namorar comigo?
CAROLINA: (da risada) Isso é um pedido?
GUSTAVO: Agora é... Você aceita namorar comigo?
CAROLINA: (sorri)... Aceito, eu aceito, namorar com você Gustavo.
GUSTAVO: (sorri) Eu te amo. (beija Carolina)
CAROLINA: (beija Gustavo, o olha sorri) Como vou fazer pra levar isso adiante não sei... Mas vou me arriscar.
GUSTAVO: Eu sei você vai embora comigo pra São Paulo, está decidido.
CAROLINA: (da risada) Eu acho que você tem um parafuso a menos hein, você tem certeza disso?
GUSTAVO: Absoluta. (sorri) Agora... Vamos parar de falar no futuro e vamos voltar nos beijos.
CAROLINA: (sorri) Como você quiser... (beija Gustavo).
Cena 10
São Paulo
Em uma casa noturna
(Rodrigo e Gabriela estão dançando)
GABRIELA: Eu estou adorando esse lugar!
RODRIGO: Eu também gosto daqui, sempre trago sua irmã.
GABRIELA: (para de dançar, olha Rodrigo) Traz é...
RODRIGO: Sim, ela gosta daqui.
GABRIELA: (vai se sentar, chateada).
RODRIGO: (vai até Gabriela) O que aconteceu?
GABRIELA: Aline... Isso que aconteceu... Você só me trouxe aqui porque ela não está.
RODRIGO: (acaricia o rosto de Gabriela) Uma coisa não tem nada com a outra Gaby... Aline já me interessou sim, mas isso é passado... Eu gosto dela como prima.
GABRIELA: Mesmo?
RODRIGO: (faz que sim com a cabeça) Te trouxe aqui... Porque... Estou gostando de você.
GABRIELA: (sorri) Eu... sempre gostei de você e... Nunca te falei porque você nunca me notou.
RODRIGO: (sorri) Ai que você se engana... Como não notar uma mulher tão linda como você... Por dentro e por fora... Gaby... Estou apaixonado por você... (beija Gabriela).
Cena 11
Casa de Caetano
(Karen e Caetano estão na sala)
CAETANO: Eu te disse para nunca mais falar com esse homem mamãe... Não sei porque você foi La.
KAREN: Fui porque Julio me pediu... Você está certo, não deveria ter ido... Tenho muito ódio dele...
CAETANO: Isso me deixa feliz, você deve odia-lo.
KAREN: Eu já vou querido, obrigada por tudo.
CAETANO: Eu te levo.
KAREN: Não precisa eu pego um taxi. (beija o rosto de Caetano), e você juízo hein (sorri) Sei muito bem que daqui a pouco você vai ver aquela dançarina de boate.
CAETANO: (sorri) Sei o que faço mamãe.
KAREN: Não sabe não, se você quer mesmo ser bem visto no hotel e tomar o lugar de Abner, não pode ter uma mulher desse tipo como namorada.
CAETANO: Ninguém tem nada com a minha vida.
KAREN: Ai que você se engana querido, um homem de poder não pode ser visto com uma mulher qualquer... Pense nisso. (beija o rosto dele novamente) Te amo.
CAETANO: (sorri) Eu também.
KAREN: (sai)
CAETANO: (pega o celular, liga para Olivia) Minha delicia (sorri) Estou chegando ai, pede para reservar aquele lugar que eu amo.
Cena 12
Na Rua
KAREN: (está esperando um taxi, lembra de Abner a beijando, fecha os olhos)... Desgraçado!... Maldito... (o taxi para, Karen entra e manda seguir para a casa de Abner).
Cena 13
Rio de Janeiro
(Carolina e Gustavo estão caminhando de mãos dadas, param em frente á uma casa, entram).
CAROLINA: É aqui que eu moro.
GUSTAVO: Você mora aqui sozinha?
CAROLINA: Sim, desde que minha mãe morreu... Você quer alguma coisa?
GUSTAVO: (sorri, a abraça pela cintura) Você... (a beija)
CAROLINA: (beija Gustavo, o olha sorri) Isso você já tem.
GUSTAVO: (feliz) Tenho!
CAROLINA: Tem, mas você tem que dizer isso a Aline.
GUSTAVO: Por favor, nem fala esse nome, vai que ela apareça. (da risada, beija Carolina, com intensidade).
CAROLINA: (beija Gustavo, para, fica sem graça)... Eu vou pegar alguma coisa...
GUSTAVO: O que foi?... (a olha com Carinho, segura a mão dela).
CAROLINA: É que... Eu... Nunca estive com um homem...
GUSTAVO: (a olha) Você é... Virgem?
CAROLINA: (faz que sim, sorri sem graça).
GUSTAVO: (acaricia o rosto dela) Eu não farei nada que você não queira.
CAROLINA: (o olha muito) Sempre imaginei como seria... E como seria o homem certo...
GUSTAVO: E eu me encaixo nesse homem certo?
CAROLINA: (da risada)... Será? Eu acho que sim... Meu amor.
GUSTAVO: (sorri) Diz isso de novo.
CAROLINA: (sorri) Meu amor.
GUSTAVO: (beija Carolina, a abraça, a olha) Te amo Carolina.
CAROLINA: Eu também te amo. (sorri)
GUSTAVO: (a olha muito, a beija).
CAROLINA: (beija Gustavo se deixando levar).
GUSTAVO: (beijando Carolina a deita no sofá, a olha muito, sorri a beija).
Cena 14
São Paulo
Casa de Abner
Quarto de Abner
(Karen entra)
ABNER: Quando me disseram que você voltou eu não acreditei.
KAREN: Eu vim por que tenho que te contar algo.
ABNER: Pode falar.
KAREN: Você se lembra de quando foi atrás de mim na viagem que fiz com meu marido?
ABNER: Não fala meu marido porque o cara felizmente já morreu e sim eu me lembro... (sorri) como se fosse ontem.
KAREN: É, mas não foi ontem, foi há 20 anos... Eu já tinha as minhas filhas... Nessa época meu marido e eu não estávamos nos dando bem... Daí você foi atrás de mim... Acabamos ficando juntos...
ABNER: E quando eu acordei... Estava sozinho naquele quarto de hotel... E um maldito bilhete seu... Falando que não tinha mais jeito, que você tinha muita magoa e ódio de mim.
KAREN: Tinha não, eu tenho... Enfim... Alguns dias se passaram e eu comecei a me sentir mal... Fui ao médico... E descobri que estava grávida.
ABNER: (a olha muito) Grávida...
KAREN: Sim, grávida e de você.
ABNER: (as lagrimas escorrem, a olhando) Você nunca me falou nada... O que aconteceu com meu filho?
KAREN: Filha... Eu pensei em tirar o bebê, achei que não suportaria levar adiante... Mas não fiz... Levei a gravidez até o fim... Mas... (as lagrimas escorrem) Não consegui... Levar ela comigo... Olhava pra ela e... Me lembrava de você! De tudo que você me fez...
ABNER: (chorando nervoso) Karen! O que você fez?
KAREN: (o olha séria e fria) Eu abandonei sua filha no hospital.
ABNER: (fica chocado)


Biografia:
Escrevo roteiro desde 2000, amo escrever e saber que alguém está gostando do que eu faço.
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