- Só dizer, o que foi?
- Na verdade, eu ja sou daqui, bem não daqui dessa cidade mais da região entende?
- Nossa que legal, afinal você fala muito bem o nosso português.
- Sim, só que minha família, eu não os vejo há uns dez anos.
- Meu Deus, quanto tempo.
- Sim.
- Você quer que eu vá contigo?
- Iria comigo?
- Lógico, só me avise antes para quê eu arrume alguém para me cobrir na clinica.
- Sim, te avisarei, obrigada.
- Oras, te vejo já como uma irmã, uma irmã que não tive.
- Nossa, também te vejo assim. Abraço, elas seguem para fora, Mônica agora com um sorriso nos lábios, logo Adrian a olha e se torna sério.
Momentos depois ela vai para a cozinha pegar cerveja e refri e ele a segue.
- O que falou com a Pri?
- Nada, só coisas de mulher.
- Te conheço, o necessário para saber que ai não há nada de feminilidade.
- Que bom que apuraste teu lado observador espero que o use muito bem em breve.
- O que diz?
- Quer saber, ela será minha companhia.
- Para quê?
- Não acha que quer saber demais, afinal de contas foi você que praticamente me pôs naquele voo para cá.
- Bem as circuntâncias me obrigaram, entende.
- Sei, e que circiunstâncias hein, sabe, acho que seria legal ter um papo com a Pri sobre algumas coisas e tenho certeza, ela não sabe.
- Nem tente.
- Já chega. Mônica o golpeia na barriga e logo sai dele lhe dando outro golpe no peito.
- Oi, a cerveja esta demorando, o que esta acontecendo hein amores.
Sandra entra ali e nem percebe o que acabara de acontecer, Mônica em sorriso sai com ela levando as bebidas.
- Me desculpe sogra, culpado do seu filho que fica me agarrando, acha.
- Este rapaz esta mesmo se mostrando um outro cara, bem mudado. Ambas riem indo para o pátio.
16
Kauê termina o serviço em um carro em auxílio a outro mecânico, quando 2 rapazes e 1 moça entram na oficina, Samuel deixa o seu serviço e faz sinal para eles que o seguem aos fundos dali, Odilon vai a janela e vê o momento, Samuel olha para cima e entende o sinal do homem.
Kauê vai para o banheiro e segue depois para o tanque onde lavam as peças, inicia a limpeza de uma e abre um pouco a janela que dá acesso onde estão o grupo, ele tenta ouvir o que estão dizendo, ouve muito pouco devido a eles estarem um tanto afastados e falando bem baixo, mais ele
vê Samuel entregar uma sacola de shopping para a moça que olha e confere rapidamente, logo a mesma lhe entrega 2 maços de dinheiro.
- Algum problema com as peças, Kauê?
Ali atrás dele esta seu patrão, seu Odilon.
- Não senhor.
- Vem comigo.
- Sim.
O rapaz segue o chefe até o escritório e logo saem indo até o veiculo, onde Odilon lhe pede para que faça alguns reparos urgentes.
- Tudo bem senhor.
- O proprietário vem depois do almoço buscar.
- Tudo bem senhor. Logo passam ali por eles o pessoal e Samuel.
- Olá seu Odilon, ja esta pronta a camionete de meu tio?
- Não, só a tarde.
- Que pena, não vamos poder esperar, fica assim, depois eu mando outra pessoa vir busca-la.
- Tudo bem, só me ligue antes, daquele jeito, tá?
- Certinho seu Odilon, tchau.
- Tchau. Ao sair a moça olha para Kauê e lhe sorri.
- Vamos rapaz, quero isso pronto.
- Sim senhor. Kauê inicia os reparos no auto enquanto Odilon faz sinal para que Samuel vá para o escritório e assim segue.
- Preste atenção neste garoto, não quero problemas, afinal é da sua família.
- Fique tranquilo, vou conversar com ver o que ele acha que sabe, qualquer coisa dou um jeito.
- Esta louco ou algo assim, não quero mortes em minhas costas, ouviu bem.
- Tá louco chefe, não é disso que estou a falar, só dar uns gritos nele e pronto.
- Olha lá veja bem o que vai fazer.
- Pode deixar comigo.
- Agora vai, quero a maioria desses carros fora daqui até amanhã.
- Sim chefe, e ai cervejinha mais tarde?
- Tá, só não posso demorar muito.
- Beleza, chefe, fui.
09112018......................................
17
Em um restaurante, Larissa bebe um drink enquanto aguarda alguém, logo chega sua companhia.
- Oi Lari.
- Oi Marisa.
- E então, gostou do cara?
- Perfeito, muito profissional.
- Nossa, sua pele esta um escândalo.
- Obrigada, ouvir isso me faz querer continuar.
- Não me diga que estava pensando em....
- Primeiro ele, depois ela.
- Vai, me diz o que descobriu?
- As fotos falam por si só. Larissa coloca na mesa algumas fotos, todas de Diogo com Priscila.
- Amiga.
- O pior, já conheço a safada, me fez comer o pão do maligno no passado.
- Como?
- Essa vagabunda é a responsável por eu não ter filhos.
- O quê?
- Vou te contar tudo.
- Mais antes e aquilo, que eu lhe pedi.
- Sim, do jeito que pensava, elas são meio que parentes, já que o pai da tal Pietra é marido da mãe da cachorra.
- Agora sim, vou ajir.
- OLhe Marisa, seria melhor se nós unirmos forças.
- Também acho.
- Já tenho um plano.
- Só estou de ouvidos.
Marisa faz sinal ao garçom que vem para recolher o pedido.
- Ai, estou morta de fome amiga.
- Pode pedir, eu vou de refri mesmo. Pedido feito elas retornam ao plano.
No motel, Pri ali sendo beijada por Diogo em cada canto de seu corpo, logo a banheira é ligada e ela é levada no colo até esta, ali acontece o sexo com direito a bis.
- Nossa não me canso disso, com você jamais.
- Mentiroso.
- Só tenho olhos para você.
- Pare com isso, sabemos que esta assim por que de certa forma é uma novidade, aventura, logo se cansará e ai se jogará nos braços de uma outra.
- Eu?
- Sim.
Pri sai dali e começa a secar seu corpo, Diogo a olha e sai abraçando-a.
- Bem, ja é hora de irmos, hoje nem almoço eu não tive.
- Quer almoçar comigo?
- Jamais, tenho emprego, a clinica, a recepção, esqueceu?
- Falte hoje.
- Não, não posso, já vou ter de arrumar alguém para me cobrir um dia desses, já que me comprometi a ir com a Mônica até a cidade dos pais dela.
- Vou junto.
- Jamais, ela não quer ninguém á par do assunto, entendeu?
- Estranho hein.
- Também acho, mais fazer o quê, dei minha palavra.
- Como sempre, correta nos compromissos.
- Nem todos.
- Esqueça aquilo, por favor.
- Não foi só aquilo, Diogo, sabe, pagaremos por tantos que fizemos.
- Eu paguei e você também.
- Vai.
- É sério, olhe, só o tempo em que ficamos longe um do outro, não conta?
- Vai Diogo.
- Tudo bem.
Diogo para o carro próximo a clinica, ela desce e lhe dá um beijo timido, segue para a clinica, ele para o hospital.
O almoço termina ali com as amigas aos cumprimentos finais.
- Você me liga?
- Lógico, assim que eu o fizer.
- Estarei á espera.
- Tá bom.
- Adeus.
- Tchau.
Larissa acompanha com os olhos a saída de Marisa, chama o garçom e paga a conta, sai do lugar, na calçada faz uma ligação.
- Tudo pronto, não quero problemas, amanhã hein, daquele jeito.
Desliga e segue até a cabine onde um vallet traz seu auto.
- Obrigado. Ela entra no veiculo saindo.
Sandra alinhava um vestido para depois levar a máquina de costura, Mônica vem com 2 xícaras de chá.
- Para a senhora.
- Obrigada querida.
- O bairro daqui é bem tranquilo.
- Sim, sempre foi, o outro em que morávamos era mais bagunçado, porém bom também.
- Entendo.
- E você quando se casa com o Adrian?
- Acho que vai demorar um pouco, afinal ele foge desse assunto.
Sandra para a costura e olha fixo em Mônica.
- Vocês estão tentando me enganar.
- Como?
- Não sou boba, aquele muleke saiu daqui de dentro de mim, eu o conheço mais do que eu mesma.
- D. Sandra.
- Tentar cosertar só vai piorar as cooisas.
- É que....
- Eu sei, sabia que ele não iria mudar, meu filho, não.
- Me desculpe.
- Nada, por um breve instante eu quis acreditar, mais sabe a idade e a experiência nãoo me deixam mais levar por ilusões.
- Ai.
- Fique tranquila, não vou dizer nada, você ao menos sabe quem é a pessoa?
- Não, ele é muito reservado quanto a esses assuntos.
- Tá vendo, nisso ele não me puxou, engraçado, não.
- Acho que sim. Ouvem um barulho e o assunto cessa ali, mudando a outro, logo Adrian entra ali com sacolas e jornais.
- Nossa mãe, que calor esta lá fora.
- Verdade, da quase para fritar ovos.
- Sim. Risos. Moisés vem ali e pede para Sandra ir ao bar por que tem muitos pedidos de salgados e porções, Pìetra o deixou na mão.
- Já lhe disse, arrume uma moça para isso.
- Vou ter de arrumar mais vai lá por favor?
- Eu posso ir. Mônica se oferece ali para ir.
- Você sabe cozinhar?
- Posso fazer um teste para o sr, lá no bar.
- Então vamos.
Ela se despede e ao passar por Adrian trocam olhares nada amigáveis, no bar, Moisés a leva na cozinha onde um rapaz tenta dominar as friturar mais sem êxito.
- Pode deixar comigo agora.
- Graças. Minutos depois, pastéis, coxinhas, rissoles, tudoo frito na estufa, já fora soltado mais de 10 porções e Moi esta de queixo caído pela agilidade e a precisão dela em tempo e com as facas.
- Obrigado moça.
- Nada Moi, precisando é só me achar enquanto eu estiver por aqui. Eles riem ali.
18
Logo pela manhã, Pri levanta, após a higiene e a bolsa a tiracolo, pega o celular e vai até a porta.
- Vai sair mãe, tão cedo?
- A Mônica me ligou ontem á noite, vou com ela em um lugar...
- Onde?
- Depois eu conto, estou com pressa, tchau.
- Tchau mãe. Kauã coça a cabeça e segue de cueca para o banheiro, logo Kauê bate a porta.
- O que foi?
- Quero usar o banheiro.
- Espere.
- Vai logo.
- Pronto.
- A mãe saiu cedo hoje.
- O que houve?
- Sei lá, ela disse que vai acompanhar a Mônica até um lugar ai.
- Bem estranho, hein, será que não é velho?
- Ah não, isso ja é passado, se fosse, ela teria dito na lata.
- Vai saber.
- É pode ser.
Quando Kauê sai do banheiro, Kauã entra para o banho, logo ambos limpos tomam café e cada um segue seu caminho.
Mônica aguarda Pri na frente da rodoviária, logo ela chega e ambas vão a agência e compram as passagens, minutos depois estão dentro do interurbano e cerca de 1 hora e vinte minutos estão na pracinha da localidade que Mônica lhe disse.
- Chegamos.
- Agora vamos de moto. Elas seguem até um mercadinho, que também é ponto de mototáxi, pagam 2 motos e saem com os rapazes e as levam por uma estrada de terra em área rural.
Param frente a uma porteira, placa ao lado bem simples, " Sítio São Pedro ".
- Sítio São Pedro.
- Sim, é de meus pais. Mônica abre a porteira para as motos que entram, depois monta na rabeira até a segunda porteira onde eles retornam deixando-as ali, logo inciam o percursso a pé.
Casa humilde de alvenaria, rodeada de flores, uma horta ao lado direito, uma parreira de uvas á frente da varanda, logo abre a porta e sai dali 3 mulheres e uma senhora cadeirante.
- Mônica, é você mesma?
- Mãe.
- O que faz aqui, por onde esteve este tempo todo?
- Trabalhando.
- Sei...
- O que foi?
- Entrem. Após os cumprimentos vem a mesinha da sala, biscoito de polvilho e café coado na hora.
- Obrigada.
- Moça educada é colega dela, dessa ai?
- Ela é namorada de meu irmão.
- Mônica, namorando, essa é nova hein.
- Mãe.
- Desculpe mais esta acontecendo algo? Pri diz desconcertada diante ao clima pesado ali.
- Não, nos desculpe moça, só que essa ai, faz uns 10 anos que não põe os pés nessa casa, saiu daqui gritando ao mundo que ia vencer na vida e agora retorna, sei lá, tomara que tenha mudado.
- Entendo.
14112018........................................
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