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FLORES DE FERRO 3 IND 12 ANOS
DE PAULO FOG
ricardo fogaça

Resumo:
BOM



                               3






               Alice olha para Camille que lhe estende a mão.
    - O que quer?
    - Oras também posso e devo participar desse cerimonial de queima ou não.
    - Isso não é um cerimonial de queima e sim nosso adeus aos que foram lutando.
    - Sei de tudo isso, não é por que vivemos nos subterrâneos que não temos cultura, sabes muito bem disso, afinal ja foste uma de nós.
    - Fale logo de uma vez, o que quer?
    - Podemos falar a sós?
    Camille se aproxima de Alice, logo a rainha é rodeada por soldados.
    - O que é isso Alice, vamos conversar, oras somos quase irmãs, não se esqueça de seu passado, nem tão passado assim.
    - Tudo bem.
    Alice faz sinal para que os soldados abram espaço porém eles se mantém alertas.
    - Diga.
    - Quero que me permita fazer uso de parte de suas planices.
    - Para quê?
    - As minas de Geul.
    - Esta louca, aquele lugar esta por ruir.
    - Acho que não.
    - O que diz?
    - A sua rainha louca que tanto fez e vocês nunca a dominaram, agora se diz a dona daquilo tudo.
    - Débora é problema meu, fique longe disso.
    - Bem, como não fui convidada e nem minhas irmãs do além oeste e leste também não foram, acho que vou ficaqr por aqui, quero presenciar este ritual.
    - Se quer assim que fique, só não vou tolerar suas graças e desrespeito para nosso povo e nossos convidados.
    - Fala isso para ti mesma.
    O mago reinicia os ritos com as sacerdotisas queimando velas e derramando pétalas de rosas aos pés das pilhas de lenhas, o céu escurece e todos estranham aquilo, logo o lugar é tomado por bruxas em suas vassouras.
    - Mais isso.
    Alice, Margarida, Regina olham com raiva para Camille que bebe vinho e come frango assado ali.
    - O que significa isso?
    - Não te disse, deve ter medo é de suas atitudes, melhor é apreciar o que vai acontecer por aqui.
    - Cadela.
    Alice avança em Camille que é protegida por 6 bruxas, Regina e Margarida são contidas ali por outras bruxas, os soldados arqueiam suas flechas e espadas são levantadas, tudo a espera do sinal de Alice.
    Caravelas voadoras surgem das nuvens e logo Marisa e Telma, as rainhas do além oeste e leste ali frente as outras.
    - Minha nossa, fizeram uma grande festa para quê, queimar mortos.
    - Você não sabe o que diz, vão embora.
    - Por que Alice, na verdade você odeia a todos eles, só esta a fazer uma grande cena de bondade e ação heróica.
    - Mostro meu respeito, só isso.
    Marisa desfila ali um azul cintilante no vestido grudado ao corpo cuja a gola ultrapassa o coque de seus cabelos.
    Telma num tecido preto com renda em pedrarias de mesma cor a esconder sua nudez por baixo.
    Alice vai até elas mais sente um peso no ar, a atmosfera ali enegrece a todos.
    De repente em meio a uma névoa densa, surge Ezador, o feitiçeiro de Saliz.
    - Céus, o que virou isso.
    Margarida que tem forte pendências contra Ezador, ordena aos seus soldados que o rodeia, um só rito deste e as fileiras de soldados são incinerados.
    Alice vê o pânico tomar conta de todos ali.
    Yan vem até a mãe, Alice grita para que o filho retorne quando não dá mais, uma bruxa tem o garoto preso em mãos.
    - Solte meu filho.
    Ezador olha com ódio para a rainha.
    - Nos dê, aquilo é nosso por direito.
    - As minas estão desativadas não produz mais nada.
    Camille entra.
    - Isso é problema nosso, só nos dê.
    - O que vocês irão fazer com Débora?
    - Problema nosso também.
    Alice ali envolvida em tamanha tensão acaba por ceder e seu filho é solto.
    Margarida e Regina tentam contra Ezador que somente move as mãos para cima e rodeia dazendo as rainhas serem arremessadas ao longe, Camille dá sinal as bruxas que circundam as rainhas prontas para fazerem seus feitiços.
    - Pare com isso Camille, não ganha nada com isso.
    - Só nos dê o que é nosso, só isso o que queremos.
    Um cerco de soldados rodeiam a Camille porém Ezador profere um rito e logo aqueles soldados são queimados criando um terror ali, corpos a correr em chamas.
    Alice fica aos gritos com aquilo e decide por ceder a Camille, nisso o céu se escurece novamente, as bruxas lançam fogos, Camille grita em outra língua e tudo é cessado.
    - Já temos o que viemos buscar.
    Yan é solto e logo elas vão embora, Alice faz sinal aos soldados que vão até as rainhas que foram lançadas aos blocos de pedras do santuário de luz, sendo colocadas em redes, são trazidas ali até Alice, o povo chora pelo que acontecera ali.
    As bruxas circundam as pilhas e logo realizam seu ato bruxesco, todas as pilhas são incendiadas ali, crinando mais alvoroço e gritos de pavor, as sacerdotisas que ainda estavam em ritos ali são queimadas vivas, nisso as bruxas somem no ar.
    Os convidados vão embora, Crisfri sai de uma tenda onde fora escondido para sua proteção, devido ao fato de ter feito o rito cerimonial ele perdera boa parte de suas energias mágicas com aquilo.






               Seis horas depois já quase ao anoitecer, é apagado os últimos resquicios de fogo.
      As rainhas Margarida, Regina prestam auxilio para Alice, as guerreiras de Regina realizam poções de curas aprendidas em incursões as matas selvagens de kaliz.
      Um cavaleiro vem a galopes rápidos até elas.
      O rapaz desce tirando o capuz de couro de cabrito.
      - O que houve?
      - Minha rainha, trago péssimas noticias.
      Alice se aproxima do rapaz e ao ouvir o que ele diz o golpeia num só de adága, o rapaz cai ao chão se debatendo, Crisfri vem a ele e após um mantra lhe joga areia branca pelo corpo, este falece.
      Já é tarde da noite quando os portões da ala sul são abertos de sopetão, ali entram alguns soldados trazendo ali deitado em esteira forrada num manto vermelho, Alex, o quarto cavaleiro fora atingido na volta próxima de Erasmod.
      - Quem fez isso a ele?
      - Não vimos senhora.
      - Querem ter o mesmo destino que o mensageiro.
      O corpo do rapaz que deu a triste noticia ficara ali inerte em cima de 2 tábuas bem na entrada principal da cidadela.
      - Um de vocês devem ter visto algo.
      - Não senhora.
      A mulher sai dali aos berros, logo as serventes vem até Alex indicando o quarto onde o cavaleiro será tratado com ervas e magia, Crisfri prepara tudo para assumir o tratamento deste importante menbro da cavalaria.
      Alex é tratado a ervas e poções, Regina deixara 2 guerreiras de primeira linha para auxiliar o mago.
      Alice tenta participar da ceia da noite porém não consegue, a comida lhe tranca a garganta e quando engole logo sente vontade de repelir esta.
      A rainha segue para seu quarto onde se desfaz das vestes e segue nua para uma tina com água quente, onde toma um bom banho aromatizante com ervas relaxantes, pedras e pétalas de rosas, logo 3 camareiras entram e secam seu corpo e traz um vestido simples branco para uso de peça íntima, ela o veste e quando segue para sua enorme cama feita em carvalho com cabeçeira a relatar tempos passados de reinos já extintos, ouve uma voz que traz alegria aos seus ouvidos.
      - Mamãe.
      - Yan.
      - Posso ficar aqui com você?
      - Só um pouco.
      - Tudo bem.
      Era sempre assim, o garoto vinha e lhe pedia para ficar ali com a mãe, sempre que Alice fosse dormir só ela aceitava o filho que por muitas vezes, acabava por dormir ali.
      Algumas vezes porém, quando já alta pela bebida, tendo dores de cabeça ou a companhia de algum soldado ou fidalgo, Alex, ai ela fazia o garoto retornar para seu quarto.
      Eles brincam ali com pedras polidas nas mãos de servos de cerâmica artesanal, jogam um jogo bem popular entre a realeza chamado Turor.
      Yan ganha dela por 3 vezes seguidas, sendo assim o filho tem o direito a um pedido, Alice sabe bem o qual.
      - Posso dormir aqui com você nesta cama, grandona?
      - Bem deixe-me ver, acho, simmmmmmmmmm.   Abraços e beijos com gritos eufóricos são ouvidos pelos corredores, as camareiras trazem mais lençóis e um novo pijama para Yan.
      - Vou ter que vestir isso?
      - Só para alegra-las.
      - Tudo bem.
      O garoto pega o pijama e corre para trás o vestiário, nisso ouve-se o sinete e uma serva lhe traz um bilhete.
      - Meu Deus, isso nunca acaba.
      Alice pega o papel e ao ler, pede com urgência cavalos e soldados de urgência.
      Yan sai vestido de pijama, porém Alice já esta a vestir uma armadura em prata com detalhes em ouro branco.
      - O que houve mãe?
      - Corra, coloque seu colete e venha comigo.
      - Tá bom.
      Logo ela e o filho cavalgam rumo a beira planice.
      Todo povoado que planta e cria para o castelo fora tomado por fogo, velhos e crianças correm sem saber para onde, enquanto jovens e adultos jogam água no intuito de salvar alguma coisa.
      - Deuses de Luz. Alice desce do cavalo, Yan também, eles olham aquela imensidão de pastagens, criações, plantações de milho, trigo, arroz, pimentas, legumes, verduras, tudo se acabando em fogo.


                                      09062020...........


Biografia:
amo ler e muito mais escrever, sou assim
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Crônicas EITA MINHA AMADA DEMOCRACIA ricardo fogaça

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